@alextriplex
Onde o futebol praticado pelo Flamengo se encontra com as imagens abaixo?
Televisão de Cachorro.
Mosca de padaria.
Futebol do Flamengo.
Cães e moscas querem muito. Tem seu foco, marcam presença, passam o dia procurando uma brecha.
E não desistem.
O Flamengo de hoje, de quarta e da primeira partida da semifinal tem um pouco dos cães e moscas. Sobrevoa, cerca, cisca, mas não dá o bote final. E o que difere de cães e moscas é que - em muitos momentos - demonstra cansaço e uma certa tolerância com o resultado. Confesso que não sei como e onde ser crítico com esse elenco.
Talvez por estar cansado de alguns jogadores. Ou melhor, de muitos.
Perdemos (MAIS) uma grande chance de voltar ao topo ou, no mínimo, de encostarmos de vez na liderança.
Mas, pra que, né?
Enfim, nos resta torcer, e muito, pra que eles pensem quão fácil está ganhar esse brasileirão. Basta ver como 2 times chegaram chegando no topo. E correm o risco de deixarem bambis e Inter pra trás.
Ou pareço lunático pra vocês?
E nada mais digo.
sábado, 29 de setembro de 2018
Bahia x Flamengo
Campeonato Brasileiro/2018 - Série A - 27ª Rodada
Bahia: Anderson; Nino Paraíba, Douglas Grolli, Lucas Fonseca e Léo; Gregore e Elton; Élber, Ramires e Zé Rafael; Gilberto. Técnico: Enderson Moreira.
FLAMENGO: César; Pará, Léo Duarte, Réver e Trauco; Cuéllar e Willian Arão; Everton Ribeiro, Lucas Paquetá e Vitinho; Lincoln . Técnico: Dorival Júnior.
Data, Local e Horário: Sábado, 29 de Setembro de 2018, as 21:00h (USA ET 20:00h), no Estádio Octávio Mangabeira ou "Arena Fonte Nova", em Salvador/BA.
Arbitragem: Igor Junio Benvenuto de Oliveira (MG), auxiliado pelos Assistentes 1 e 2 Falipe Alan Costa de Oliveira (MG) e Ricardo Junio de Souza (MG), além do Quarto Árbitro Paulo de Tarso Bregalda Gussen (MG) e dos Assistentes Adicionais 1 e 2 Diego da Silva (SE) e Eduardo de Santana Nunes (MG).
sexta-feira, 28 de setembro de 2018
Resta um
Irmãos rubro-negros,
Mais uma derrota, mais uma vergonha, mais uma humilhação.
Perdemos para times com orçamento inferior, elenco inferior e em crise financeira.
O fato é que esta diretoria fracassou. Prometeu mundos e fundos, até uma Libertadores, e simplesmente não conquistou nada.
É verdade que o time ainda disputa o Campeonato Brasileiro. Como o nível está horroroso, pode até ser que, numa arrancada surpreendente e inesperada, o título se torne viável.
Difícil imaginar ou acreditar em algo assim. Um time que, antes da parada para a Copa do Mundo, liderava o Campeonato Brasileiro por quatro pontos e estava classificado na Taça Libertadores e na Copa do Brasil.
Executaram perfeitamente o planejamento deste ano, ao manterem o Rodrigo Caetano como diretor-executivo, mesmo após os retumbantes fracassos colhidos; ao deslocarem o Carpegiani para o cargo de técnico, mesmo sem que ele tenha apresentado um bom trabalho em clubes desde 1982; demitirem todo o departamento de futebol em março; efetivarem o Maurício Barbieri, um novato que veio para ser auxiliar, como treinador; e promoverem o Carlos Noval para o cargo de diretor-executivo, um profissional que sequer dá entrevista e que até hoje, sete meses após assumir o cargo, nunca deu uma declaração pública, logo ele, que em última instância, é o profissional que responde pelo futebol do Flamengo.
A verdade é que, independentemente do que venha a ocorrer, o selo do fracasso já está estampado na diretoria.
Milhões, milhões torrados.
Quarenta milhões no Vitinho (jogou nada ainda, molenga, sem raça; dizem eles que é só para o ano que vem, porque ele não fez pré-temporada), quarenta milhões no Guerrero (deu migué no clube para não completar os sete jogos), vinte milhões no Dourado, vinte milhões jogados no lixo na Ilha do Governador, cinco milhões por trinta minutos do Conca, salários milionários, muito acima da média nacional, premiações milionárias para metas indignas do Clube de Regatas do Flamengo.
E todo esse dinheiro do clube, patrimônio da instituição, indo para o ralo.
Em troca? Derrotas, derrotas e derrotas. Sete anos sem ganhar de um grande paulista em São Paulo. Cinco anos sem ganhar um título importante.
E querem indagar acerca das propostas alheias. É muita petulância. Uma diretoria que, dispondo de orçamento e estrutura inéditos, fez o clube acumular vexames e ser alvo de chacota.
Isso para não mencionar a relação com a torcida e com o clube. Processaram o Flamengo por causa da cor da chapa; cansaram de ofender e debochar do torcedor rubro-negro; denunciaram uma torcida organizada do clube por simplesmente ter ido protestar contra o time no aeroporto, jogando pipoca (curiosamente, depois do episódio, o time emendou uma sequência de êxitos que o levou ao topo do Brasileiro), porém nunca ergueram um dedo para defender o torcedor do Flamengo quando somos nós os agredidos (e isso acontece bastante); e proibiram a torcida de estender uma singela faixa, escrita "Brasileiro é obrigação".
Isso para não mencionar a relação com a torcida e com o clube. Processaram o Flamengo por causa da cor da chapa; cansaram de ofender e debochar do torcedor rubro-negro; denunciaram uma torcida organizada do clube por simplesmente ter ido protestar contra o time no aeroporto, jogando pipoca (curiosamente, depois do episódio, o time emendou uma sequência de êxitos que o levou ao topo do Brasileiro), porém nunca ergueram um dedo para defender o torcedor do Flamengo quando somos nós os agredidos (e isso acontece bastante); e proibiram a torcida de estender uma singela faixa, escrita "Brasileiro é obrigação".
Enfim, à diretoria resta a bóia de salvação, que é o Campeonato Brasileiro.
Agarrem-se à ela.
Ao menos termina-se este infeliz mandato com alguma honra.
...
Abraços e Saudações Rubro-Negras.
Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.
quinta-feira, 27 de setembro de 2018
Corinthians 2 x 1 - Flamengo. O trabalho de Sisifo
O Mito de Sisifo
Mais uma vez vemos o Flamengo rolando a pedra morro acima, para vê-la despencando quase ao chegar no topo. E assim, indefinidamente. Tal como o Sisifo do mito acima.
Flamengo foi a São Paulo em uma partida decisiva. O que, convenhamos, não é o forte do momento passado e atual deste time. Sete anos sem ganhar de time grande paulista em São Paulo. O ímpeto decisivo não achou ainda o CEP do Ninho do Urubu.
E o Corinthians? Se defendeu bem, compactando bem as linhas como todo time moderno anda fazendo. Flamengo nem tanto, diga-se. Fez o primeiro gol em belo lançamento na área. Everton Ribeiro, em uma noite não boa, ficou perdido na marcação, e o Danilo aproveitou e fez seu gol.
Bem, nem deu tempo para sentir muita raiva porque logo em seguida Arão fez um belo lançamento ao Pará, que cruzou a bola, bateu no braço do corinthiano e entrou. A bola ultimamente só entra no gol adversário por acidente. Flamengo 1 a 1. E depois passou a, digamos, controlar melhor o jogo. Tentar mais o jogo ofensivo, com Diego enceraderando, Paquetá firulando e Everton Ribeiro perdido. Dourado, como sempre isolado, ficava na área imaginando as bolas que poderiam ser lançadas para ele.
Final de primeiro tempo. Empate que levaria aos pênaltis. Bem, não sei quanto a vocês, mas minha confiança no Flamengo em disputa de pênaltis é a mesma que tenho do Marlos fazer algum gol. Resultado preocupante.
E veio o segundo tempo. Flamengo, ao meu ver, melhor na partida mas no clássico esquema arame-liso, consagrado por todos técnicos estagiários que passam pelo clube. Mas Diego pede para sair. Entra Vitinho. Faz uma bela jogada, chuta pro gol, bate em um zagueiro e o goleiro faz uma bela defesa. No Corinthians entra Pedrinho. 38 segundos em jogo. Pega a bola, faz bela jogada, chuta e gol. É a vida. Injusta (ou justa) para uns e outros não. Mas futebol é resultado e bola na rede. A justiça implacável dos números.
