E Flamengo deu vexame em casa. No torneio que, definitivamente, não é a praia do clube. Sempre com eliminações vexatórias e outras azaradas, o Flamengo invariavelmente é vítima de bully deste torneio. Mas, também não se ajuda. Por algum motivo, de forma até inexplicável, sempre encarou o torneio utilizando de técnicos inexperientes ou fracos. O resultado disso sabemos. Não resistem à pressão. A catimba. A arbitragem hermana. E o Flamengo sempre sucumbia. Mas agora temos Abel. Experiente. Voz poderosa no vestiário e....
Bem, o Flamengo entrou em campo taticamente muito espalhado. Jogadores não revezam posições, se tornando bem previsíveis. Arão e Diego tinham mais liberdade de se mexerem pelo meio com Everton Ribeiro e Bruno Henrique, ambos em péssima noite, talvez o Bruno até mais, mais estáticos pela ponta. Esperando a chegada do lateral ou alguma tabela com Arão, Diego ou mesmo Gabigol. Pará ainda ia mais a frente, no que ajudava o Everton Ribeiro. Mas Renê só foi opção tática pela esquerda no segundo tempo.
O jogo do Flamengo esbarrava na sólida defesa do time uruguaio. A rigor tivemos uma única boa chance com Gabigol, que chutou para fora. Outros lances foram evitados pelo goleiro. O time do Flamengo também não finalizava à meia distância. Peñarol tinha um contra-ataque muito rápido. Num deles, um jogador barrou a chegada do Cuellar e na sequencia finalizou de dentro da área para bela defesa do Diego Alves. Cuellar recebeu cartão por tentar se desvincilhar do atacante e chegar na disputa da bola.
Arrascaeta no banco. Já irritava a torcida. Porque o time, com Everton Ribeiro socado na ponta, estava sem inteligência pelo meio.
Mas veio o segundo tempo. Flamengo mostra que entrou com mais vontade. Bruno Henrique tenta cavar penalti aqui, Gabigol fica impedido ali, pessoal muito nervoso. Peñarol com seu contra-ataque rápido zanzando a área. Sem chances criadas, por uma noite de péssima performance tática a qual o treinador apático, não conseguiu mudar, o Flamengo ainda teve Gabigol expulso após uma falta maldosa praticada por ele. Colocou então Vitinho no lugar do Arão. O que bagunçou completamente o time, pois Diego já estava extenuado e não resolveu o problema de articulação pelo meio.
Não satisfeito substitui, finalmente, Bruno Henrique por Uribe. Tentar um gol. Em um time já abandonado na parte tática. Claro que não funcionou. Deu pane geral. Ninguém sabia o que fazer. Peñarol não tem nada com isto e marcou seu gol no final. Flamengo incapaz de reagir, ainda que, com elenco estelar. Mas hoje o futebol moderno não prescinde da parte tática e isto não é o forte do Abel. Teremos problemas com ele.
E, para raiva geral, perdemos. Arrascaeta, da seleção uruguaia, um jogador técnico e diferenciado, que marca gols decisivos, simplesmente ficou no banco até o fim. Por opção do treinador. Passar bem.