Em meio a posse de presidentes, governadores por todo o país, com suas equipes, pensamentos, propostas, idéias ingênuas, impraticáveis, e outras não. Sabemos que para todos eles haverá muros na frente em que irão se esborrachar diversas vezes, e dificilmente o "veículo" em que estão dirigindo chegará em perfeito estado ao final do mandato. Outros certamente ficarão pelo caminho. Não é fácil a vida de qualquer governante. Para o que quer fazer há aqueles que são contra. E não necessariamente o que querem fazer é o melhor para quem governam. Acordos espúrios, troca-troca de favores, fazem com que cargos importantes sejam ocupados por pessoas completamente desqualificadas e com interesses diversos, o que resulta, invariavelmente, em aceleração do veículo em direção ao muro.
E o Flamengo? Landim assumiu. E pelos acordos feitos em campanha, há cargos estatutários, voluntários e mesmo profissionais que podem vir a ser ocupados por pessoas não tão qualificadas quanto as que saíram. Mas uma nova gestão de clube invariavelmente tem seu próprio estilo de governança que pode ser ou não mais alinhada à meritocracia. Na minha opinião quanto mais afastada pior para o Flamengo. Mais chances de erro e mais possibilidades de se arrebentar no muro. Embora, claro, a gestão anterior com o carro em tese, mais "alinhado e balanceado", tenha se arrebentado no muro, com a falta de títulos e a identificação pelo público que estes não eram prioritários à gestão, pelas infelizes declarações e posturas do ex-presidente. E isto não foi perdoado. O que não deixa de ser educativo para as gestões futuras em relação ao foco que deve ser seguido e exaustivamente comunicado.
O time também se reapresenta hoje. Flamengo mira em jogadores medalhões, o que dificulta as contratações. Mas são tiros que se acerta no alvo certamente capacitarão bem o time. Agora temos Abel. Um treinador experiente, já vencedor, e com moral para barrar quem quer que seja e impor sua vontade contra eventuais chorões e "donos de vestiário". Pelaipe reforça a ideia de que não se aceitará mais o comodismo. E creio que mesmo o discurso dos jogadores será diferente da gestão anterior, que permitia entre eles o discurso do "caminho certo" mesmo em falta de conquistas. Que foi outro grave erro.
Que Abel saiba conduzir este elenco ruma às conquistas.