Flamengo ficou meio perdidão pós o gol, mas entra Lincoln e Marlos. Tem a posse mas a bola sempre trava na defesa do Corinthians. Bolas cruzadas para cá e para lá, passes trocados na entrada da área. E nada feito. Quase no último minuto da prorrogação, Pará tenta um cruzamento e a bola bate em cheio na trave do Cássio e volta. Certeza que se fosse do lado do Flamengo seria gol para eles.
Enfim, mais uma derrota este ano. Parafraseando Caramujo, Flamengo agora terá mais tempo para descansar e se dedicar ao Brasileiro, melancolicamente, nossa única opção no momento.
Que os resultados deste ano e passados sirvam a quem vier a gerir o Flamengo um foco especial na competitividade do time e a busca por qualificação maior do comando técnico da equipe e na seleção dos jogadores a cada temporada, para que formem um conjunto que brigue mais por títulos sendo bem mais incisivo no ataque. Flamengo tem bons jogadores. Mas não tá dando liga. Uma pena. Um Abel cairia agora muito bem, acho eu.
Mais uma vez vemos o Flamengo rolando a pedra morro acima, para vê-la despencando quase ao chegar no topo. E assim, indefinidamente. Tal como o Sisifo do mito acima.
Flamengo foi a São Paulo em uma partida decisiva. O que, convenhamos, não é o forte do momento passado e atual deste time. Sete anos sem ganhar de time grande paulista em São Paulo. O ímpeto decisivo não achou ainda o CEP do Ninho do Urubu.
E o Corinthians? Se defendeu bem, compactando bem as linhas como todo time moderno anda fazendo. Flamengo nem tanto, diga-se. Fez o primeiro gol em belo lançamento na área. Everton Ribeiro, em uma noite não boa, ficou perdido na marcação, e o Danilo aproveitou e fez seu gol.
Bem, nem deu tempo para sentir muita raiva porque logo em seguida Arão fez um belo lançamento ao Pará, que cruzou a bola, bateu no braço do corinthiano e entrou. A bola ultimamente só entra no gol adversário por acidente. Flamengo 1 a 1. E depois passou a, digamos, controlar melhor o jogo. Tentar mais o jogo ofensivo, com Diego enceraderando, Paquetá firulando e Everton Ribeiro perdido. Dourado, como sempre isolado, ficava na área imaginando as bolas que poderiam ser lançadas para ele.
Final de primeiro tempo. Empate que levaria aos pênaltis. Bem, não sei quanto a vocês, mas minha confiança no Flamengo em disputa de pênaltis é a mesma que tenho do Marlos fazer algum gol. Resultado preocupante.
E veio o segundo tempo. Flamengo, ao meu ver, melhor na partida mas no clássico esquema arame-liso, consagrado por todos técnicos estagiários que passam pelo clube. Mas Diego pede para sair. Entra Vitinho. Faz uma bela jogada, chuta pro gol, bate em um zagueiro e o goleiro faz uma bela defesa. No Corinthians entra Pedrinho. 38 segundos em jogo. Pega a bola, faz bela jogada, chuta e gol. É a vida. Injusta (ou justa) para uns e outros não. Mas futebol é resultado e bola na rede. A justiça implacável dos números.
Flamengo ficou meio perdidão pós o gol, mas entra Lincoln e Marlos. Tem a posse mas a bola sempre trava na defesa do Corinthians. Bolas cruzadas para cá e para lá, passes trocados na entrada da área. E nada feito. Quase no último minuto da prorrogação, Pará tenta um cruzamento e a bola bate em cheio na trave do Cássio e volta. Certeza que se fosse do lado do Flamengo seria gol para eles.
Enfim, mais uma derrota este ano. Parafraseando Caramujo, Flamengo agora terá mais tempo para descansar e se dedicar ao Brasileiro, melancolicamente, nossa única opção no momento.
Que os resultados deste ano e passados sirvam a quem vier a gerir o Flamengo um foco especial na competitividade do time e a busca por qualificação maior do comando técnico da equipe e na seleção dos jogadores a cada temporada, para que formem um conjunto que brigue mais por títulos sendo bem mais incisivo no ataque. Flamengo tem bons jogadores. Mas não tá dando liga. Uma pena. Um Abel cairia agora muito bem, acho eu.
quarta-feira, 26 de setembro de 2018
Corinthians x Flamengo
Copa do Brasil - Semifinal - 1º Jogo (Volta)
Corinthians: Cássio; Fágner, Léo Santos, Henrique e Danilo Avelar; Douglas e Ralf; Angel Romero, Jadson, Matheus Vital e Clayson. Técnico: Jair Ventura.
FLAMENGO: Diego Alves; Pará, Réver, Léo Duarte e Trauco; Cuéllar e Willian Arão; Everton Ribeiro, Diego e Lucas Paquetá; Henrique Dourado. Técnico: Maurício Barbieri.
Data, Local e Horário: Quarta-feira, 26 de Setembro de 2018, as 21:45h (USA ET 20:45h), no Estádio Arena Corinthians ou "Itaquerão", em São Paulo/SP.
Arbitragem: Ricardo Marques Ribeiro (FIFA/MG), auxiliado pelos assistentes Bruno Boschilia (FIFA/PR) e Bruno Raphael Pires (FIFA/GO), além do Quarto Árbitro Jean Pierre Gonçalves Lima (RS) e do Árbitro de Vídeo Wilson Pereira Sampaio (FIFA/GO).
Alfarrábios do Melo
Saudações flamengas a todos,
A
recente vitória contra o Atlético-MG fez surgir em alguns a
esperança pela volta do Flamengo à briga pelo Hepta Brasileiro. No
entanto, para tal a equipe precisará demonstrar recuperação
técnica, física e tática, voltando a atuar em um nível no mínimo próximo
ao que foi capaz de produzir no início do Brasileiro e nas partidas
contra o Grêmio pela Copa do Brasil. Mas será possível um trabalho
em declínio apresentar recuperação? A história recente mostra
que, apesar de não ser o provável, há a possibilidade, sim. Resta
saber se o elenco, a comissão técnica e a diretoria atuais serão
capazes de fomentar essa reviravolta. O jogo de logo mais trará
respostas relevantes. Enquanto isso, deixo alguns exemplos de
“remontadas” históricas. Algumas com finais felizes. Outras, nem
tanto.
“REMONTADAS”
- A RESSURREIÇÃO DOS MORIBUNDOS
1988

A
lesão do Galinho é o ponto culminante de uma fase em que tudo
parece dar errado. Após um início animador, com três vitórias
contundentes e convincentes (das quais em uma não chega a dirigir
oficialmente a equipe), Telê Santana sofre com a queda de rendimento
decorrente de um elenco heterogêneo, onde os principais reforços
trazidos para servirem de espinha dorsal simplesmente não conseguem
render. Como consequência, o Flamengo coleciona resultados ruins, e
em sete jogos somente logra uma vitória (sofridos 2-1 sobre o Sport,
no Maracanã), num aproveitamento de 33%. Alguns vexames em
sequência, como a derrota nos pênaltis para um Palmeiras sem
goleiro e um revés diante do Vitória, um dos piores times do
campeonato, em pleno Maracanã (0-1) arremessam o rubro-negro a uma
inusitada e deprimente última colocação de sua chave, a 9 pontos
do São Paulo. Nutrindo certa reverência a Telê, a imprensa evita
mencionar ameaça de demissão, mas rumores surgem com alguma força.
Revistas e jornais falam abertamente em eliminação e decadência.
Restam apenas seis rodadas para o final do campeonato, e a distância
para o tricolor paulista parece intransponível. Há quem fale em
aproveitar os jogos restantes para montar uma equipe para a temporada
seguinte.
