No momento Flamengo está bem na maratona. Terminou a metade do trecho em primeiro. Mas isto não ganha medalha nem prêmio. É apenas um bom sinal. E só. Precisa percorrer um longo trecho em que inúmeras dificuldades ocorrerão no trajeto. Jogadores serão suspensos, se machucarão, serão convocados às seleções e o campeonato não irá parar. O time titular do Flamengo é fechado. Não há tantas peças de reposição à altura dos titulares. Quando um sai, o Mister tem que invariavelmente ajustar o esquema. Se mais de um sair, mais ajustes, até poder chegar ao ponto do Frankenstein. E o esquema tático do Flamengo não é simples, tipo o do Odair Hellman no Inter. É complicado. Repleto de variantes defensivas e de articulação complexas de jogadas de ataque. O que complica a entrada de outros jogadores fora do time titular, que, como uma orquestra, já toca uma música de boa qualidade, com bom equilíbrio entre defesa, meio de campo e ataque.
Cabe a torcida ter paciência. Até porque há outros bons times. Palmeiras tem um elenco recheado de bons jogadores. Santos tem um grande técnico no banco que chega a superar a qualidade de seus jogadores, formando um time melhor do que seria com qualquer outro técnico. São os times a serem batidos, ao menos é que se pressupõe no momento. Pois a maratona é uma corrida coletiva. Percalços podem ocorrer aqui e acolá também.