Salve, Buteco! Alguns torcedores, nas redes sociais, reclamaram da decisão do nosso treinador, Abel Braga, de escalar o time B ou reserva na partida de ontem, contra a Chapecoense, no Maracanã. Um dos argumentos utilizados foi o de que o Campeonato Brasileiro é mais importante do que a Copa do Brasil e por isso deveria ser priorizado. Contudo, ao meu ver, dois fatores justificaram plenamente a decisão do Abel: 1) o nível do adversário, com todo o respeito à simpática e briosa Chapecoense; 2) a derrota para o Ceará, dia 2/9/2018, pelo Campeonato Brasileiro, que sucedeu um "ultra-desgastante" confronto contra o Cruzeiro no Mineirão (jogo de volta da Libertadores), quando, após 15 a 20 minutos de intensa pressão, o time andou dentro de campo, até o adversário "achar" um gol em falha de Réver e Diego Alves. Então, além da Chapecoense não exigir do Flamengo a escalação dos titulares, o enorme desgaste (físico e emocional) ocorrido em Montevidéu, certamente aumentado pela mais de meia hora que o time jogou com um a menos em campo, cobraria o seu preço as 11:00h da matina no ensolarado domingo de praia no Rio de Janeiro que foi esse último 12 de maio. Marcos Braz falou em "bom senso" e acredito que, neste episódio, foi o que norteou a decisão do clube.
Como venho insistindo incansavelmente aqui no Buteco, o Flamengo precisa levar o calendário a sério e aprender a rodar o bom elenco que possui. Sim, bom elenco, pois mesmo faltando algumas peças no setor defensivo e haver quase que um senso comum de que o elenco palmeirense é mais homogêneo e equilibrado, o elenco do Flamengo sobra no país e certamente está entre os 4 melhores da América do Sul, competindo com Boca Juniors, River Plate e Palmeiras.
Quero deixar claro que também prefiro o Campeonato Brasileiro à Copa do Brasil, mas já que o Flamengo poderia sair do Maracanã, como de fato saiu, com 3 pontos utilizando os reservas, qual seria o sentido em desgastar desnecessariamente os titulares e arriscar (mais) uma eliminação para o Corinthians, necessariamente ruidosa e causadora de outra crise? Não sei se sempre concordarei com o Marcos Braz na aplicação do conceito de "bom senso", mas acho que dessa vez calcularam e executaram tudo na medida certa.
Quero deixar claro que também prefiro o Campeonato Brasileiro à Copa do Brasil, mas já que o Flamengo poderia sair do Maracanã, como de fato saiu, com 3 pontos utilizando os reservas, qual seria o sentido em desgastar desnecessariamente os titulares e arriscar (mais) uma eliminação para o Corinthians, necessariamente ruidosa e causadora de outra crise? Não sei se sempre concordarei com o Marcos Braz na aplicação do conceito de "bom senso", mas acho que dessa vez calcularam e executaram tudo na medida certa.
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Falando em rodagem do elenco, acredito que a pior parte do calendário do primeiro semestre tenha passado, mas é fato que ainda teremos pela frente uma intensa semana jogando fora de casa contra Corinthians (ida Copa do Brasil) e Atlético/MG, que será seguida de dois meios de semana sem jogos, até as partidas contra Fortaleza e Corinthians (volta Copa do Brasil), separadas por apenas dois dias.
