Segunda semana da nova temporada. Findo ano mágico agora começamos outro ciclo. Se será tão vitorioso não temos como saber. Não controlamos o futuro. Mas controlamos nossas reações no presente. E o Departamento de Futebol do Flamengo de fato começou o ano muito bem. Excelentes reposições, se livrando de jogadores com performance baixa, qualificando enormemente o time para um ano em que muitos clubes despertaram para a necessidade de se ter comissão técnica melhor qualificada que as usuais soluções de técnicos brasileiros decadentes. Além disso, os métodos e táticas do Jesus foram estudados e estão na mira de todos não só a cópia, como uma fórmula de conter e vencer o Flamengo.
Por isto a necessidade de poder mudar o jogo. De ter jogadores diferentes, com outras propostas. Será um ano difícil em termos de calendário, com a madrasta CBF sacrificando os clubes em um período de Copa América sem paralisação do campeonato, fora convocações para eliminatórias.
Mister Jesus ainda não renovou. Só contamos com ele até maio. Espero que o Flamengo tenha um plano B em caso dele não ficar. Ainda não é garantido. Mas que todo esforço seja feito para contar com ele pelo menos até final de dezembro. Gabigol, que não teve as ofertas que esperava, pelo menos até aqui, creio que deve renovar por valores muito altos.
E quanto a parte administrativa? Bem, algumas notícias de impacto. A renovação de contrato com a dita Azeite Royal parece problemática com as denúncias feitas em cima da idoneidade de seus sócios. Em que até envolvimento com clonagem de cartões de créditos aparece. Na minha opinião, o Flamengo deveria prescindir de se ligar comercialmente com empresas que apresentem este tipo de associação. Para isto se tem um setor jurídico que faça um levantamento dos sócios da empresa que queira investir em marketing no clube. Deveria formar um setor de compliance. E, até o momento, o clube se recusa a aceitar o cota de TV da Globo para exibição do campeonato estadual, em que, segundo comentários, ganharia pouco mais de 1 milhão de reais por jogo. Uma boa quantia para ser desprezada assim, considerando que o patrocínio do Azeite Real é de 3 milhões. Também temos a polêmica dos pacotes de ingressos para os jogos do Flamengo no Maracanã a valores considerados altos demais. Mas creio que é o preço do Flamengo estar com o orçamento tão grande e um time estelar. Os patrocínios que o Flamengo obtém ainda não "subiram de patamar" para prescindir da grana da bilheteria. É um ano difícil. Olimpíada, Copa América, Eliminatória. Clubes de futebol disputam a visibilidade com seleções nacionais e equipes olímpicas. Não é fácil realmente.
Enfim, são problemas que acontecem e acontecerão regularmente a cada temporada. Que esta Diretoria continue com o ótimo trabalho no futebol e aperfeiçoe os departamentos de comunicação e marketing, que são no momento a pedra no sapato da gestão.