terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Vamos desfrutar!!!


Olá Buteco, bom dia!

Diego Alves, Pará, Rodolpho, Rodrigo Caio e Renê; Cuellar, Arão, Diego e Everton Ribeiro; Vitinho  e Uribe. Parece muito longe, mas o Flamengo estreava na temporada 2019 com esse time aí, vitória de 2x1 contra o Bangu no Maracanã. Era o início da preparção do time para a disputa da Libertadores, que começaria 1 mês e meio depois.

O Flamengo era apenas o 30º colocado no ranking da Conmebol, atrás de times como Emelec, Santa Fe, Bolívar e outros afins. Entre os brasileiros, éramos os primeiros dos últimos, ou seja, considerando-se os 12 maiores clubes do país, só ficávamos à frente dos locais Fluminense, Botafogo e Vasco da Gama.

Apesar disso, o processo de reconstrução do futebol do clube começava a ter maior visibilidade com as contratações midiáticas de Arrascaeta e Gabigol (ambos apresentados nesse jogo contra o Bangu) e, logo depois, a contratação do homem de outro patamar, o impressionante Bruno Henrique, um jogador fantástico e que, muito merecidamente, viria a ser eleito o melhor jogador da principal competição das Américas no ano mágico.

Mas não nos adiantemos: até o final glorioso, havia ainda muito trabalho a fazer. Chegaram no meio do ano Rafinha, Filipe Luís, Pablo Marí, Gerson e o Mister Jorge Jesus. Ali era o Flamengo mostrando ao mercado que estava na hora de colher os frutos de todo o trabalho inciado em 2013. Montamos uma máquina de jogar de futebol e entramos para a história. 

O Flamengo do Ano Mágico era um time de futebol que tinha seu padrão (e que padrão!), decidia os jogos rapidamente quando encontrava alguma facilidade por parte dos adversários e que, ainda que estivesse perdendo, tinha consciência do que era necessário fazer para virar as partidas... E as virava.

O mais emblemático desse time era - como não ser outro??? - o próprio treinador que, em todas as entrevistas, fazia questão de dizer que seu time joga não apenas para vencer, mas também para dar espetáculo. O Flamengo de 2019 foi um espetáculo, uma das novas maravilhas do planeta!


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O Flamengo de 2020 está em outro patamar... São patches e mais patches de campeão, que dão uma trabalheira danada para serem colocados todos em uma mesma camisa, mantendo algum nível de harmonização. No ranking da Conmebol, saltamos para um honroso 8º lugar (3º entre os brasileiros).

Defendendo não só os títulos do Brasileirão e da Libertadores, mas principalmente defendendo o seu próprio modelo de jogo, qualquer resultado que não seja uma vitória incontestável - como os 3x0 na decisão de Supercopa - já é apontado pela imprensa como uma "curva descendente de produção". 

Se as novas contratações não têm o mesmo nível do pacote 2019 (e como poderiam?), também já se apontam os dedos... "O Flamengo não tem reserva para goleiro, laterais, zaga, volante e meia!!". Ora, o Flamengo não tinha nem titulares para essas posições (😂😂😂)!  Aos poucos, a casa vai se ajeitando... Há um custo alto no pagamento das contratações do ano passado, na aquisição do Gabigol, nos salários, renovação do Mister... Para o primeiro semestre, estamos bem. O que faltar, podemos tentar repor na janela de Junho.

Sobre os novos contratados, há uma ansiedade natural de ver todo mundo jogando, mas como o Mister já explicou nessas primeiras entrevistas do ano, leva tempo para os jogadores entenderem a filosofia de jogo da equipe. Thiago Maia veio para ser reserva do Arão, mas alguém acredita que ele já fez essa função que o Arão faz aqui no Flamengo? Tem que treinar muito. 

O mesmo serve para  Pedro Rocha, que pode ser desenvolvido para ser uma alternativa a ausências tanto de Bruno Henrique quanto de Arrascaeta. Mas precisa compreender as movimentações coletivas da equipe, especialmente sem bola. Aliás, por falar em Arrascaeta, diz-se que nesse início de ano ele não tem sido tão espetacular, mas se olharmos bem, toda a movimentação sem a bola e, principalmente, quando o adversário a tem, está lá...

Zagueiros também precisam aprender as movimentações, com o agravante que qualquer falha nesse setor é perigo de gol. Em compensação, lá na frente, Michael e Pedro têm mostrado a bola que deles se esperava, especialmente o último. Dos reservas, espera-se exatamente isto: que entrem e contribuam efetivamente na produtividade da equipe.  


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Flamengo Supercampeão do Brasil. Flamengo Campeão da Taça Guanabara. Além de trazer os troféus para casa, o que sempre deve ser a ambição do clube, gera status nessa queda de braço sobre os direitos de transmissão do Campeonato Carioca. 

Fizemos uma jogada arriscada, mas planejada para saúde financeira do clube nos próximos anos. O contrato do carioca estava muito aquém do que vale. Agora, não tem como pedir o que achamos que vale e não se classificar para a final... Com o título da Taça Guanabara, além da excepcional festa da Nação, que vem lotando todos os jogos, deixamos a Globo em xeque. 

As transmissões da Fla TV, só com a câmera no Mister, já estão mostrando o potencial de arrecadação para estas partidas. É preciso elevar o nível da transmissão, mas o pós-jogo de domingo foi muito interessante, com a Fla TV fazendo a cobertura da festa da entrega da taça e as entrevistas ao final. Aliás, numa dessas, o presidente Landim informou que o Flamengo vai colocar mais investimentos na Fla TV. Bola dentro.

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Por fim, mais uma disputa! O Gustavo já escrutinou muito bem o clube do suco. Jogo será dificíl, os caras têm bola e não hesitam em abrir a caixa de ferramentas. Flamengo terá que ser gigante mais uma vez.

Então, vamos desfrutar desse gigantismo. Todos ao Maracanã, mesmo que colado na transmissão do Dazn. Seremos Campeões!!!

Saudações RubroNegras