sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Tem de vencer












Irmãos rubro-negros,


Se o Flamengo ainda almeja o título do Campeonato Brasileiro, precisa vencer amanhã.

Só a vitória mantém acesa a chance do título.

Mas isso é papo de torcedor apaixonado pelo clube, porque os torcedores de diretoria, os bajuladores da gestão, esses aí estão focados apenas na política e no processo eleitoral.

A diretoria e seus apoiadores são os primeiros a demonstrar falta de convicção numa conquista do clube.

De mãos vazias, embora tenham gasto milhões (só este ano foram mais de R$ 100 milhões, isso sem contar o fiasco Guerrero, Geuvânio, Rômulo, Conca, Ilha do Governador, premiações e renovações insensatas), e com a justificada pecha de incompetentes, relativizadores de derrota e fracassados, tudo que eles não querem é falar de futebol.

Farão da inauguração do novo CT um evento político, naturalmente. Não um evento do Flamengo, mas um evento da chapa. Tudo bem. O CT foi feito e quem o fez merece os créditos. O Flamengo tem de comemorar essa conquista.

O problema é que a diretoria e seus aduladores não querem assumir o vexame que é a gestão deles no futebol. Não querem. Relutam, negam, valorizam vices, meras classificações, deturpam a verdade para que os fatos se adequem à narrativa desejada. Falam como se o Flamengo só disputasse rebaixamento todo o ano, quando o histórico de 2006 a 2012, sem falso saudosismo, sugere outra realidade. Até mesmo pela falta de estrutura e de dinheiro.

Eles hoje fogem do futebol. Fogem. Eles têm receio de que se fale da camisa rubro-negra, altaneira e imponente. Porque nos momentos mais tenebrosos da nossa história, o torcedor do Flamengo sempre abraçou a camisa, a mística, a tradição. E ela, a sagrada camisa vermelha e preta, sempre foi rocha sólida.








Mas falar disso para eles é "coisa de amador", que "não entende nada do que o futebol moderno exige para formar um clube campeão".

E assim vai o Flamengo, e o seu povo junto, acumulando decepções, enquanto eles elaboram suas teses moderníssimas, desperdiçando milhões do clube.

Mas o Flamengo não é tese, embora seja uma fonte inesgotável de estudos sobre a sua origem a tradição. 

Flamengo não cabe em esquematizações pretensamente cientificas.

Flamengo é o clube mais amado do mundo. E o amor não se explica. Vive-se.

Eles não compreendem isso.

E para muito além de alusões poéticas à força mística do Clube de Regatas do Flamengo, o fato é que a diretoria atual foi contumaz no erro.

Tomaram diversas decisões equivocadas. Não é necessário enumerá-las. Nem mesmo naquilo que, supostamente, seria o "know-how" dessa gestão - ações racionais ligadas ao planejamento estratégico, - eles obtiveram êxito. Muito longe disso. Nunca tanto dinheiro do clube foi investido sem retorno. 

Em suma, falar de futebol para a diretoria atual e seus apoiadores é um estorvo, um incômodo. 

Resta a eles, nesse contexto, apelar para a desqualificação, inclusive pessoal, do principal adversário político.

É aquilo: o "eurico" é sempre o outro.

E nesse ambiente, o Flamengo joga uma partida importantíssima amanhã. Se vencer, eles vão capitalizar; se não vencer, eles vão relativizar.

Mas quem é Flamengo de coração só aceita a vitória.

Que o Mengão conquiste uma grande vitória. A torcida e a camisa rubro-negra merecem.







...




Abracos e Saudações Rubro-Negras.

Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.