Flamengo este ano bateu seu recorde nos pontos corridos em campeonato brasileiro, ficando atrás apenas do Palmeiras/Crefisa, mantendo uma constância competitiva ao longo do forte torneio ao ficar sempre entre os primeiros lugares. Largou na frente, ficou em primeiro até a parada da Copa. Lá perdeu seu principal jogador de ataque, Vinicius Jr, voltou com Rever como zagueiro titular, com toda sua lentidão, e o técnico não soube superar isto, mantendo o mesmo esquema tático que simplesmente não funcionou mais em um volume absurdo de jogos em sequencia.
Estes jogos em sequencia, em agosto na maioria, abalaram a capacidade decisiva no time e a confiança depositada no elenco que reúne bons e desejáveis jogadores do mercado.
Pode ser que a aposta continuada no técnico Barbieri, por sua falta de experiência em time grande, tenha sido decisiva. Mas vemos outros técnicos, experientes, falhando também em outros times, fazendo erros que, nós torcedores, consideramos primários. Mas o fato é que, com Dorival, o time se acertou taticamente basicamente colocando mais um volante ao lado do Cuellar, visto que Paquetá, com a cabeça na Itália, talvez, não cumpria mais tão bem este papel enquanto marcador. Mas o Dorival traz problemas, entre eles, a difícil relação que tem com jogadores de personalidades mais fortes, como Diego Alves. Pode ter rolado algum desentendido, mas o fato é que Diego Alves se rebelou com Dorival e não jogou mais pelo Flamengo. Sendo substituído pelo César, que mostra relativa solidez enquanto goleiro.
A gestão do futebol, com seus erros e também acertos, viu-se metralhada pela torcida de forma, para mim, non-sense. O time é bom. O time é competitivo. Tem jogadores sim de ponta. Estrutura nota 10. Staff profissional sendo aprimorado. Processos sendo redefinidos. Mas o imediatismo grosseiro e a miopia perante o progresso que está em frente ao nariz, que é estimulado por jornalistas e membros de uma oposição muitas vezes do tipo "quanto pior melhor", faz um trabalho com erros, mas muitos acertos também, vide o progresso indiscutível do futebol da base, ser tratado como um desastre apocalíptico, e a aposta "jabuticaba" em um conselho de palpiteiros com a volta de Marco Braz como dirigente, ele que em 2010 praticamente afastou o Pet do elenco, ele que chegou a declarar que há jogadores que sim devem ser privilegiados em relação aos demais,e onde em sua gestão jogadores saíam para festas onde até denúncias de mulher amarrada em árvore rolavam, ser então encarado como uma solução.
Enfim, claro que a cada um que tome sua decisão sobre o que seja melhor pro Flamengo. Se é uma "jabuticaba" amadora ou se é a confiança em processos aperfeiçoados com profissionais especializados mais capacitados para análises e tomadas de decisão. Garanto que no Manchester City, Real Madrid, Barcelona, mesmo no hoje rival Palmeiras/Crefisa não é a jabuticaba.