Telê
resolve mexer. Tira espaço de alguns jogadores improdutivos, como
Luvanor, Darío Pereyra, Paulo César e Renato Carioca, promovendo
mais intensivamente a utilização de jovens como Rogério, Aldair,
Júnior Baiano, Marquinhos e Marcelinho, entre outros. Menos técnico
porém mais solidário, veloz e aguerrido, o time melhora. Supera a
perda de Zico e vence o Fla-Flu, iniciando uma espetacular sequência
de cinco vitórias em seis jogos (aproveitamento de 89%), e, contra
todos os prognósticos, arranca a classificação à fase seguinte
após derrotar o Atlético-MG por 2-0 no Maracanã. É o epílogo de
uma bela história que será retomada, sem o mesmo brilho, após a
pausa para as férias dos jogadores.
1992

O
que ainda não se sabe é que o revés diante da Raposa, mais do que
uma preguiçosa jornada pré-carnavalesca fora da curva, assinala o
início de uma terrível sequência de seis jogos sem vitórias
(aproveitamento de 17%), derivada de uma assustadora queda de
rendimento da equipe, que perde consistência defensiva e força no
ataque. Lesões de titulares importantes e perda de confiança com as
derrotas são as principais causas apontadas para o mau desempenho.
Inconformada, a Diretoria começa a mandar “sinais” de
descontentamento, criticando publicamente o esquema e as opções do
treinador Carlinhos. Nem mesmo o Maestro Júnior é poupado das
críticas. O VP de Futebol (futuro Presidente) insinua que Júnior é
um jogador “caro, velho e pouco produtivo para o que ganha”. A
gota d'água se dá após a goleada sofrida para o Vasco (2-4), em
partida onde ironicamente a equipe realiza a “menos pior” atuação
da sequência. Mas, com a derrota, o time cai à 12ª colocação. Um
ultimato velado está dado. Ou ganha do Atlético-PR ou a crise será
instalada de vez, com consequências (im)previsíveis. Para evitar
hostilidades, os treinos são fechados à torcida.
O
Flamengo, jogando muito mal, consegue vencer os paranaenses (2-0).
Aliviado, Carlinhos consegue transmitir paz ao elenco. E a crise é
definitivamente afastada com uma atuação de gala no Pacaembu, onde
o Flamengo derrota categoricamente o Corinthians por 3-1 (após abrir
3-0 com facilidade e tirar o pé, quando o jogo parecia caminhar para
uma goleada histórica). O triunfo dá nova motivação ao
rubro-negro, que vence três das seis partidas seguintes, desempenho
suficiente para chegar em quarto lugar e garantir uma das oito vagas
para a fase seguinte. Embalado e solto, o Flamengo arranca para a
conquista do Pentacampeonato Brasileiro.
2008

Mas
logo surgem os problemas. E a tormenta. E o caos. O Flamengo começa
a ver desmantelado todo o sistema ofensivo, de uma só vez. Saem
Marcinho, Renato Augusto, Souza. Pouco depois, Diego Tardelli fratura
o antebraço e só retornará no final da temporada. O volante
Kleberson também está fora, vítima de luxação na clavícula. Por
fim, Cristian, outro volante, entra em rota de colisão com o
treinador e também deixa o clube. A perda de tantos jogadores-chave
logo se faz sentir. O Flamengo amarga um jejum de sete jogos sem
vitória, num aproveitamento de inacreditáveis 9,5%, e desaba na
tabela. Cai para a 7ª posição, dez pontos atrás do líder Grêmio.
A
Diretoria traz reforços. Chegam Marcelinho Paraíba, Fierro,
Sambueza, Everton, Josiel e Vandinho, entre outros. O time volta a
melhorar. Vence a duras penas o Atlético-PR por 1-0 no Maracanã,
iniciando uma sequência de seis vitórias em dez jogos (70% de
desempenho), voltando a sonhar com a liderança (chega a estar a 4
pontos do primeiro colocado). Mas, na reta final, os atritos do
treinador com alguns jogadores do elenco, a falta de consistência
defensiva da equipe e a perda de concentração em várias partidas
(chega a ceder o empate para o Goiás em um jogo que vencia por 3-0)
alija a equipe da disputa do título e até mesmo da vaga para a
Libertadores. O frustrante quinto lugar custa o emprego de Caio Jr.
2009

Com
efeito. Andrade, após um início promissor, com algumas vitórias
contundentes, perde vários atletas por lesão e precisa remontar uma
equipe armada de forma confusa por seu antecessor. Ajusta daqui,
arruma dali, acolhe alguns reforços acolá, e enfim o “novo time”
está pronto para o duelo contra o Santo André no Maracanã. Um
tropeço poderá significar a volta do pesadelo da briga contra o
rebaixamento e o fim da experiência de Andrade no comando da equipe.
Mas Andrade mostra ter razão na pretensiosa declaração dada após
o Fla-Flu. O 4-2-3-1 com Petkovic no meio e um Zé Roberto
endemoninhado encaixa como orquestra, o Flamengo amassa sem cerimônia
o adversário, empurra um 3-0 que acaba saindo barato e vai iniciar
um trajeto irresistível nos jogos seguintes, aí já contando com o
luxuoso retorno de Adriano. O rubro-negro engata um aproveitamento de
78% (12 vitórias em 17 partidas) e arranca, de forma espetacular,
para a conquista do Hexacampeonato Brasileiro, após vencer o Grêmio
por 2-1, no Maracanã.
2011

Tudo
começa da forma mais sobrenatural possível, quando a equipe é
inapelavelmente goleada pelo Atlético-GO, um dos últimos colocados,
por 1-4 em pleno Engenhão. Inicia-se uma tenebrosa sequência de dez
partidas sem vitória, rendimento de 17%, que definitivamente elimina
qualquer possibilidade de título, uma vez que a equipe cai para a
sétima posição, a 8 pontos da liderança. A brusca queda de
rendimento se explica pela desmotivação de Ronaldinho (às voltas
com atrasos de salários), pelos atritos de Luxemburgo com algumas
lideranças do elenco e pelo deficiente encaixe de alguns reforços,
sendo o mais badalado dos quais, o zagueiro Alex “Pirulito”
Silva, o responsável pelo desmonte de um sistema defensivo outrora
intransponível, agora sujeito a sofrer goleadas com inaceitável
frequência.
Luxemburgo,
experiente, promove reuniões, negocia algumas concessões, tenta
fazer ajustes na equipe e o rendimento volta a um patamar próximo do razoável. A
quebra da tormenta se dá com uma vitória magra sobre o lanterna
América-MG (2-1 no Engenhão), mas a seguir a equipe se impõe ao
São Paulo em um Morumbi com mais de 60 mil (2-1), voltando à briga
pela vaga na Libertadores. No fim, seis vitórias em 13 jogos (algmas marcantes, como um sensacional 3-2 no Fluminense e um acachapante 5-1 no Cruzeiro) e um
aproveitamento de 59% acabam sendo o suficiente para a conquista de
uma vaga na Pré-Libertadores. Mas não para atenuar os atritos de
Luxemburgo com o elenco, notadamente com Ronaldinho. E o Flamengo, em
alguns meses, perde ambos.
terça-feira, 25 de setembro de 2018
Desafios Fora de Casa
Olá Buteco, bom dia!
Vencemos! E as vitórias sempre renovam as esperanças... O time, que vinha todo mambembe, torna a entrar na briga, estando a apenas 3 pontos da liderança.
Como sempre comentamos por aqui, o campeonato brasileiro em pontos corridos é mais uma disputa consigo mesmo (no sentido de manter uma regularidade de vitórias) do que com os demais.
Naturalmente, quando se vive um momento conturbado, no qual escapam as vitórias contra times que disputam a parte de baixo na tabela, a missão fica muito mais difícil e resta a obrigação de vitórias nos confrontos diretos e jogos fora de casa.
Neste sentido, a tabela marca até a rodada 30 quatro jogos que definirão a nossa vida no Campeonato Brasileiro: Bahia em Salvador, Corinthians em São Paulo, Fla x Flu e Paraná em Curitiba.
Este jogo com Bahia, marcado para o sábado à noite, é mais uma retaliação da CBF. Teremos uma partida de grande desgaste amanhã e o ideal seria jogar no domingo. No clássico contra o Vasco, esse pouco tempo de descanso influenciou, o time foi dominado e conseguiu um empate sabe-se lá como.
De qualquer forma, só a vitória interessa. Vejamos como o time vai se comportar.
***
Amanhã decidimos uma vaga na final da Copa do Brasil, contra o Corinthians em São Paulo.
Um ponto interessante a se comentar é que tenho ouvido falar mais da premiação milionária do torneio do que da relevância do caneco, propriamente dita. Seria um sinal desses novos tempos???
