Teremos hoje no Maracanã, o jogão Flamengo x Atlético MG. Flamengo joga por ampliar sua vantagem atual de 5 pontos para o segundo colocado, o bom time do Santos treinado pelo ótimo Sampaoli. Qualquer organizadora de campeonato estaria sorrindo de orelha e orelha com os elevados públicos que acompanham os jogos e os times se reforçando para o campeonato, que ela dirige.
Mas esta organizadora específica, a CBF, não. Ela se acha acima dos clubes. Não é a toa políticos sem voto mas com fome desmedida de poder lutam para dirigi-la. E estes políticos gananciosos e mesmo alienados do futebol enquanto esporte, é que cuidam da organização dos jogos dos campeonatos nacionais enquanto lidam diretamente com sua "menina dos olhos". A seleção brasileira. Esta serve para pretexto para vitrine internacional de jogadores de empresários e para alienar times da principal competição que organiza. Favorecendo certos clubes em detrimento de outros através da convocação espúria, danosa de jogadores titulares de alguns dos times que disputam o campeonato, os prejudicando diretamente. É isto que fazem no dia a dia. Prejudicam uns, favorecem outros. O jogo do poder é um aquário de tubarões. E o favorecimento ou ato de prejudicar explícito os tornam perigosos aos olhares de quem "não quer ser devorado".
Mas como lutar contra isto? Clubes foram colocados em uma armadilha pela FIFA através de orientação dada pelo Havelange. Um dos maiores e mais ferozes tubarões que já passaram neste aquário. Não podem entrar na Justiça Comum e fazer prevalecer seus direitos. As Federações Estaduais, mini-representações da CBF em cada Estado, sustentam este parasitismo prejudicial, sendo mais uma camada desta ocupação política do futebol.
Os clubes, o último elo da cadeia, são balançados pelo rabo. Este conjunto de parasitas que mandam e desmandam nos clubes, que estes sim, sustentam o futebol brasileiro.
Mas porque os clubes não se revoltam? Os clubes, como vimos, ainda que prejudicados participam deste jogo de poder. Se outro clube é prejudicado se regojizam. Preferem a ruína do rival do que a sustentação de um modelo esportivo melhor para todos, atraindo maior riqueza e, consequentemente, ainda mais visibilidade. E para ver outro clube prejudicado ou para ser ajudado, seja na tabela, arbitragem, etc se aliam a estes tubarões-parasitas, mantendo, portanto, o aquário cada vez maior e perigoso.
É necessário que os clubes organizem um movimento de união, para lutar ferozmente por seus direitos. E que esta organização entre na justiça comum se for o caso. Que este movimento tenha voz forte na CBF na organização das tabelas, no aprimoramento da arbitragem, no impeditivo de escalar jogador de time brasileiro fora de data FIFA para seleção brasileira, e que auxilie uns aos outros para um melhor modelo administrativo e mesmo esportivo dos clubes que façam parte. Não é criar uma outra competição, uma Liga, porque esta jamais vingaria em um primeiro momento. E sim apenas deixarem de ser rivais para serem adversários, porém aliados no aprimoramento não só dos próprios clubes mas do modelo esportivo e organizacional das competições em que estão inseridos.