SRN, buteco.
Seis minutos.
Esse é o tempo que o nosso bravo treinador teve coragem, ou
suportou ,ver o time em campo com apenas um volante.
Arrascaeta entrou no lugar de Arão aos 31 minutos.
Aos 37, Ronaldo substituiu Éverton Ribeiro .
E esse foi, até o momento, o período de tempo que esteve em
campo a formação sonhada, exigida, aguardada por grande parte dos torcedores.
Uma formação mais técnica, ofensiva, leve e criativa.Mas que
exigiria esforço conjunto, compactação do time em campo, ocupação de espaço por
todos os jogadores.
E isso exige treino, dá um trabalho miserável, levaria hora
e horas da tal treino tático, ou “chatico”, como dizem alguns jogadores.
Anos de estrada, calejado pelo tempo, Abel deve pensar algo
como:
“Não, melhor fazer o feijão com arroz, coloca alguém pra
marcar e que os caras decidam lá na frente, afinal de contas eles ganham, e
muito bem, pra isso.
Deus me livre de assistir jogo de futebol europeu ou mesmo
alguma palestra de treinador estrangeiro.
Além do mais , esse negócio de escalar um monte de jogador
ofensivo é time de índio.
Outra coisa, se eu começar a querer treinar muito vão
começar a fazer corpo mole, e vai acabar sobrando pra mim, como sempre.
Melhor fazer do jeito que sempre fiz.”
Vejamos, então, o que acontecerá. É um risco, mas o time tem
tanto talento individual que pode até dar certo...