Quanto à partida, o adversário não pode ser subestimado. Temos boas chances de conseguir a classificação, mas não será fácil.
Ultimamente, o time não tem conseguido suportar a pressão feita pelos adversários e, invariavelmente, vem tomando gols com um facilidade incrível. Só não tomamos gols em 3 das últimas 8 partidas.
Jogando em Itaquera, pressão é o que não vai faltar. Precisaremos voltar a colocar os nervos no lugar e manter a concentração em alta durante toda a partida.
Qualquer empate leva a decisão para os pênaltis. Preparem seus corações!!!
Saudações Rubronegras!
segunda-feira, 24 de setembro de 2018
Vivo ou Morto-Vivo?
Salve, Buteco! No Brasileiro, o Mais Querido está a três pontos do líder São Paulo e a dois do vice-líder Internacional, com o mesmo número de vitórias. Se vencer o Bahia no sábado, voltará à liderança, mesmo que provisoriamente. Quarta-feira, disputa o jogo de volta da semifinal da Copa do Brasil contra o Corinthians, confronto totalmente aberto. Que tal? Aos rigorosos olhos da Maior Torcida do Mundo, a performance do time, mesmo com esse números, é inferior à expectativa. Também pudera. Até o início da 26ª Rodada, o Flamengo ocupava a modesta décima colocação na classificação do returno do Campeonato Brasileiro. Inadmissível e injustificável para o elenco que possui. Não que seja a oitava maravilha do mundo, porém no cenário nacional é um elenco bem acima da média, sem a menor sombra de dúvida. Afinal de contas, estamos falando de um verdadeiro deserto de treinadores e atletas de expressão. Paradoxalmente, esse elenco foi muito pouco rodado, especialmente no cenário pós-Copa do Mundo, pois optou-se por uma irreal e insana utilização basicamente de um onze titular em toda a sequência de julho a setembro. É lógico que o time sentiu os efeitos físicos da maratona, o que era previsível para qualquer torcedor, leigo, que acompanha com atenção o futebol (meu caso).
No jogo de ontem, gostei exatamente da utilização de um maior número de jogadores que não vinham sendo aproveitados, casos, por exemplo, de Willian Arão e Miguel Trauco, os quais merecem várias críticas ao desempenho que apresentaram especialmente em 2017; todavia, descansados e não utilizados em excesso, são peças importantes na rodagem do elenco, sem que precisem ser titulares. As duas assistências de Trauco e o gol de Willian Arão corroboram com esse pensamento.
Há visível diferença entre utilizar um atleta mediano como Willian Arão por mais de sessenta vezes no ano e recorrer a ele como um reserva útil na rodagem do elenco. O mesmo se aplica a Miguel Trauco, que tem experiência internacional e pode jogar inclusive as partidas de maior apelo, o que é completamente diferente de ser titular absoluto e jogar longas sequências.
***
Vi dois tempos com dinâmicas parecidas. Na primeira etapa, após a bem sucedida pressão nos minutos iniciais, com a abertura do placar, o time foi perdendo aos poucos volume de jogo e apresentou dificuldades para conter o Atlético/MG, especialmente quando o "estagiário" Thiago Larghi parou de inventar e reposicionou Luan na ponta direita, colocando Cazares no meio de campo. Destaque negativo para o jovem Matheus Sávio, que parece não ter condições de jogar pelo Mais Querido, e para a frágil marcação da bola aérea adversária, o que resultou no gol de empate. No geral a atuação do time foi bastante fraca na etapa inicial, o que preocupou a torcida para o segundo tempo.
***
Barbieri parece ter aprendido que o Flamengo não pode tomar tantos gols no início das partidas, já que o mesmo ímpeto inicial foi apresentando pelo time na volta do intervalo, levando ao gol da vitória, num belíssimo cabeceio de Lucas Paquetá, que voltou a jogar bem após um longo tempo de hibernação. Talvez porque Vitinho preocupe mais a defesa adversária (não que tenha feito grande exibição), o crescimento do Galo no segundo tempo se deu em menor proporção, apesar de ter criado algumas chances. Tentando reagir, nosso jovem treinador substituiu Henrique Dourado por Piris da Motta e adiantando mais ainda Lucas Paquetá. A ideia me pareceu boa, mas a execução nem tanto, pois o time não encaixou os contra-ataques e terminou a partida tomando muita pressão, inclusive porque Arão mostrava visíveis sinais de cansaço.
Mesmo sem jogar bem, o Flamengo foi eficiente e, como bem observou o zagueiro atleticano Leonardo Silva em entrevista pós-jogo, sagrou-se vencedor em mais um confronto direto com um dos principais aspirantes ao título. De positivo, Lucas Paquetá voltando a jogar em alto nível, além da boa volta de Trauco. Também gostei da atitude de Barbieri, que não hesitou em começar sem Vitinho e a substituí-lo quando o time precisou. Espero que o critério seja aplicado em relação a todos, líderes ou não do grupo.
A posição na tabela é sem dúvida bem melhor do que o futebol apresentado dentro das quatro linhas. Porém, estando tão próximo dos líderes, impossível não sonhar, mesmo que só um pouquinho, com uma reação do time na reta final. É claro que o futebol tem que melhorar, mas será preciso sobretudo vontade de ser campeão.
Arrisco dizer que o time correrá bem mais na quarta-feira, no Itaquerão. Algo me diz que o Mais Querido estará em mais uma final. Por outro lado, sábado viajará a Salvador para enfrentar o Bahia, imprescindível na perseguição da liderança. O desafio será jogar em bom nível imediatamente após mais uma exaustiva partida pela Copa do Brasil.
O Flamengo está vivo, Senhoras e Senhores. Falta só se dar conta disso. Enquanto não acontece, joga futebol de morto-vivo.
A palavra está com vocês.
Bom dia e SRN a tod@s.
Mesmo sem jogar bem, o Flamengo foi eficiente e, como bem observou o zagueiro atleticano Leonardo Silva em entrevista pós-jogo, sagrou-se vencedor em mais um confronto direto com um dos principais aspirantes ao título. De positivo, Lucas Paquetá voltando a jogar em alto nível, além da boa volta de Trauco. Também gostei da atitude de Barbieri, que não hesitou em começar sem Vitinho e a substituí-lo quando o time precisou. Espero que o critério seja aplicado em relação a todos, líderes ou não do grupo.
***
A posição na tabela é sem dúvida bem melhor do que o futebol apresentado dentro das quatro linhas. Porém, estando tão próximo dos líderes, impossível não sonhar, mesmo que só um pouquinho, com uma reação do time na reta final. É claro que o futebol tem que melhorar, mas será preciso sobretudo vontade de ser campeão.
Arrisco dizer que o time correrá bem mais na quarta-feira, no Itaquerão. Algo me diz que o Mais Querido estará em mais uma final. Por outro lado, sábado viajará a Salvador para enfrentar o Bahia, imprescindível na perseguição da liderança. O desafio será jogar em bom nível imediatamente após mais uma exaustiva partida pela Copa do Brasil.
O Flamengo está vivo, Senhoras e Senhores. Falta só se dar conta disso. Enquanto não acontece, joga futebol de morto-vivo.
A palavra está com vocês.
Bom dia e SRN a tod@s.
domingo, 23 de setembro de 2018
7 dias. 3 pontos. Zero evolução.
No twitter (meio sem saco ultimamente): @alextriplex
A parada é simples. A essa altura do campeonato, o grande propósito do Flamengo deve ser pontuar sem peidar. Em casa, não vacilar, não dar mole pra os secundários da tabela, e fora de casa, quando contra times que abaixo de nós, entregar a alma pelos 3 pontos. O problema tem sido a (não) evolução tática do time do estagiário. E o jogo de hoje, creio que todos viram o mesmo que eu, foi a mesma ladainha de sempre.
Pra começar, eu não consigo aceitar essa conversa de "o cara tá treinando bem, vou botar pra jogo". Sério, Matheus Sávio deve treinar cumprindo as mesmas funções que (não) executa em jogo à vera. Ali pela ponta esquerda, recua pra ajudar o lateral, tenta fazer o overlapping, etc. O ponto de desequilíbrio é que ele treina contra o jogador da camisa 21 e, por vezes, contra o Rodinei. É um padrão de marcação. Aí encara um time encardido como esse das galinhas, e a parada fica mais séria. O cara não anda, tropeça, escuta vaias, e então vem o desespero, machucando o coração. Aqui, abrem-se parêntesis (o treinador das galinhas fez uma substituição na metade do primeiro tempo. Coincidência ou não, eles empataram e engrossaram o jogo pra gente). Já o nosso...