Data
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Competição
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Fase
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Adversário
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15/5
Quarta-feira, 21:30h
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Copa
do Brasil
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Oitavas
de Final
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Corinthians
(f)
Itaquerão
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18
a 20/5
Sábado, 19:00h
|
Brasileiro
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5ª
Rodada
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Atlético/MG
(f)
Independência
|
Semana
livre
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26/5
Domingo, 16:00h
|
Brasileiro
|
6ª
Rodada
|
Athletico/PR
(c)
Maracanã
|
Semana
livre
|
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1º/6
Sábado, 19:00h
|
Brasileiro
|
7ª
Rodada
|
Fortaleza
(c)
Maracanã
|
4/6
3ª Feira, 21:30h
|
Copa
do Brasil
|
Oitavas
de Final
|
Corinthians
(c)
Maracanã
|
8/6
Sábado, 19:00h
|
Brasileiro
|
8ª
Rodada
|
Fluminense
(f)
Maracanã
|
12/6
4ª
Feira, 21:30h
|
Brasileiro
|
9ª
Rodada
|
CSA
(f)
Rei
Pelé
|
Na teoria, é possível utilizar os titulares quarta-feira e sábado próximos, mas as escalações contra Fortaleza e Corinthians fatalmente dependerão do sucesso ou não do clube em negociações para que os atletas convocados para seleções que disputarão a Copa América se dê com alguns dias de atraso.
O Flamengo começou pressionando e logo abriu o placar, antes mesmo dos 10 minutos de bola rolando, e depois foi aos poucos "tirando o pé". Se com jogadores descansados isso ocorreu, sob o sol a pino do Rio de Janeiro, calculo o que teria acontecido com os titulares... Gostei do início de jogo do time, com trocas constantes de posição entre Berrío e Lincoln, mas o destaque foi o belíssimo lançamento de trivela de Trauco para Vitinho balançar as redes. Aliás, Diego, Trauco e Berrío jogam juntos desde 2017 e não é por acaso que vêm se entendendo bem em 2019. Já Ronaldo, o mesmo Berrío e Lincoln entraram em campo poucas vezes nas últimas duas temporadas e por isso precisam de mais minutos em campo.
No segundo tempo, após a Chapecoense ameaçar uma pressão logo no início, foi uma triangulação entre Berrío, Ronaldo e Lincoln que permitiu ao nosso joia-da-base marcar pela primeira vez na temporada. A jogada é uma das preferidas do treinador e um posterior cruzamento (perfeito) de Berrío para o mesmo Lincoln finalizar mostra que é um bom caminho para os times A e B.
O ponto negativo foi o pênalti perdido pelo capitão, que não parece mesmo ser a melhor opção para cobrar as penalidades máximas. Desnecessário também foi o gol da Chape, no finalzinho da partida, já que o nosso sistema defensivo dormiu e permitiu que Gum subisse sem problemas para descontar. Naquela altura, o time já havia perdido bastante em intensidade, especialmente após as entradas de Bruno Henrique e Everton Ribeiro.
O horário da partida e o desgaste dele decorrente tornam um pouco difícil identificar até que ponto faltou mais consistência tática e regularidade ao time ou então se a maior causa da queda de rendimento foi o calor. Neste ponto, vale lembrar que a Chapecoense jogou com os titulares, que naturalmente vêm jogando com mais frequência e têm mais ritmo de jogo e resistência física do que os nossos reservas, o que possivelmente também explica o equilíbrio final no percentual de posse de bola (56% x 44%). Não tenho dúvidas, por isso mesmo, que será jogando com um mínimo de frequência que esses jogadores e o próprio time B terão condições de contribuir para a rodagem do elenco, indispensável para o Flamengo chegar aos últimos meses do ano vivo na três competições que atualmente disputa.
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Falando em sistema defensivo e olhando a classificação, o Flamengo está há apenas três pontos e uma vitória do Palmeiras, favorito ao título. A diferença no saldo de gols, porém, chama negativamente atenção. Em quatro rodadas, já é de cinco gols. Se Abel não conseguir equilibrar defensivamente o Flamengo (A e B), a distância na pontuação e no saldo de gols apenas aumentará.
Chegando ao final da primeira quinzena de maio, já passou da hora de Abel acertar esse time, seja ele A ou B.
A palavra está com vocês.
Chegando ao final da primeira quinzena de maio, já passou da hora de Abel acertar esse time, seja ele A ou B.
***
A palavra está com vocês.
Bom dia e SRN a tod@s.