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1 - Bruno Henrique: Teve seu dia de começo, meio e fim. Chegou na quarta - e não em alguma sexta, conforme a barrig...previsão de um setorista -, treinou, passou pelo trote e nos presenteou com um segundo tempo excelente. Eu confesso que tenho medo dessas estreias alucinadas, mas o cara fez 2 gols, sendo que o primeiro deveria ser anulado (é injusto um jogador estar no quinto andar enquanto o resto está no primeiro). Foi o "Olar" dele, e espero que continue assim.
2 - O 5: Sou testemunha de já ter defendido esse rapaz. Mas não consigo mais - reparem os senhores que utilizarei números para me referir a quem sofre minha implicância. Ele me lembra aquelas pessoas que vão ao terreiro de umbanda e, quando começam a cantar os pontos, saem girando desgovernadamente, sem destino, sem origem. Uns chamam isso de polivalência (aqueles lá, que se julgam analistas táticos). Eu chamo isso de "tira logo esse maluco e coloca o Arrascaeta".
3 - Abel: Ouvi a entrevista dele antes de vir pro blog. Queria realmente saber o que ele pensou quando tirou o Diego para a entrada do Piris. E me assustei com a resposta. Vejamos, pois: o time vira o jogo, adversário com 450 palmos de língua pra fora, e de repente o professor de lá "puxa o Luis Fernando pra trás do lateral e entra com o Pimpão, então usei o Piris pra proteger o avanço deles". Reparem os senhores a diferença: "O treinador puxou o Neymar pras costas do Renê, e entrou com o Messi pelo meio, eu precisei fechar pra não ter problemas". Conseguem entender que poderíamos usar o Arrascaeta no lugar do Arão pra meter a faca e rodar, como diria o Zico? Ou ele foi correto em proteger nossa zaga de um adversário morto?
4 - Abel 2: Ainda sobre o professor, me assusta essa predileção pelos volantes. Na entrevista, ele perguntou "que 3 volantes?". Really? Se o camisa 5 não é volante, é o que? Uma dançarina que não tem a marcação do palco? Um contínuo que não sabe onde fica a gaveta que guarda o café? Por favor, Abel, há vários times com 2, 3 times. Mas poucos - ou nenhum - tem em seu elenco De Arrascaeta, Diego, Everton Ribeiro, Vitinho, Bruno Henrique, Gabigol e Uribe. Não dá pra pensar em outra coisa que não seja usar esse arsenal contra nossos adversários. Fazer o gol sem ver em quem. Simples assim.
5 - Vitinho: Eu gosto do futebol dele. Mesmo. E acho uma sacanagem vaiarem o cara tendo no elenco os números 5 e 21, por exemplo. Vitinho é um jogador que pode nos dar alegrias, e que será muito importante na composição do nosso lado esquerdo. Azar dele jogar na mesma do Bruno Henrique? Não, muito pelo contrário. Sorte. Deixem o cara jogar, deixem o cara correr atrás. Ele erra, mas não foge do jogo, não corre da porrada. Please, give him more time.
6 - Zaga: Eu não teria barrado o Léo Duarte. É mais jogador que os 2 que estão lá. E se der mole, o Thuller também o é. Mas vem aquele mimimi de "precisamos de experiência na zaga", blá, blá, blá. Quem conhece a história do Flamengo lembra dos "moleques" Mozer, Aldair, Juan, entre outros, segurando a pemba em situações críticas. Está no nosso dna isso. Mas o professor não sou eu.
7 - E aí, como arrumar todo mundo: Quero propor aos amigos uma pesquisa. Que grandes times tinham jogadores com vocação ofensiva extrema e não tiveram medo de botar todo mundo pra jogar?
Flamengo de 81, pra começar. A seleção de 82. Mas vamos pra mais perto, o Palmeiras da Parmalat teve um time que fez mais de 100 gols num ano (Evair, Edmundo, Rivaldo, Djalminha, me corrijam, pois cito sem pesquisar). Por que não treinar esse time de uma forma que se defenda com todos, e ataque de forma avassaladora? Até por sabermos que há vários jogadores do elenco atual que já sabem fazer isso. Entonces, Cuellar na cabeça da área. Faz um triângulo a la Phil Jackson (Chicago Bulls) com Diego na frente do Cuellar, Arrascaeta e Everton Ribeiro abertos e flutuando na intermediária adversária, e Bruno Henrique ou Vitinho com Gabigol lá na frente. Cazzo, temos tudo isso, não dá pra privar nossa vontade de vencer apenas para não perder primeiro. Viajei?
8 - Vencer, vencer, vencer: está no nosso dna o ímpeto de procurar o gol. Está no nosso hino. O Flamengo precisa voltar àquela verve de atacar o time, de abafar a panela antes da água ferver. Não dá pra esperar e ver o que o time adversário quer. Eles tem que nos esperar. E nós, just like this, temos a obrigação de mostrar o cartão de visita. Seja lá pra quem for.
9 - As laterais: Outra pinimba minha. O Renê não me desagrada completamente. Sério, posso até me arrepender disso daqui 2 semanas, mas ele cumpre bem o papel dele. A confusão é do lado de lá, o 21 e o 2 conseguem me irritar todo santo jogo, e eu já cansei de reclamar, me sinto aquela criança que pergunta pro pai 200 vezes a mesma coisa. Mas, há esperança de que chegue alguém.
10 - A frase do dia: "É o Mengão, né?". Sim, Bruno Henrique. É o Mengão. É sua nova casa. Estamos à disposição para gritar gol de vocês, de todos vocês.
E nada mais digo.