SRN, Buteco.
Pela enésima vez esse ano, o Flamengo não consegue ser
decisivo em jogo , desc ulpe a redundância, decisivo.
E, mais uma vez, seus principais jogadores, os nomes de
destaque, se escondem e se omitem em campo.
Quanto maior o jogo, piuor a atuação.
Mas quero falar particularmente de Lucas Paqueta.
Jogador de porte privilegiado.Forte sem ser pesado, alto sem
ser lento.
Habilidoso, boa capacidade de movimentação e finalização.
Muitos pontos fortes, jovem, com espaço para evoluir
técnica, fisica e mentalmente.
E o que se vê é um vagalume em campo.
Dispersivo, alheio ao que se passa a sua volta, erra passes
infantis, faz firula onde não deve.
E tudo isso vem de meses, desde a parada para a Copa, para
ser mais preciso.
Sim, eu sei que ele é um dos artilheiro do time no ano, tem
feito muitos gols.Poderia até dizer que ele faz a parte dele em campo.
Mas é inegável que, assistindo aos jogos, percebe-se que tem
alguma coisa diferente , algo se quebrou e não houve capacidade para se
resolver, ou talvez não tenha conserto.
O fátidico lance do gol perdido contra o Palmeiras ilustra a
situação.
Quando o Maracanã viu Marlos Moreno a beira do campo, o
estádio ficou dividido.Metade achava que não iria dar em nada.A outra metade
tinha certeza disso.
E no entanto, ele, contra todo o senso comum, fez o gol.
E o Maracanã ferveu , virou um vulcão, sentia-se no ar a
expectativa da virada quando o mesmo Marlos rolou a bola para Paquetá na linha
da pequena àrea, goleiro já ajoelhando.
O jogo acabou ali.O campeonato, também, me parece.
Paquetá virou uma incógnita.Qual é o verdadeiro, o jogador
elétrico , explosivo, veloz e participativo do começo do ano ou esse poço de
indiferença que ele se transformou após a copa?