O melhor futebol do Brasil de fato se apresentou no Sul. Flamengo impôs seu jogo moderno, combativo, de trocas rápidas de passe. Grêmio mostrou seu jogo reativo, de porradaria, de simulação de faltas, de apostas em jogadas de bola parada. Um belo contraste entre o que o futebol pode ser e o que o futebol tem que deixar de ser. Principalmente o brasileiro no qual este anacronismo apresentado pelo Grêmio ainda é o modelo. Só reparar nos seguidos técnicos gaúchos que assolam a seleção brasileira da CBF paulista.
Flamengo, agredido a todo instante pelos jogadores do Grêmio. Renato Gaúcho absorveu bem a tática do São Paulo, de matar o time do Flamengo pela porrada. E lá como cá contou com a ajuda da arbitragem. Os argentinos vieram para Porto Alegre para impedir o sucesso do Flamengo.
E veio o primeiro tempo. Flamengo fez um gol através do Everton Ribeiro. Em jogada anterior, Gabigol meteu as mãos no peito do forte zagueiro argentino, que desabou como uma pluma assoprada por uma mosca. A tática da simulação teve resultado. Foi o pretexto encontrado pelo VAR argentino para anular o gol.
Outra jogada, em bela jogada pelo centro Bruno Henrique encontra Gabigol livre, gol do Gabigol. Opa. VAR verifica que a sombra do Gabrigol estava 1 átomo de diferença. Ainda que a tela mostrasse a mesma linha, quem controla o VAR controla o jogo. Anularam o gol legítimo do Flamengo na mão grande mesmo.
Flamengo com mais volume de jogo engolia o Grêmio. Mas fez muitas finalizações fora do gol do fraco Paulo Vitor. Arrascaeta não esteve brilhante e ER7 ditava o ritmo do meio de campo. Gerson sofreu uma entrada brutal em campo. Vermelho certo para qualquer juiz bem intencionado. O marginal do Grêmio só leva amarelo.
Enfim, com este espírito do assalto contínuo Flamengo foi pro vestiário. Pensei que Gerson não voltaria. mas voltou. Flamengo entra em campo no segundo tempo completo. Mas Grêmio tá melhor. Ao invés de só pensar em agressão, simulações e bolas paradas resolve tocar mais a bola. Constrói algumas jogadas interessantes. Flamengo se vê um tanto quanto cercado.
Mas aí resolve tocar a bola, aqui e ali. E em uma destas jogadas Bruno Henrique sobe bem, cabeceia e gol. Desespero na sala do VAR. Nada para anular o lance. Nada. Com pesar validam o lance. Flamengo 1 x 0, merecido até aqui. 3 gols para valer um. Gerson pula a placa para comemorar e sai com câimbras.
Grêmio passa a querer mais o jogo. Diego Alves fez duas boas defesas. Mas o jogo parecia terminar com vitória do Flamengo. Parecia. Em um lance perto da área, acertam forte o Felipe Luis, que cai no chão e não levanta mais. Everton Ribeiro pega a sobra da bola e tenta uma jogada. Perde. Jogador caído. Juiz observa. Jogador caído chamando médico. Juiz finge que não vê. Grêmio vai atacando, esnobando qualquer tipo de fair play. Corre pelo campo, articula a jogada com Cebolinha que ocupa o espaço que seria do Felipe Luis, o qual arrebentaram logo antes. Ele cruza e gol do Grêmio. VAR não anula porque está comemorando o lance.
Enfim, Flamengo 1 a 1. Um bom resultado. Que não fez justiça ao jogo apresentado. O melhor futebol do Brasil já estaria classificado se tivéssemos uma arbitragem honesta. Mas esperar isto da Commebol é como esperar o mesmo da CBF Paulista.
