Salve, Buteco! Post relâmpago nessa sexta-feira para todos refletirmos sobre a tensão pós-classificação para a final da Libertadores e liderança do campeonato com... tá bom, não mais dez, mas "apenas" oito pontos e quatro vitórias à frente do segundo colocado. Primeiramente, como comentava com vocês e no Twitter durante a partida, achei que os dois meias (Everton Ribeiro e De Arrascaeta) não apareceram pro jogo no primeiro tempo. Melhorou um pouco no segundo tempo, tanto que, após uma característica (desse time) troca de passes de primeira, Arrascaeta deixou o nosso artilheiro na cara do gol esmeraldino para perder uma chance que deixaria Deivid orgulhoso. Logo em seguida, a bola aérea resolveu. Duas vezes. Algum problema com isso? De minha parte, não, muito pelo contrário. Quero chamar atenção de vocês para o fato de que, até o gol de Rodrigo Caio, marcado aos 17 minutos do segundo tempo, o adversário ainda não havia levado perigo concreto para a meta de César, muito embora a atuação do time estivesse muito distante do alto padrão que o notabilizou. O resultado até então obtido com segurança, porém, apenas mostra que temos um time muito bem treinado.
Então, o que aconteceu depois? Bom, isso é trabalho pro Mister, mas analisando cronologicamente o desencadeamento da partida é possível ter uma vaga ideia do que ocorreu. Sabem os meias que eu mesmo disse que não apareceram pro jogo? Pois é, o Goiás só marcou seu primeiro gol um minuto (atenção, UM MINUTO) depois da substituição de Everton Ribeiro, o segundo a sair. Provavelmente Mister achou que, com as entradas de Gérson e Vitinho, o time não perderia tanto em performance. Vale lembrar que o treinador do Goiás declarou expressamente que o time se preparou para jogar de uma forma que "parasse" o Gérson. Pois foi exatamente depois das entradas de Gérson e Vitinho que o adversário cresceu no jogo. E se o Ney Franco conseguiu, amigos, outros adversários também conseguirão.
Claro que a "culpa" não é do Gérson ou do Vitinho, até porque, convenhamos, o que poderíamos esperar? Que os adversários não estudassem uma maneira de neutralizar o melhor futebol da América do Sul na atualidade? Confio no Mister, em sua capacidade de liderança e em como encontrará alternativas para o Flamengo se manter na liderança e levar esse título. Nosso treinador é, antes de tudo, sábio e coerente. Na coletiva pós-jogo, soube, de forma serena e transparente, dosar de maneira justa a proporção do clamoroso erro de arbitragem no lance que antecedeu o gol de empate e a maneira como o time se perdeu em discussões estereis dentro de campo e não soube se posicionar para bloquear o contra-ataque adversário. Por sinal, inclusive dimensionou em metros a distância que o adversário percorreu até o arremate a gol.
Porém, percebam o importante detalhe, não deixou de ressaltar o erro de arbitragem que, ao lado do erro de posicionamento da equipe naquele lance, acabou por nos retirar a possibilidade de vencer mesmo caindo de produção no final. Como o segundo colocado, ao contrário, tem erros repetidamente cometidos ao seu favor, produzindo resultados que o mantém na disputa fabricando um nível de performance que não é 100% real, não vejo como deixar de dar o devido peso ao que a arbitragem vem fazendo contra o Flamengo neste campeonato.
Concordo com os amigos que acham que o time ainda não saiu do jogo contra o Grêmio. Pode ser um pouco disso, também. Mas por favor, o momento não é de entrar em desespero. Convenhamos, pessoal, são oito pontos e quatro vitórias. Não me recordo de campeão nos pontos corridos que não tenha tido seus tropeços e nem de título do Flamengo que tenha sido tranquilo, sem percalços.
Aliás, em 2009 o mesmo Goiás arrancou um empate de 0x0 no Maracanã em 2009, na antepenúltima rodada, atrapalhando uma linda festa e um mosaico que, à época, foi uma grande inovação. Não acredito que roubar toda rodada para o Palmeiras conseguirá nos parar e ainda permitir que nos alcancem, como também não acredito que esse time tenha perdido a força mental. Não faz sentido, não há por que pensar dessa forma.
Foco e serenidade. É tudo o que pedimos para diretoria, comissão técnica, elenco e torcedores.
Bom dia e SRN a tod@s.