Ainda em período da paralisação da "Copa do Mundo é nossa", Flamengo segue líder e vê seu elenco desfalcado por Vinicius Jr, Felipe Vizeu e Jonas, e, supostamente, reforçado pelo atacante colombiano Uribe, que vem, todavia, com boas recomendações vindas do México.
Também "chegam" os peruanos Guerrero e Trauco. Se apresentam fisicamente e não "em espírito". Guerrero é o típico jogador que joga por sua seleção, o clube que o contrata é um mero intermediário que lhe permite recursos para exercer esta única paixão futebolística. Seja qual clube contratar Guerrero sabe que estará em último plano. Porém, agora com mais idade, talvez a seleção peruana deixe de convocá-lo até porque precisa de renovação. E, então, finalmente, Guerrero se dedicará ao clube que lhe paga os altos salários. Seu descompromisso com o Flamengo, reforçado pela omissão de qualquer referência ao clube em todas as declarações que faz, recomendaria a não renovação de seu contrato em que pese ainda ser jogador de qualidade neste deserto de talentos de recursos possíveis para o futebol brasileiro. Trauco, infeliz por não ter oportunidades com Barbieri, também quer sair. Mas não fez uma Copa tão boa assim para atrair interessados em seu futebol. Irá voltar e o Flamengo, sem reserva de lateral esquerdo ao Renê, terá que readequá-lo ao elenco. Tem um contrato mais longo.
Acho também que com a saída do Vinicius Jr talvez a necessidade de um lateral tão defensivo como Renê não seja mais tão necessário. E Trauco, enfim, possa ganhar oportunidades de jogo. A saída inesperada de Jonas é, na minha opinião, burra, mesmo que do ponto vista econômico seja supostamente boa. Jonas é um volante completamente adaptado ao esquema volante-único, e sua saída talvez favoreça a implementação de um esquema de dois volantes. Não acho viável ter apenas Cuellar com esta característica no elenco. Sai do time e aí? Coloca Arão? Romulo? Não dá. A não ser que tenha uma contratação engatilhada. Mas será que esta, seja quem for, irá se adaptar?
Então, como dizem, o Flamengo entrará menor após a Copa. Com a liderança ainda, enfrentará o neo-queridinho pro título da CBF, o São Paulo, e sofrerá todos os problemas de arbitragem costumeiros e sem VAR para ajudar.
Barbieri, justamente efetivado, terá que reinventar a roda. O elenco mudou. Inicia agora "outro campeonato". Mesmo treinador experiente teria dificuldades, imagine um inexperiente? Talvez fosse o caso de fazer uns amistosos internos contra estes timecos do Rio para ir ajustando o time. Flamengo precisa chegar em ponto de bola na "reabertura" pois levará chumbo da CBF e da imprensa, sempre pronta a destruir o clube.