Voltaremos de forma breve ao assunto substituição.
O fato é que os 7 dias que tivemos de folga não serviram pra absolutamente neca de pitibiriba. O time continuou desorganizado, correndo errado, e não fossem os 2 cruzamentos do nosso Gerson-canhotinha-de-Ouro-desprovido-de-altura-nascido-em-terras-peruanas, não sei o que seria desse jogo. Os 2 únicos acertos do estagiário foram adiantar o Paquetá e colocar o Arão (acreditem, eu realmente vi uma boa atuação deste jogador). Mas é muito pouco. Nossa zaga parece, em alguns momentos, fim de noite na VM ou em qualquer região do baixo meretrício. Quase o Devils Anus, de Thor Ragnarok. Com uma boa nave, você entra e sai do planeta (nossa defesa) quando bem entende.
Resumindo, é muito ponto para quem quer ser campeão. Porém, por mais sorte do que juízo, alguns times parecem que gostaram da brincadeira de deixar os segundinhos encostarem. Chegam lá em cima, cagam regra, e de repente empatam com os Américas e Corinthians da vida, e deixam quem tá chegando chegar. E eu já vi esse filme.
Mas foram 3 pontos. Que devem ser comemorados por alguns minutos, pois a diferença que poderia chegar a 7, desceu pra 3. E isso é um bom prenúncio. Só precisamos da ajuda de mais alguns. Menos oração, mais sangue no olho.
Para terminar, não vale a pena criar polêmica sobre a péssima manobra do estagiário. Vocês já sabem: vamos reclamar, jogou uma alteração no ralo, pode ter queimado o Vitinho, etc. Então o mandatário chega, fala que o estagiário tem a confiaça dele, e foda-se o que o resto pensa. (De novo) Eu já vi esse filme.
Quarta tem decisão na CdB. Contra um time que não consegue jogar bem em nenhuma competição. Mas que terá um estádio cheio, panela de pressão, e com o agravante de nunca termos ganho porra nenhuma lá, nem par ou ímpar. Será preciso muito mais ajinomoto pra chegarmos à decisão.
Dá? Claro, Fé é meu sobrenome. E eu espero que os jogadores façam jus ao amor que a torcida tem pelo clube.
E nada mais digo.
A parada é simples. A essa altura do campeonato, o grande propósito do Flamengo deve ser pontuar sem peidar. Em casa, não vacilar, não dar mole pra os secundários da tabela, e fora de casa, quando contra times que abaixo de nós, entregar a alma pelos 3 pontos. O problema tem sido a (não) evolução tática do time do estagiário. E o jogo de hoje, creio que todos viram o mesmo que eu, foi a mesma ladainha de sempre.
Pra começar, eu não consigo aceitar essa conversa de "o cara tá treinando bem, vou botar pra jogo". Sério, Matheus Sávio deve treinar cumprindo as mesmas funções que (não) executa em jogo à vera. Ali pela ponta esquerda, recua pra ajudar o lateral, tenta fazer o overlapping, etc. O ponto de desequilíbrio é que ele treina contra o jogador da camisa 21 e, por vezes, contra o Rodinei. É um padrão de marcação. Aí encara um time encardido como esse das galinhas, e a parada fica mais séria. O cara não anda, tropeça, escuta vaias, e então vem o desespero, machucando o coração. Aqui, abrem-se parêntesis (o treinador das galinhas fez uma substituição na metade do primeiro tempo. Coincidência ou não, eles empataram e engrossaram o jogo pra gente). Já o nosso...
Voltaremos de forma breve ao assunto substituição.
O fato é que os 7 dias que tivemos de folga não serviram pra absolutamente neca de pitibiriba. O time continuou desorganizado, correndo errado, e não fossem os 2 cruzamentos do nosso Gerson-canhotinha-de-Ouro-desprovido-de-altura-nascido-em-terras-peruanas, não sei o que seria desse jogo. Os 2 únicos acertos do estagiário foram adiantar o Paquetá e colocar o Arão (acreditem, eu realmente vi uma boa atuação deste jogador). Mas é muito pouco. Nossa zaga parece, em alguns momentos, fim de noite na VM ou em qualquer região do baixo meretrício. Quase o Devils Anus, de Thor Ragnarok. Com uma boa nave, você entra e sai do planeta (nossa defesa) quando bem entende.
Resumindo, é muito ponto para quem quer ser campeão. Porém, por mais sorte do que juízo, alguns times parecem que gostaram da brincadeira de deixar os segundinhos encostarem. Chegam lá em cima, cagam regra, e de repente empatam com os Américas e Corinthians da vida, e deixam quem tá chegando chegar. E eu já vi esse filme.
Mas foram 3 pontos. Que devem ser comemorados por alguns minutos, pois a diferença que poderia chegar a 7, desceu pra 3. E isso é um bom prenúncio. Só precisamos da ajuda de mais alguns. Menos oração, mais sangue no olho.
Para terminar, não vale a pena criar polêmica sobre a péssima manobra do estagiário. Vocês já sabem: vamos reclamar, jogou uma alteração no ralo, pode ter queimado o Vitinho, etc. Então o mandatário chega, fala que o estagiário tem a confiaça dele, e foda-se o que o resto pensa. (De novo) Eu já vi esse filme.
Quarta tem decisão na CdB. Contra um time que não consegue jogar bem em nenhuma competição. Mas que terá um estádio cheio, panela de pressão, e com o agravante de nunca termos ganho porra nenhuma lá, nem par ou ímpar. Será preciso muito mais ajinomoto pra chegarmos à decisão.
Dá? Claro, Fé é meu sobrenome. E eu espero que os jogadores façam jus ao amor que a torcida tem pelo clube.
E nada mais digo.
Flamengo x Atlético/MG
Campeonato Brasileiro/2018 - Série A - 26 ª Rodada
FLAMENGO: Diego Alves; Pará, Léo Duarte, Réver e Trauco; Cuéllar e Willian Arão; Everton Ribeiro, Lucas Paquetá e Matheus Sávio; Henrique Dourado. Técnico: Maurício Barbieri.
Atlético/MG: Victor; Emerson, Leonardo Silva, Iago Maidana e Fábio Santos; Zé Welison e Elias; Tomás Andrade, Luan (Cazares) e Yimmi Chará; Ricardo Oliveira. Técnico: Thiago Larghi.
Data, Local e Horário: Domingo, 23 de Setembro de 2018, as 16:00h (USA ET 15:00h), no Estádio Jornalista Mário Filho ou "Maracanã", no Rio de Janeiro.
Arbitragem: Rodolpho Toski Marques (FIFA/SP), auxiliado pelos Assistentes 1 e 2 Ivan Carlos Bohn (PR) e Victor Hugo Imazu dos Santos (PR), além do Quarto Árbitro Diogo Carvalho Silva (RJ) e dos Assistentes Adicionais 1 e 2 Ilbert Estevam da Silva (SP) e Salim Fende Chavez (SP).
sexta-feira, 21 de setembro de 2018
A proposta real
Irmãos rubro-negros,
em semana sem jogos do Mengo, a política no
clube entrou forte como tema principal nos debates.
A diretoria, aproveitando a semana sem
campo e bola, lançou a sua candidatura.
Uma candidatura bastante esvaziada, sem
apelo, cujo esvaziamento é plenamente justificado pelo fato de que a diretoria
e seu grupo político de apoio se isolaram dentro do
Flamengo.
Se isolaram: ninguém sabe nada; eles sabem
tudo.
E mantendo essa postura de total e completa
alienação quanto à realidade que os cerca, a diretoria, dando azo e
corroborando a sua visão do que deve ser o nosso futebol, brindou a torcida do
Flamengo com mais declarações edificantes.
Em vez de ficar aqui adjetivando o grotesco
espetáculo proporcionado, vamos diretos aos fatos, porque muitas vezes a vida
supera a arte.
