Irmãos rubro-negros,
nesta e na próxima semana, estarei na correria. Por isso, não gozarei do tempo necessário para abordar apropriadamente a mais recente série de vexames desta que é a mais perdedora diretoria da história do Clube de Regatas do Flamengo.
Vocês já repararam que vivemos num looping constante?
Situações repetitivas, que não mudam porque quem está no comando não tem competência para tocar o barco.
Não adianta, e eu já comentei aqui mais de uma vez, analisar o time, a comissão técnica, a tática, o físico, a bola, o gramado ou a cor da chuteira.
O problema, volto a repetir, não está aí.
O grande problema do futebol do Flamengo está na diretoria eleita e no seu grupo político de apoio. Eles são os responsáveis pelas sucessivas humilhações a que o Flamengo tem sido impiedosamente exposto.
E digo a vocês que, caso ocorra um milagre, uma intervenção direta de São Judas Tadeu, e o Flamengo conquiste algo este ano, não será por causa da diretoria, mas apesar dela.
Fizeram, e estão fazendo, de tudo para estragar o ano. Deram sorte do time embalar uma sequência vitoriosa antes da parada da Copa, mas tudo indica que a carruagem virou abóbora.
O que esperar de uma diretoria que, há mais de três anos e meio no comando do clube, manteve Eduardo Bandeira de Mello, Fred Luz, Rodrigo Caetano, Jayme de Almeida e cia por tanto tempo mandando no nosso futebol?
Pior: resolveram botar essa turma pra fora em março, com toda a preparação para o ano já realizada.
Uma diretoria que contrata o Carpegiani para coordenador, o desloca para o cargo de técnico, mesmo sem um bom trabalho dele nos últimos trinta e sete anos e, após demiti-lo, efetiva o auxiliar, inexperiente, e cujos trabalhos se limitam a Red Bull e demissão do Guarani.
Como dar errado? Um planejamento perfeito.
Isso para não mencionar os milhões, muitos milhões, literalmente jogados na lata do lixo e que asfixiam financeiramente o clube num momento em que, em tese, deveríamos usufruir de certa folga no orçamento.
Dinheiro da Globo, venda do Vinicius Jr., do Vizeu, do Jonas e...o clube não tem dinheiro.
Eles tratam o Flamengo como se fosse propriedade privada e não uma instituição com cento e vinte e dois anos de vida e mais de quarenta milhões de torcedores.
Pergunto: alguém da diretoria deu alguma satisfação para a absurda escalação do Conca, em abril do ano passado, que nos custou alguns milhões?
Alguém da diretoria deu alguma satisfação sobre os mais de vinte milhões de reais torrados na Ilha do Governador?
Alguém da diretoria deu alguma satisfação sobre os milhões, muitos milhões, gastos com jogadores como Rômulo, Geuvânio, Muralha, Pará, Cirino, Guerrero, Dourado (uma fortuna para nem no banco ficar) e mais uma penca de pernas-de-pau?
O que conquistamos com esses jogadores, senão vexames?
Alguém da diretoria já se manifestou sobre as premiações milionárias pagas pela conquista de nenhum título?
Evidente que tamanho desperdício de dinheiro redundaria em grave limitação de investimento do clube, que se vê obrigado a escalar o Juan, com seus quase quarenta anos (deve ser mais velho que o Barbieri) e nenhuma condição de jogar futebol.
Quem vai, neste momento de pressão, colocar o trem nos trilhos? O Barbieri? O Lomba? O EBM? Piada.
Enfim, não vou me alongar mais.
Os fatos estão aí para quem quiser analisá-los.
...
Abraços e Saudações Rubro-Negras.
Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.