Olá Buteco, bom dia!
A derrota para o Peñarol, quarta-feira passada, complicou a nossa vida no grupo. Além da vitória na próxima quinta-feira, necessitaremos de, pelo menos, um empate nos dois últimos jogos, fora de casa.
Aliás, toda a confusão gerada pela torcida do Peñarol aqui no Rio de Janeiro, certamente aumentará o nível de tensão do jogo de volta. É de bom tom chegar lá já classificado, para não vermos a vaca ir para o brejo novamente.
Diante disso, no texto de hoje venho propor um debate sobre o melhor planejamento para as partidas que estão por vir, especificamente as duas decisões do Campeonato Carioca e os jogos contra San José e LDU.
Quinta-feira, no Maracanã, não há dúvidas: força máxima! Não poderemos contar com nosso artilheiro, suspenso. No meu entendimento, entraria Vitinho, que pode contribuir com os chutes de longe, arma fundamental para furar retrancas, ou Arrascaeta, pela qualidade técnica nos passes e visão de jogo, outra arma fundamental para furar retrancas. Em qualquer das hipóteses, não manteria um centroavante fixo, mas deixaria os quatro da frente (contando com o Diego também) livres para aparecer naquela posição.
Naturalmente, ninguém ganha jogo de véspera. E, embora o time do San José seja nitidamente frágil, precisamos ter paciência na conclusão das jogadas. Será muito importante descer para o intervalo na frente, até para que eles possam se abrir mais no segundo tempo.
No outro jogo do grupo, Peñarol e LDU se enfrentam hoje (21h30, Sportv) no Uruguai. Uma vitória uruguaia nos deixaria a depender de um empate contra a LDU em Quito para a classificação antecipada. No entanto, os equatorianos sabem que precisam pontuar hoje para não se complicarem. Não tem jogo fácil, amigos! Veremos o que a sorte nos reserva.
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Vasco joga amanhã, em Florianópolis, contra um Avaí que precisa da vitória para, no mínimo, levar o jogo para os pênaltis. É provável que o jogo lá seja mais desgastante que o nosso jogo na quinta. Em todo caso, terão um dia a mais de descanso, de forma a se recuperarem para a decisão.
Nosso time titular está relativamente descansado, por conta da estratégia de rodar o elenco, adotada até a final da Taça Rio. Entretanto, a sequência de jogos decisivos (Peñarol, Fluminense, San José e Vasco), pode fazer com que alguns jogadores comecem a pifar. Eu não entraria, na primeira partida da final, com o mesmo time que iniciará a partida de quinta. Preservaria um dos laterais, um dos zagueiros, um dos meias e um dos pontas e certamente aproveitaria jogadores como Ronaldo, Arrascaeta e Vitinho, talvez até um dos moleques, para impor uma correria pra cima do Vasco.
E aí vem a grande questão: o que fazer na partida derradeira do Carioca? Time todo reserva? Nós teremos uma semana cheia entre as duas finais, mas vamos a Quito logo no meio de semana posterior à decisão. Sabendo que o jogo no Uruguai provavelmente terá um clima de guerra, devemos colocar toda nossa energia no confronto com a LDU, de forma a tentar a classificação antecipada?
Essa é sempre uma escolha difícil, uma vez que embora o campeonato carioca não tenha mais o prestígio de outrora, ninguém quer perder uma invencibilidade de 30 anos em finais com o rival. Os resultados da rodada na Libertadores e na primeira partida da final certamente influenciarão na decisão final do treinador.
A propósito, entendo que uma decisão desse porte deva ser feito não apenas pelo treinador, mas também pela diretoria do futebol.
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Sobre a Inter e o Gabigol, entendo o seguinte: é muito difícil um jogador chegar no Flamengo e desandar a fazer gol atrás de gol. Qual foi a última contratação que conseguiu isso? Este ano nós fomos abençoados com duas delas... Eu não deixaria isso passar batido.
São 20 milhões de euros que a Inter pede. Parcela. Paga 10 esse ano, 10 ano que vem. Troca pelo Lincoln. Enfim, que se dê um jeito de manter o cara aqui. Moleque é bola... No jogo mesmo do Peñarol, comentava com meu irmão, no estádio, a diferença que existe entre ele e Guerrero. Gabigol participa do jogo infinitamente mais que o peruano.
De que adianta se estruturar financeiramente, se quando precisamos de dinheiro para manter um cara que tem tudo para ser ídolo, refugamos? Até hoje acho que o primeiro grande erro da diretoria anterior foi ter mendigado e não comprar o Elias em 2014. Acredito que não comprar o Gabigol seria um erro equivalente.
Agora, tem um detalhe: tem que ver se ele quer. Em todo caso, o Flamengo tem obrigação de conversar com o jogador e informar que existe sim o interesse na compra dos direitos do atleta.
Saudações Rubronegras!