O que vimos ontem pelas telas da DAZN, vulgo, "dazon", foi um acinte. Flamengo foi assaltado no Equador e, como é de praxe neste país, teve um jogador seu severamente atingido sem menor punição por parte da arbitragem. É uma tristeza constatar que a mentalidade pequena e xenófoba dos dirigentes da Commebol atendem muito bem os desejos de europeus e inviabilizam a transmissão de seus jogos decisivos para outras partes do mundo. Ninguém quer ser enganado. Ninguém gosta de ser ludibriado. E acompanhar jogos da Commebol gera um constante sentimento de revolta em quem quer ver um bom jogo. Arbitragens caseiras ao extremo ao ponto da criminalidade. Como vimos no terrível quadro de arbitragem que se apresentou ontem. Os uruguaios roubaram em campo e roubaram no VAR. E conseguiram assim o empate para o Independiente del Valle. Não sei do que se beneficiam disso, mas imagino.
Flamengo começou mal, com Diego perdido em campo. Ninguém entendeu sua escalação pelo Mister. Talvez até tenha treinado para algum tipo de posicionamento e movimentação tática, mas pode ser que a altitude o tenha prejudicado. Arrascaeta também não conseguia render. E a zaga do Flamengo, durante boa parte só contou com um zagueiro, porque o Gustavo Henrique foi de uma nulidade constante ao longo do jogo, fazendo com que Felipe Luis se desdobrasse em ser lateral e zagueiro. Talvez fosse até mais jogo pro Renê.
E o Independiente saiu na frente. Em uma falta cobrada perto da área, Diego Alves falhou fragorosamente, deixando a bola passar entre os braços. Um frango de assinatura do Muralha. Isto fez os equatorianos mais felizes e a arbitragem também. A ponto de logo em seguida anularem um gol perfeitamente legal do Flamengo com o sempre ótimo Bruno Henrique arrancando de seu próprio campo. O VAR ficou quinhentos minutos analisando para tentar tirar qualquer ato por menor que fosse que justificasse a anulação de um lance de gol tão bonito. Mas decidiu dar um dane-se a mim, a você e a todos que assistiam a partida e invalidou o lance baseando-se no "eu quero e eu posso".
Enfim, arbitragem Commebol é assim. Sabemos desde sempre. Mas estamos no século XXI, quinhentas mil câmeras, há a explosão de coberturas jornalísticas off-line, on-line, de todo tipo de porte. É inadmissível mentalidades tão tacanhas e torpes continuarem dirigindo o futebol do continente. Muito atraso mental. Precisamos avançar. Arbitragens sérias e profissionais. O que vemos é o amadorismo cafajeste de sempre.
Pois bem. Veio o segundo tempo. Vitinho entrou no lugar do Diego e o Flamengo melhorou muito. Mesmo que sem ritmo abriu o campo pela esquerda. Fez ótimas jogadas individuais, mostrando o bom jogador que é. Espero que este ano deslanche de vez no Flamengo. Porque se for contratado por outro time irá arrebentar lá.
E, enfim, Bruno Henrique dispara para o gol. Goleiro pula pro alto e mergulha com os pés virando as solas pras pernas do Bruno Henrique. Não queria defender. O marginal queria tirar o Bruno Henrique da partida e de sua vida profissional. Ainda assim Bruno Henrique fez o gol e sofreu a entrada duríssima deste pulha. Nada aconteceu ao cafajeste. Fingiu sentir dor e o juiz deixou correr o lance. Feliz de ter tirado Bruno Henrique da partida. O VAR tão "perfeccionista" procurando por um pentelho para anular o gol no primeiro tempo ignorou completamente este lance de expulsão clara. Não será punido, nada irá acontecer a ele. Mas levantar plaquinha é o crime a ser perseguido pela Commebol. Jogador reclamar de atos racistas da torcida, também é punido. Quebrar colegas da profissão de forma intencional, não.
Flamengo 1 a 1 e melhor na partida. Pedro entra na partida. E Pedro = gol. Que aproveitamento tem este centroavante. Em boa jogada pela linha de fundo, bola sobrou pro Pedro e, claro, gol. Flamengo 2 a 1 e sobrando.
Indenpendiente del Valle foi toda a frente. Nesta altura o Flamengo já se estrebuchava com a falta de oxigênio. E, em mais um erro capital, um jogadorzinho do time equatoriano se atira na área perto do Rafinha. Foi o suficiente para o péssimo árbitro marcar pênalti. Que foi convertido.
Empate. 2 a 2. Flamengo foi roubado. Mas há o jogo da volta. Aqui não tem o doping da altitude que a Commebol presenteia times sul-americanos. Aqui a parada é a nível do mar. Temos que ganhar. Fazer 4 gols para valer 1. Porque o jogo da Commebol é bruto e desleal.