domingo, 12 de agosto de 2018

FIFTH!!!!!!

Ben Stiller incorporou o analista de risco Rueben Feffer em "Quero ficar com Polly", personagem que passava os dias avaliando índices de risco para um cliente alucinado, que amava nadar com tubarões, pular de prédios e outras insanidades.

Rueben era um cagão raiz, tinha medo de uma porrada de coisas, e, é claro, tinha intolerância a alguns alimentos, até que....ele conheceu Polly. Polly, aka Rachel Green, aka Jennifer Aniston. Uma das mulheres mais lindas (apesar do xulé) do mundo, que traz sua beleza para qualquer papel.

E Rueben se vê num restaurante tailândes. E come. E consegue a façanha de transformar a privada da casa de Polly num encanamento sem passagem de uma agulha das mais finas. Mas, com um objetivo em mente, Rueben consegue superar seus medos, assume o risco, fica com Polly e...FIFTH!!!!

Quem sou eu para criticar as escolhas do Flamengo? Eu não tenho amigos lá dentro que me mostrem os resultados dos testes de cansaço, das avaliações de índices de força muscular, do simples conhecimento de dizer "o time cansou" ou o "time não cansou".

O fato é que o Flamengo perdeu um pouco do seu ímpeto, da pegada. E eu não jogo essa parada nas costas da saída do Vinicius Jr. O moleque é craque, vai arrepiar nas Europa, mas era uma peça num esquema redondo, equilibrado, que nos levou ao topo da tabela (e, pasmem, até agora estamos ali colados com os bambis paraguaios).

O Flamengo fez a sua escolha. Optou por arriscar tudo nessas 2 semanas de loucuras com embates com 2 times muito fortes, que, assim como nós, também postulam os grandes títulos da temporada. E é claro que isso pesa quando se tem 4 jogos seguidos em ritmo alucinante. Em momento algum, eu, Alexandre, acreditei que teríamos um desempenho lunático pica master das galáxias encarando os 2, ainda mais com treinadores que conhecem bem ambas as competições.

Se eu puder fazer uma aposta, acredito que passaremos na CdB, continuaremos colados no topo da tabela, e, na Libertadores, acho muito difícil. Mas eu sou Flamengo, e não me reservo o direito de achar que fudeu tudo. Faz parte da nossa índole acreditar no impossível. E faz parte do nosso DEVER acreditar numa reviravolta. Afinal, o time deles não tem Varane, Pogba, Mbappe e Griezman. Tem Dedé e Mano. Ponto.

E sobre os que falam em poupar, eu abro as páginas finais do excelente "1981 - O primeiro ano do resto de nossas vidas", de Maurício Neves (quem não comprou é ruim da cabeça ou doente do pé), para verificar que, entre o começo de novembro e 13 de dezembro, jogamos uma porrada de vezes, tendo Botafogo, Fluminense (àquela época, eles eram razoavelmente grandes), Cobreloa com uma batalha campal no Chile, Vasco 3 vezes em um Maracanã com mais lama do que grama), e uma viagenzinha pro Japão, onde todos sabem o fim.

Qual o ponto? Se naquele tempo, com uma preparação física não tão científica como hoje, aguentamos, temos que, no mínimo, administrar com mais propriedade o calendário. Assim penso eu.

Hoje, fizemos o dever de casa. 3 pontos e ponto. E vamos ligar a chave da CdB. Temos grandes chances na quarta, e eu aposto na passagem pra próxima fase. É o que meu sangue RN me diz.

SRN.
DCF.
CCM.

E nada mais digo.