Salve, Buteco! A imagem ao lado, postada no Buteco ontem à noite pelo nosso amigo Gabriel Mengão, é um retrato do momento que vive o Mais Querido do Brasil. Seis anos depois de iniciar um processo de reformulação interna, que envolveu uma verdadeira revolução cultural na forma de gerir o clube, administrativa, financeira e esportivamente, no momento em que começa a colher os frutos, buscando os melhores e mais preparados profissionais para compor a comissão técnica e o elenco, os fatos são colocados de lado pelos adversários e, arrisco afirmar, a maior parte da imprensa esportiva. O que importa é a narrativa. Parece que o ressentimento histórico contra o clube de maior torcida se mistura a uma cultura de vencer a qualquer custo, não importando os meios, e a um corporativismo xenófobo de dirigentes, treinadores e jornalistas.
Dentro de campo, o Flamengo vem sendo sistematicamente assaltado e seus jogadores literalmente caçados, com a complacência premeditada da entidade que organiza o torneio. Fora de campo, os treinadores e presidentes dos principais adversários o acusam premeditadamente de ser favorecido por um obscuro esquema de arbitragem, sem apresentar provas ou detalhes. Para completar, na imprensa impera um cinismo conivente, covarde, asqueroso e descarado.
Em transmissões e programas esportivos, os lances que prejudicam o Flamengo só são reprisados quando é absolutamente inevitável. Quando algum diretor de imagem tem maior dose de escrúpulos e coragem, o narradores e comentaristas apenas silenciam, fingindo que nada está acontecendo; quando uma marcação da arbitragem favorece o Flamengo, de maneira justa ou não, o discurso é relativista e os fatos são interpretados fora do seu espectro de objetividade: "não coloco minha mão no fogo pela isenção desse árbitro", "o VAR está acabando com o futebol", há impedimento, embora não detectável a olho nu. Inversamente, quando a arbitragem marca, corretamente ou não, um lance contrário ao Flamengo, passa-se ao determinismo reducionista, cético e científico, o lance pode ser explicado por uma perfeita relação de causa e efeito e o VAR subitamente se transforma em uma precisa maravilha tecnológica.
Antes de tudo, o torcedor rubro-negro, como consumidor, é desrespeitado em todos os sentidos. Sua paixão pelo clube e a sua felicidade em comemorar o melhor futebol do clube desde 1982 são tratadas como algo irrelevante, indigno ou até inexistente. Isso porque o Flamengo é o trem pagador, que gera a maior parte das receitas que custeiam os salários de toda essa gente inescrupulosa.
Gostaria que o texto de hoje falasse apenas sobre a primeira vitória sobre o adversário desde 1974, a imposição do esquema tático do Jorge Jesus e nesse fantástico atleta que se revelou ser o Bruno Henrique, vestindo o manto e decidindo os jogos como os maiores ídolos que já teve o clube. Porém, preciso desabafar com vocês e peço logo seu perdão pelo tom do post de hoje. Sei que essa corja não pode tirar a nossa alegria de torcer e nem nos impedir de curtir o maravilhoso momento, mas não tinha como fingir que nada está acontecendo, o que seria nada mais, nada menos, do que ceder à estratégia dos adversários.
Não tenho dúvidas de que a solução está no hino do Flamengo: vencer, vencer, vencer. Calar o despeito desses profissionais de araque semanalmente. Emplacar uma série histórica de anos de conquistas. Levá-los ao ápice do desespero. Mas o caminho, para a torcida, bem que pode ser menos desagradável. Doravante, a Diretoria tem que pensar seriamente em disponibilizar ao seu público consumidor transmissões alternativas às emissoras que hoje detêm direitos de transmissão dos jogos do clube. E da torcida espero a atitude de não dar palco, engajamento e audiência a quem não merece.
Para terminar, um recado final para o palhaço arrombado que dirige o Athletico/PR, time que mais pratica o antijogo e faz cera no futebol nacional:
Bom dia e SRN a tod@s.