Na segunda-feira, dia 17, nosso
vice-presidente de futebol, candidato a presidente escolhido pelo sucedido e
pelo seu grupo político de apoio, deu as seguintes declarações (https://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/vice-de-futebol-ricardo-lomba-lanca-candidatura-a-presidencia-do-flamengo.ghtml):
"Futebol
vem num caminho bastante interessante. Se formos comparar com o passado
recente, estamos disputando campeonatos importantes seguidas vezes. Fomos
campeões cariocas ano passado. Final da Sul-Americana, Copa do Brasil...
Futebol tem muito de imponderável, mas precisamos estar sempre
disputando."
(...)
"Mas o associado tem que ampliar um pouco. Futebol é o carro-chefe, mas há muita coisa para além do futebol. Gestão vem obtendo resultados expressivos em diversas áreas. Futebol tem que dar o toque final, com a conquista do título. O associado, que frequenta a Gávea, entende o Flamengo de maneira mais ampla, vê que a gestão está no caminho certo."
A pergunta era sobre como tornar o futebol
do Flamengo vencedor. Mas ele relativizou fracassos, elevou derrotas ao status
de indicativos que nos colocam "no caminho certo" e depois
desconversou para um papo de que o "associado,
que frequenta a Gávea, entende o Flamengo de maneira mais ampla, vê que a gestão está no caminho certo".
A pergunta era sobre futebol e o candidato vem com papo de agradar sócio que "frequenta a Gávea".
E assim nós vamos. As críticas são injustas, estamos
todos errados, pessimistas e reclamando por razões políticas. Enquanto isso, eles
fazem um trabalho estupendo no nosso futebol e, se as glórias não vêm, a culpa
é das circunstâncias, dos detalhes, desse incômodo pormenor chamado “vitória”.
Já se pode antever que a base argumentativa da
diretoria quanto a propostas será exaltar o novo Centro de Treinamento, o bom
trabalho na base, maravilhosas e pirotécnicas apresentações sobre o "Centro de Inteligência e Mercado" (o Fabinho, indicado pelo Rodrigo Caetano, ainda está lá? Quem é o profissional do setor?), parcerias nas
áreas de preparação física, medicina esportiva, fisiologia e psicologia.
Resultado? Títulos? Glórias? Quem se importa com uma
bobagem dessa. O importante é que o futebol do clube “vem num caminho interessante”,
acumulamos “vice-campeonatos”, o “trabalho é muito bom”, “algum dia venceremos”
e o associado sabe que “há muita coisa para
além do futebol”.
Embora esteja preocupada com a elaboração dos seus “power
points” e propostas mirabolantes, a verdade é que a diretoria tem um trunfo
incrível em suas mãos: o fato de que o Flamengo ainda disputa dois títulos este
ano.
A despeito dos fracassos retumbantes, mesmo dispondo
de orçamento milionário, mesmo com estrutura de primeira, mesmo vendo os
adversários agonizando, o fato é que o clube ainda pode conquistar dois títulos
em 2018.
E o que seria melhor, como cartão de visita ou proposta
para o próximo triênio, do que trazer para a Gávea o título de Heptacampeão
Brasileiro?
Apresenta a taça e diz: “O Flamengo, nos últimos vinte
e sete anos, conquistou três Campeonatos Brasileiros: 1992, 2009 e 2018.”
Fica melhor que qualquer “power point”. Mostra que o
trabalho frutificou, que a diretoria alcançou o objetivo, porque tudo que é
feito no esporte de alto nível, no futebol e no Flamengo visa à vitória.
De outro modo, alguém realmente vai acreditar em
propostas de uma diretoria que dispôs de recursos jamais vistos em nossa história
e fracassou?
Quem tem algo a dizer, tem algo a fazer. Vai lá e executa.
Caso contrário, são palavras ao vento.
E o fato é que a diretoria tem este importantíssimo
trunfo.
O Campeonato Brasileiro está indefinido. Ninguém está
se distanciando e a disputa está aberta. Nossos adversários são bastante limitados. Copa do Brasil também está aberta. Flamengo tem todas as condições de conquistar ambos os títulos. Nosso elenco é milionário e deveria ser adequado para grandes conquistas.
A hora de mostrar serviço é agora.
Concentrem-se nisso em vez de se preocuparem com
apresentações eleitoreiras e em passar pano para derrota.
Busquem a glória com toda a sua energia; não hesitem
em tomar decisões que nos levem aos títulos. Está tarde, é verdade, e vocês são muito ruins
de comando, liderança e mentalidade. Mas a glória é possível. Acreditem e façam
por merecê-la.
...
Abraços e Saudações Rubro-Negras.
Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.
quinta-feira, 20 de setembro de 2018
A Pausa
Chegamos enfim a uma quarta-feira livre, isto é, sem jogo do Flamengo por conta de sua eliminação ao Cruzeiro nas oitavas de final da Libertadores. Temos finalmente uma semana livre para treinamentos táticos e possível, ainda que implausível, ajuste tático do time de forma a torná-lo novamente competitivo ou ao menos perto do que estava no período pré-Copa onde de fato apresentava um bom futebol.
Mas o estudo dos adversários a respeito das deficiências do mono-esquema de Barbieri, aliado a saída do Vinicius Jr mais a reiterada escalação de seus próprios "caramujos", como convém a todo técnico iniciante inseguro, e a performance muito abaixo do esperado dos ditos reforços contratados, tornaram o Flamengo ainda no G4 um time de Z4.
E um time de Z4 não se tem confiança na vitória. Um time de Z4 gera mais confiança de vitória do adversário. Não é mais temido. As linhas do adversário avançam mais, se resguardar para que?
Flamengo é um time de cruzamentos inócuos e finalizações imprecisas. Barbieri segue revezando de centroavantes embora ande procurando insistir no mais fraco deles, o Uribe. Cujo posicionamento errático na minha visão atrapalha demais o andamento das jogadas.
Mas a decisão do Departamento do Futebol foi manter o Barbieri. Poderia aproveitar o momento desta pausa para contratação de treinador mais experiente. O que seria talvez complicado visto o clima eleitoral do clube e a possível troca de gestão, o que, em tese, poderia gerar insegurança no hipotético técnico visado.
O clube é assim, a cada três anos, ferve como um caldeirão. Grupos aparecem, alguns deles parecem muito bons apenas pelo simples fato de atirar pedras, invariavelmente com vários integrantes de ideias conflitantes, unidos pelo utilitarismo de ocasião. A Situação com seus problemas no futebol brilha em outras áreas. Mas evidente não é o suficiente em um clube em que o futebol é o esporte principal. Poucas conquistas, decisões ruins e/ou controversas no departamento, dilapidaram a confiança antes depositada. Mesmo que todo um trabalho de fortalecimento estrutural e processual tenha sido feito para fazer do Flamengo, um clube sem mecenas e financeiramente equilibrado, apresentar um elenco tão forte que de fato disputa os campeonatos em condições de título. Ao contrário de outros anos. Mas o elenco não apresenta uma performance consistente, parece sucumbir rapidamente e entra no espiral derrotista. O que talvez um técnico mais experiente conseguisse reverter. Em tese, mas não garantido.
Enfim, o Flamengo, mesmo com seus problemas e a politicagem interna comendo solta, ainda tem boas chances tanto na Copa do Brasil como no Brasileiro. Tem elenco para isto. Pode fazer resultado contra o Corinthians e voltar a primeira posição no Brasileiro, até porque os clubes que estão na nossa frente estão sucumbindo também. Não há um bicho papão no campeonato como foi ano passado. A disputa ainda está em aberto.
Mas o estudo dos adversários a respeito das deficiências do mono-esquema de Barbieri, aliado a saída do Vinicius Jr mais a reiterada escalação de seus próprios "caramujos", como convém a todo técnico iniciante inseguro, e a performance muito abaixo do esperado dos ditos reforços contratados, tornaram o Flamengo ainda no G4 um time de Z4.
E um time de Z4 não se tem confiança na vitória. Um time de Z4 gera mais confiança de vitória do adversário. Não é mais temido. As linhas do adversário avançam mais, se resguardar para que?
Flamengo é um time de cruzamentos inócuos e finalizações imprecisas. Barbieri segue revezando de centroavantes embora ande procurando insistir no mais fraco deles, o Uribe. Cujo posicionamento errático na minha visão atrapalha demais o andamento das jogadas.
