A competitividade é a característica ou capacidade de qualquer organização em lograr cumprir a sua missão, com mais êxito que outras organizações competidoras. Baseia-se na capacidade de satisfazer as necessidades e expectativas dos clientes ou cidadãos aos quais serve, no seu mercado objectivo, de acordo com a sua missão específica, para a qual foi criada.
Wikipedia - https://pt.wikipedia.org/wiki/Competitividade
Duro assistir outros times mais competitivos que o nosso disputando semifinais e finais de torneios relevantes como Copa do Brasil e Libertadores. Flamengo ao longo destes anos todos de uma gestão mais administrativamente e financeiramente responsável. não tornou seu time de futebol competitivo apesar de todos os esforços financeiros, pessoais, estruturais e patrimoniais.
O que faltou? Noto que esta questão não é apenas para ser respondida pelos gestores atuais como a todos candidatos a gestores no presente e no futuro. Porque, apesar de ter todas condições materiais, ou seja, a aquisição de bens de capital relevantes, não produziu o bem de consumo esperado?
O fato da percepção do time não ser competitivo com todo investimento realizado certamente turbinou a frustração pela falta de resultados. Ninguém se frustra de um time mambembe de uma administração leniente e irresponsável não conseguir satisfazer expectativas de títulos. Se frusta porque sabe que poderia, reuniu condições materiais para tanto e teve tempo para produzir. E mesmo assim, não o fez.
A escolhas e apostas em comissões técnicas conduzidas por indivíduos inexperientes porém com grande afinidade na tecnologia de análise de performance, o que gerava mais paciência e simpatia no Departamento de Futebol, pode ter sido uma explicação. O inexperiente pode ser dominado pelo elenco. O inexperiente fica mais inseguro de se impor. O inexperiente não viveu muitas vezes situações parecidas de jogo e pressão. O experiente sim.
Logo, deixar um elenco nas mãos de inexperientes pode dar certo em tiros curtos, porque o elenco também adota esta novidade. Mas logo decai. Mesmo porque adversários antenados estudam e planejam estratégias para contornar as vantagens competitivas do time e explorar suas deficiências. O técnico, preso em um time dentro do elenco e um único esquema tático, fica perdido. Ainda mais sem tempo para treinamento e mesmo sem um conhecimento maior para testar alternativas táticas e rotatividade de jogadores.
Há um planejamento na chapa da gestão atual de escolher melhor os jogadores, procurando priorizar aqueles com espírito mais competitivo, o que de certa forma, representaria uma mudança em relação a seleção por jogadores de espírito mais "cordatos", o que é ótimo para disciplina interna mas não traz tantos resultados em termos competitivos. Todo elenco precisa de suas "ovelhas negras" que brigam com o elenco, se preciso, para conquistar resultados. Flamengo não parece ter. Talvez o Diego Alves. Quanto a chapa alternativa há um foco em cobrança e, até onde sei, na volta do Conselho Gestor de futebol, com todas implicações que isto gera. Creio também que, hoje, a aposta em mais um jovem interino como técnico principal está definitivamente descartada por seja quem for para um futuro próximo e, espero, perene.
Concluindo, a fome competitiva deve permear toda a organização. Todo profissional deve ser contratado com base nesta premissa. Não pode mais jogadores, técnicos, staff, etc sem conquistas tendo seus contratos renovados, e se mantendo no quadro funcional por anos. A fila tem que andar. Não se conquista uma guerra com tapas nas costas e sorrisos. Se conquista mandando para cada batalha e cobrando a morte de inimigos, metaforicamente falando, claro. Flamengo tem que ter os melhores profissionais possíveis em seus quadros, para que a cobrança dura tenha condições de ser exercida. Só pode cobrar uma pintura de Picasso de um Picasso.
Falta este espírito de guerra. Não sei quem advirá para estes próximos 3 anos, mas que coloquem a faca na caveira e instituam este espírito.