E o Flamengo de Jesus (ainda?) ganhou do Fluminense do Maionese por 3 a 2. Um jogo marcado por uma hora de domínio do Flamengo. Que aí cansou. Natural, início de temporada. E depois 30 minutos de jogo do Fluminense. Um time, como sua torcida orgulhosamente disse depois, que tem 10% do orçamento do Flamengo e fez frente. Merecendo, portanto, o troféu "Perdi de pouco do Flamengo". Aparentemente já aceitaram bem o Flamengo doutrinador.
A zaga nova ainda não está devidamente iniciada nos evangelhos de Jesus. Precisa de tempo. Não é fácil. Marcação alta, baixa, pressionar quando um jogador seu disputa a bola, ir para trás quando o adversário tem a bola livre. É toda uma cadência, fora seguir linhas de marcação, entrosamento com volantes, etc
E Jesus, mais uma vez, substituiu o coringa Gerson por Diego. Para revolta justa de Gerson, como vimos depois. O Flamengo desandou no meio de campo. Diego não serve para atuar em time pressionado. Talvez sua atuação deve ser restrita ao Flamengo buscando resultado.
Jesus está rodando pouco o time. Os mesmos caras, as mesmas substituições. Vitinho sumiu do circuito. E alguns jogadores ainda não estrearam. Espero que no segundo turno do carioquinha, use mais o "Lado B" do elenco.
E esta vitória veio em uma semana tensa pro Flamengo. Sofrendo uma campanha forte da Globo, como se nada tivesse feito em relação a tragédia do Ninho. No estilo de reportagens que conhecemos bem desta emissora, sequer ouviu o lado do clube e as famílias que já fizeram acordo. De Ana Maria Braga ao Jornal da Noite, as críticas foram fortes e as mesmas. Paga-se talvez o preço de não fazer acordo financeiro com esta emissora para transmissão do carioquinha. Ela costuma agir assim em se tratando deste assunto. Enfim, como já escrevi antes, o Flamengo paga o preço de sua comunicação ser tão ruim e não contrapor esta narrativa que estão impondo que o Flamengo não paga ninguém, nem faz acordo. Certo que mais posturas "humanitárias" em relação às famílias seria aconselhável. Até porque elas merecem. Mas, convenhamos, não é o forte desta gestão, de coração de pedra.
Wallim, ex-VP de Finanças, sai em meio ao tormento. Com as finanças em dia, cansou de ser preterido nas decisões e por vários erros que identificou na gestão aparentemente insolúveis. Como a comunicação, por exemplo.
Porém, ao menos, foi muito bem substituído por Tostes. Já exerceu esta função antes com louvor. Espero que meta o pé na porta desta panela que se formou para o VP de Finanças retornar a ser relevante nas decisões.