domingo, 2 de setembro de 2018

It´s alive!!! #sqn

Faz alguns anos que um grande amigo disse, em um dos milhares de grupos sobre o Flamengo, a seguinte frase: "Aguentem um tempo. O time hoje será pobre mas limpinho. E logo teremos poder de fogo pra contratar à vera".

 Os anos se passaram, algumas tralhas apareceram, os perebas de praxe chegaram e saíram, e de repente, do nada, pousaram na Gávea Guerrero  e Diego (por favor, não me cobrem quem chegou primeiro, o contexto não é esse). E Réver, Everton Ribeiro, Cuellar, e...

 

Voltamos a "empolgar". Voltamos a participar da Libertadores - entendam como quiserem o participar - e a sentir o coração do torcedor batendo mais forte.

Mas antes de desenrolar, quero lembrar o ano de 2013. O ano em que quase fomos rebaixados por uma inocência administrativa - eu teria utilizado outro termo, mas há crianças na sala - mas ganhamos uma Copa do Brasil, que para muitos pode não significar muito, mas que foi mais na base do sangue no olho do que na qualidade do elenco. Mas está lá. Ganhamos com mérito e louvor.

Voltando ao atual elenco, não foi uma nem duas vezes que escrevi sobre a falta de sangue no olho. Muitos confundem correr errado com raça e vontade de ganhar.  Vejamos o senhor Marcos Rogério, que atende pela alcunha de Pará. Este distinto senhor VIBRA quando isola uma bola pela lateral. E a torcida GOSTA DISSO. Mas é aquilo: o que ele sabe fazer é isso. Vibrar. Não exijam mais. É injusto. Querem mais exemplos? Não, né? Deu pra entender qual a diferença de raça com correr errado. Pelo menos, para mim, está bem claro.

Mas não vou pegar um pra Cristo. Vou no Diego. Faz algum tempo que ele joga encerando, gira pra cá, gira pra lá, gira pra cá, gira pra lá, e no final do jogo dá aquela entrevista de atleta bem articulado, estudado, com uma bela assessoria de imprensa. Paquetá? Na boa, ele tem jogado muito mal, mas eu tenho pra mim que está escalado de forma ERRADA - me faz lembrar o Anderson do Grêmio, que era um camisa 10 absurdo, e na Inglaterra inventaram o cara de volante.

"Eu obedeço o professor ou caio no ostracismo?" Nessas horas me lembro de jogadores mais antigos contando que desobedeciam o treinador e faziam a coisa acontecer.

Réver? Por favor, quem aqui lembra, em um passado longínquo, da zaga que enfrentou o Palmeiras antes de Copa de 2018? Lembraram? Não preciso falar mais nada.

Mas agora vamos ao lamentável círculo vicioso que esta diretoria tem cometido ao longo dos últimos anos. Não que eu entenda o momento propício de uma derrota pra malhar. Na realidade eu já estou irritado faz tempo, pois basta consultar o google pra entender como se explica o termo LIDERANÇA. Ou, dar um pulo na conta do Gustavo (@gustones), para entender:


Um resultado desses, no Flamengo pelo qual eu torcia, era: - Presidente indo ao vestiário informar que o técnico está demitido e não precisa nem voltar no ônibus - Pelo menos quatro jogadores tendo contrato rescindido Mas a gente sabe que vai ser só explicações, explicações
Esperamos atitude, liderança, decisões. E rápidas. Não aturar o MERDA do rodrigo caetano durante anos, contratando e descontratando como se o Flamengo fosse um leilão de carros e bois. E, PASMÉM, a herança dele ainda está lá.
Mas o que temos? Aquelas coletivas onde aparece um se lamentando, outro dizendo que isso não pode acontecer, blá, blá. blá. E nada mais acontece. A mudança de postura do time acontecerá quando isso vier de cima. Pois este elenco, creio eu, pode até ter uma liderança, mas não dentro de campo. No máximo, na hora de rezar (entendam como quiserem, não é uma crítica à corrente religiosa/filosófica, e sim ao que não vai pra dentro de campo. Ainda falta alguém que coloque a bola embaixo do braço. 
Falta um Didi pra pegar a bola dentro do gol e caminhar até o meio de campo. 
Falta um Zico pra meter a faca e girar. 
Falta o sangue que corre na veia dos jogadores mais antigos. 
Falta o sangue que corria na veia dos dirigentes mais antigos.
Hoje, somos chacota pra dirigentes até do Íbis. E nos resta aguentar a pemba. Pois hoje perdemos pro time do Lisca (a loucura dele seria bem vinda no vestiário, diga-se). Mas provavelmente o elenco o baniria por falar palavrões, e os dirigentes obedeceriam a ordem vinda de lá.
O fato é que este Flamengo comete os mesmos erros de sempre. E isso incomoda, pois não tem, como  bem disse o Gustavo, nenhuma atitude de pau na mesa. No máximo, um pote de gel e um coiffeur pra ajeitar os penteados alheios.
E o que efetivamente nos resta? Torcer por resultados da concorrência. Pois torcer tá foda. 
11 horas da manhã. 50 mil torcedores. O que falta, Flamengo, pra você respeitar sua gente? O que falta, Flamengo, pra você entender que não queremos jogadores penteados dando entrevistas bem articuladas?
Nós queremos, REPITO, jogadores com bafo, xulé, fedendo por 3 dias sem banho, cabelo com caminho de rato, unha suja de terra, chuteira preta. 
Nós queremos jogador falando "a gente vamos", "nós fez tudo certo, mas a bola não entrou", nós queremos o Flamengo do povo, o Flamengo que sabe o que sua gente precisa.
E dirigentes que entendam isso, de uma vez por todas.
Por favor, Flamengo, pode ser?
E nada mais digo.