Mas a decisão do Departamento do Futebol foi manter o Barbieri. Poderia aproveitar o momento desta pausa para contratação de treinador mais experiente. O que seria talvez complicado visto o clima eleitoral do clube e a possível troca de gestão, o que, em tese, poderia gerar insegurança no hipotético técnico visado.
O clube é assim, a cada três anos, ferve como um caldeirão. Grupos aparecem, alguns deles parecem muito bons apenas pelo simples fato de atirar pedras, invariavelmente com vários integrantes de ideias conflitantes, unidos pelo utilitarismo de ocasião. A Situação com seus problemas no futebol brilha em outras áreas. Mas evidente não é o suficiente em um clube em que o futebol é o esporte principal. Poucas conquistas, decisões ruins e/ou controversas no departamento, dilapidaram a confiança antes depositada. Mesmo que todo um trabalho de fortalecimento estrutural e processual tenha sido feito para fazer do Flamengo, um clube sem mecenas e financeiramente equilibrado, apresentar um elenco tão forte que de fato disputa os campeonatos em condições de título. Ao contrário de outros anos. Mas o elenco não apresenta uma performance consistente, parece sucumbir rapidamente e entra no espiral derrotista. O que talvez um técnico mais experiente conseguisse reverter. Em tese, mas não garantido.
Enfim, o Flamengo, mesmo com seus problemas e a politicagem interna comendo solta, ainda tem boas chances tanto na Copa do Brasil como no Brasileiro. Tem elenco para isto. Pode fazer resultado contra o Corinthians e voltar a primeira posição no Brasileiro, até porque os clubes que estão na nossa frente estão sucumbindo também. Não há um bicho papão no campeonato como foi ano passado. A disputa ainda está em aberto.
quarta-feira, 19 de setembro de 2018
Alfarrábios do Melo
SARAU DOS INTERINOS
1.CONTEXTO
– Antecessor com relação ruim com o elenco
2.OPÇÕES
– Algum medalhão que por algum motivo não vem
3.IMPACTO
INICIAL – Na conversa e na amizade, o vestiário é acalmado. E as vitórias voltam.
4.MUDANÇAS
– Normalmente ajustes em relação ao time anterior ou repetição
de um modelo
5.O
ÁPICE – Com o time correndo no limite, normalmente em pouco tempo
vem alguma taça
6.OS
PROBLEMAS – Lesões, venda de jogador… Algo acontece e o time
começa a desmontar
7.A
QUEDA – A casa vai caindo, caindo… E cai de vez
8.O
FIM – Às vezes ainda há uma sobrevida, mas dura pouco
PAULO
CÉSAR CARPEGIANI (1981-83)

2.OPÇÕES
– A opção é Nelsinho Rosa, ex-jogador do clube, Campeão Estadual do ano anterior dirigindo um limitado Fluminense.
Mas Nelsinho opta por uma proposta mais vantajosa no Qatar.
3.
IMPACTO INICIAL – Apesar de alguns empates incômodos, o time logo
dá respostas, com vitórias contundentes e a classificação à Fase
Semifinal da Libertadores, o que tranquiliza o ambiente. “Há uma
base muito sólida de amizades que criei aqui dentro e numa
hierarquia vamos trabalhar com respeito e tranquilidade. O fato de
ser amigo do grupo só pode me beneficiar”, declara Carpegiani em
entrevista.
4.
MUDANÇAS – A ideia é resgatar a formação adotada por Coutinho.
Mas, depois de algumas semanas usando um time semelhante ao de Dino
Sani, Carpegiani enfim consegue equilibrar a equipe colocando o meia
Lico como “falso-ponta” esquerda, no lugar de Baroninho. Outras
mudanças relevantes são a recondução de Raul ao time titular e a
definitiva efetivação de Mozer.
Time-Base
de Dino Sani: Raul, Leandro, Marinho, Rondinelli, Júnior, Andrade,
Adílio, Zico, Tita, Nunes, Baroninho
Time-Base
de Carpegiani: Raul, Leandro, Marinho, Mozer, Júnior, Andrade,
Adílio, Zico, Tita, Nunes, Lico
5. O
ÁPICE – Inicia com os históricos 6-0 no Botafogo, culminando com
as conquistas do Estadual, da Libertadores, do Mundial e, meses mais
tarde, do Brasileiro e, na sequência, da Taça Guanabara.
6.
OS PROBLEMAS – Lesão de Nunes no Brasileiro tira poder de fogo. Em
1982, há equívocos nas peças de reposição do elenco (Jasson,
Popeia, Zezé, Wilsinho), que na rodagem perde muito rendimento. Com
as derrotas, Carpegiani, de temperamento difícil, começa a ser
questionado por alguns jogadores. Lento e cansado, o time se torna
previsível e facilmente anulado.
7. A
QUEDA – No final da temporada de 1982, o time é eliminado da
Libertadores e perde o Estadual, afundando em forte crise.
8. O
FIM – Mesmo sem ambiente com boa parte do elenco, Carpegiani é
mantido, o que se revela um erro. O time se arrasta por algumas
semanas até a demissão do treinador, incapaz de voltar a motivar a
equipe.
CARLINHOS
(1987-88)

2.OPÇÕES
– Zagalo é lembrado, mas a principal opção é novamente Nelsinho
Rosa. No entanto, o treinador precisa recusar o convite,
pois se recupera de uma cirurgia de ponte de safena.
3.
IMPACTO INICIAL – Bem mais tranquilo que nas experiências
anteriores, devolve o diálogo ao elenco, que responde com uma
convincente vitória sobre o Vasco (2-1) pelo Brasileiro.
4.
MUDANÇAS – Carlinhos resgata a formação utilizada por Antonio
Lopes no Terceiro Turno do Estadual, mas promove as entradas dos
garotos Ailton e Zinho, com o intuito de dar mais vigor e intensidade
ao meio-campo. O jovem lateral-esquerdo Leonardo, muito mais habilidoso que o limitado
Airton, também ganha vaga no time. A zaga recebe o reforço de
Edinho, tornando-se mais técnica e lenta.
Time-Base
de Antonio Lopes: Zé Carlos, Jorginho, Leandro, Mozer, Airton;
Andrade, Júlio César (Ailton), Zico; Renato, Bebeto, Marquinho;
Time-Base
de Carlinhos: Zé Carlos, Jorginho, Leandro, Edinho, Leonardo,
Andrade, Ailton, Zico, Zinho, Renato, Bebeto.
5. O
ÁPICE – Conquista do Tetracampeonato Brasileiro e, poucos meses
depois, da Taça Guanabara.
6.
OS PROBLEMAS – Lesões de alguns titulares, principalmente Renato,
cuja saída tira muita força do ataque. O time é forte, mas o
elenco tem poucas peças de reposição (Leandro Silva, Flávio,
Henágio, Vandick etc). Após a Taça Guanabara, o rendimento cai
assustadoramente.
7. A
QUEDA – Com defesa lenta e pesada, a equipe não consegue enfrentar o jovem e
veloz ataque do Vasco, sendo seguidas vezes derrotada pelo rival, o
que custa a perda dos dois turnos seguintes e do Estadual.
8. O
FIM – Na última partida contra o Vasco, Carlinhos tenta uma última
cartada, barrando Leandro por Aldair, tentando dar mais velocidade à
zaga. A mudança irrita os líderes do elenco, que se sentem
“traídos”. O time até melhora mas perde o jogo, o título e
Carlinhos, o cargo.
ANDRADE
(2009-10)

2.OPÇÕES
– A principal preferência recai sobre Carlos Alberto Parreira, com
quem o VP de Futebol chega a acertar contrato, mas a renúncia do
dirigente mela o negócio. O Presidente em Exercício prefere o jovem
Sérgio Guedes. Os jogadores tentam emplacar Fábio Luciano,
recém-aposentado. O novo VP busca Vagner Mancini, que recusa o
convite. Com as dificuldades nas negociações, Andrade ganha espaço
e recebe nova oportunidade.
3.IMPACTO
INICIAL – Tranquilo e de fala mansa, Andrade dá espaço aos
líderes do elenco, o que traz paz e harmonia ao vestiário.
4.MUDANÇAS
– Andrade rompe com o confuso esquema do antecessor (que recorria a
dois ou três zagueiros) e emula a forma de jogo da “Era Zico”.
Aproveita para isso o único meia do elenco, o veterano desacreditado
Petkovic, e recupera o contestado Zé Roberto. Também recebe
reforços para a zaga (ponto fraco do time) e para o meio-campo. É
um time completamente diferente.
