Irmãos rubro-negros,
derrota doída na quarta-feira.
O Flamengo enfrentou três adversários fortes em 2019: San Jose na altitude, LDU e Peñarol em casa.
Na adversidade da altitude, obtivemos uma vitória na raça; diante da LDU no Maracanã, nossa melhor atuação em muito tempo.
Mas o primeiro time taticamente arrumado e bem postado que enfrentamos foi o Peñarol, na quarta-feira.
E o Flamengo jogou muito mal.
Diante de um adversário que às vezes defendia-se com os onze jogadores atrás da sua intermediària, o time mostrou toda a sua fragilidade ofensiva.
Praticamente não criamos oportunidades de gol. Goleiro deles não fez uma defesa.
E a responsabilidade pela atuação e pelo resultado pode ser em grande parte creditados ao Abel.
Se em outros jogos as substituições por ele feitas reverteram um panorama desfavorável, na quarta-feira as modificações pioraram o que já estava ruim e o time foi castigado com um gol no final, para alegria do árbitro, que veio com a intenção de cozinhar o jogo, como se fosse membro da comissão técnica dos uruguaios.
Mas isso é Libertadores. Eles sempre vão procurar catimbar e cabe ao Flamengo estar preparado para isso.
A verdade é que o Abel ficou perdido e não soube como sair do ferrolho montado pelo adversário.
Nem parecia um técnico experiente.
Inexplicável, ainda, a teimosia em não escalar o Arrascaeta. Não tem explicação isso.
Jogador decisivo, de uma bola, o time atuando mal, por que não colocá-lo em campo?
As atuações individuais também foram muito ruins.
Pará e Renê, muita dificuldade no apoio, não acertaram nada; Arão, não divide bola, não chega junto, não marca e não cria na frente; e Cuéllar, que embora tenha mostrado a vontade de sempre, ficou paralisado na saída de bola, limitando-se a passes laterais.
Nosso setor ofensivo também numa atuação abaixo da crítica.
Diego, Everton Ribeiro, mas sobretudo Bruno Henrique e Gabigol.
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Sobre o Gabigol, uma breve observação.
Já havia comentado com vocês, amigos, que o excesso de firulagem do Gabigol não me agrada, mas como a bola estava entrando, a coisa ia passando.
Ontem, porém, que a bola não entrou, a displicência dele ficou bastante evidenciada.
Perdeu um gol numa das únicas oportunidades criadas pelo time, num passe vertical do Diego no primeiro tempo. Jogador de referência do elenco, de salário milionário, não pode perder um gol dentro da pequena área.
Mas ele perdeu. E manteve as firulas. Toquinho de letra, balãozinho, calcanhar. Parecia um canguru sempre que a bola lhe era passada de costas para o gol: pulava para evitar o choque e a dividida.
A cereja do bolo: a expulsão, que prejudicou bastante a equipe.
Faz o seguinte, Gabigol: pede conselhos ao Everton Ribeiro, que era um jogador desligado, alheio ao jogo, e mudou seu estilo para vestir o Manto Sagrado.
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Hora de baixar a bola e compreender de vez que na Libertadores não tem adversário fácil.
É esquecer o Campeonato Carioca e focar inteiramente nos jogos restantes da fase de grupos da competição continental.
O Flamengo só depende de si. Mas vai ter de jogar muito mais futebol.
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Abraços e Saudações Rubro-Negras.
Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.