Time-base
de Cuca: Bruno, Léo Moura, Welinton, Fabrício (Airton), R.Angelim,
Juan, Willians, Kleberson, Ibson, Emerson Sheik, Adriano.
Time-base
de Andrade: Bruno, Leonardo Moura, Álvaro, R.Angelim, Juan
(Everton), Airton, Maldonado, Willians, Petkovic, Zé Roberto,
Adriano.
5.O
ÁPICE – O time apresenta cerca de três meses de excepcional
futebol, que é coroado com a conquista do Hexacampeonato Brasileiro.
6.OS
PROBLEMAS – Na virada para 2010, o elenco perde peças importantes
(Everton, Zé Roberto, Airton), com reposição longe do mesmo nível
(Fernando, Felipe Alvim, Michael, Ramón). O grande reforço, Vagner
Love, muda as características da equipe, algo com o qual Andrade se
mostra incapaz de lidar. Ademais, Petkovic volta a apresentar os
conhecidos problemas de relacionamento com os companheiros e tumultua
o ambiente.
7.A
QUEDA – O Flamengo faz temporada claudicante, sem jamais acertar os
problemas defensivos. Perde os dois turnos do Estadual para o
Botafogo e por pouco não é eliminado na Primeira Fase da
Libertadores.
8.O
FIM – O Flamengo precisa fazer dois gols sobre o frágil Caracas no
Maracanã para se classificar sem depender de uma combinação
milagrosa de resultados. Não consegue. Faz apenas 3-2. Mas o tal
milagre acontece e a vaga vem mesmo assim. Mas é o fim de linha para
Andrade.
JAYME
DE ALMEIDA (2013-14)

2.OPÇÕES
– A Diretoria chega a sondar Abel Braga, mas a recusa do treinador
faz com que a aposta recaia sobre Jayme de Almeida, opção de baixo
custo e esperança de reeditar trabalhos vencedores comandados por
profissionais de perfil semelhante. O temor do rebaixamento
desencoraja soluções mais ousadas.
3.IMPACTO
INICIAL – Exortando o elenco a abraçar a torcida e conseguindo
canalizar a necessidade de reação de um elenco exposto pelo
antecessor, Jayme consegue bons resultados iniciais (empate com o
Botafogo pela Copa do Brasil, com boa atuação, e goleada sobre o
Criciúma), transformando o medo em esperança.
4.MUDANÇAS
– A mais elogiada mudança de Jayme se dá com a definição clara
de um time titular, o que não acontecia sob Mano, que dificilmente
repetia escalações. O volante Amaral barra Caceres, o que traz
dinamismo ao sistema defensivo. O jovem Luiz Antonio ganha uma vaga ao lado de
Elias, trazendo alguma técnica ao meio. O criticado Carlos Eduardo
enfim recebe sequência como titular e Paulinho é deslocado para a
ponta-esquerda.
Time-base
de Mano: Felipe, Léo Moura, Chicão, Wallace, André Santos,
Caceres, Elias, Gabriel, Carlos Eduardo (Luiz Antonio), Hernane,
Nixon (Rafinha)
Time-base
de Jayme: Felipe, Léo Moura, Chicão, Wallace, André Santos,
Amaral, Luiz Antonio, Elias, Carlos Eduardo, Paulinho, Hernane;
5.O
ÁPICE – Em pouco menos de três meses, o Flamengo se mostra capaz
de enfrentar e vencer todas as principais equipes do país e, numa
arrancada empolgante, conquista a Copa do Brasil.
6.OS
PROBLEMAS – Na virada da temporada, o clube não consegue manter
Elias (o principal jogador da equipe) e ainda convive com um processo
judicial movido por Luiz Antonio, que tenta desvincular-se do
Flamengo. A saída dos dois jogadores destroi a espinha dorsal do
time, problema que Jayme jamais consegue resolver. Alguns
titulares caem assustadoramente de produção (Hernane, Carlos
Eduardo). Vários reforços são contratados mas poucos emplacam, e
Jayme prefere recorrer a nomes como Recife, Muralha, Digão e Negueba.
7.A
QUEDA – O time ainda consegue conquistar o Estadual (na esteira da
péssima fase dos rivais), mas é categoricamente eliminado da
Primeira Fase da Libertadores, o que acende pesada crise.
8.O
FIM - Mesmo com a eliminação no torneio continental, Jayme é
mantido. Mas a conquista do Estadual, cada vez mais desvalorizado
pelo torcedor, se mostra incapaz de recuperar o prestígio do
treinador. E Jayme é demitido na quarta rodada do Brasileiro, após
derrota em um Fla-Flu.
ZÉ
RICARDO (2016-17)

2.OPÇÕES
– O Flamengo chega a acertar a contratação de Abel Braga, mas a
impossibilidade de contar de imediato com o treinador (por questões
contratuais) faz emergir um processo de rejeição interna e externa.
O interino Zé Ricardo, campeão da Copa SP, ganha tempo e, com
resultados, prestígio;
3.IMPACTO
INICIAL – Zé Ricardo, ao contrário do antecessor, consegue
transmitir rapidamente a capacidade de fazer o time funcionar.
Organiza a primeira linha defensiva e, com atuações seguras,
conquista vitórias sobre Ponte Preta (em Campinas, quebrando longo
tabu) e Vitória.
4.MUDANÇAS
– O novo treinador é adepto de um sistema de jogo mais pragmático,
um híbrido que conjuga posse de bola com índole defensiva. Sensível
à relação de forças no elenco, monta uma equipe em que as
principais lideranças do plantel são aproveitadas. Recebe reforços
para a criticada zaga (Rever, Donatti e Rafael Vaz), barra o goleiro
Paulo Vitor, que vive péssimo momento, e ganha o meia
Diego, que traz um notável upgrade ao nível da equipe. Os
aplicados, mas limitados, Gabriel e Márcio Araújo também são
promovidos à equipe titular. Os estrangeiros Cuellar e Mancuello
perdem espaço.
Time-base
de Muricy: Paulo Vitor, Rodinei, Wallace, Juan, Jorge, Cuellar,
W.Arão, Mancuello, M.Cirino, Guerrero, Gabriel (Emerson Sheik).
Time-base
de Zé Ricardo: Muralha, Pará, Rever, Rafael Vaz, Jorge; M.Araújo,
W.Arão, Diego; Gabriel, Guerrero, Everton
5.O
ÁPICE – O Flamengo, antes ocupando posições intermediárias,
ascende na tabela e sustenta, por várias rodadas, uma renhida briga
pela liderança com o Palmeiras, de quem chega a estar a apenas um
ponto.
6.OS
PROBLEMAS – O modelo de jogo mostra sinais de esgotamento ainda em
2016. Para o ano seguinte, Zé Ricardo tenta utilizar Mancuello
deslocado na direita, mas a experiência não funciona. O golpe fatal
surge com a lesão de Diego, que vinha em primorosa fase. Incapaz de
encontrar alternativas e reticente em aproveitar os reforços em
detrimento dos antigos titulares, Zé Ricardo vai se sustentando com
a campanha no Estadual e com as vitórias em casa pela Libertadores.
Mas as derrotas como visitante acendem um alerta que é ignorado.
7.A
QUEDA – Insistindo com jogadores nitidamente limitados, Zé Ricardo
sofre duríssimo golpe ao, poucos dias após a conquista do Estadual,
ser derrotado pelo San Lorenzo no Estadio Gasometro, resultado que,
novamente, elimina o Flamengo de uma Primeira Fase da Libertadores. A
perda da vaga sepulta o mínimo de prestígio que o treinador ainda
reunia com a torcida.
8.O
FIM – A Diretoria, renitente, insiste com Zé Ricardo. O time ainda
esboça ligeira reação por poucas rodadas no Brasileiro, mas rapidamente entra em
queda livre. O treinador segue dando sistemáticos sinais de apego ao
núcleo de jogadores do início do trabalho. O Flamengo por pouco não
amarga eliminação humilhante na Copa do Brasil, ao ser goleado pelo
Santos (2-4, em falhas grosseiras de Muralha e Vaz). O fim da linha acontece após uma derrota, em plena
Ilha do Governador, para o Vitória (0-2), quando, contra a vontade
do Presidente, o treinador enfim perde o cargo.