Flamengo continua na missão de nos irritar a cada jogo. Em um empate melancólico, sujeito ao tradicional roubo da arbitragem Commebol contra o Flamengo, em que parece que estamos sempre enfrentando o Vasco pelo campeonato FERJ, saímos de lá com um ponto. O que é um tradicional bom resultado em termos de jogo "fora". E nesta Libertadores, curiosamente, até aqui, temos melhores resultados fora do que dentro. Espero que este jogo vire contra o Emelec com os três pontos de nossa vitória esperada.
Como foi o jogo? Bem. O técnico Barbieri conseguiu estragar o que já não era bom, o trabalho tático do Carpegiani. Mas é culpa dele? Não, porque, convenhamos, não era para ele estar ali. É muita areia pra combe enferrujada dele. É culpa, mais uma das milhares, da forma como o futebol é gerido e da filosofia escolhida por esta gestão em termos de competitividade no futebol. Que é nenhuma, tirando o da base.
Flamengo precisa de um técnico decente, à altura do elenco e com a autoridade necessária. Um técnico iniciante fica refém dos jogadores e medroso em suas escolhas, porque não tem experiência para sustentá-las. Simples. Mas isto é básico e mesmo assim, estamos nós, a cada Libertadores, com um técnico bem aquém do Flamengo e invariavelmente sendo eliminados na primeira fase.
E como foi o jogo? Bem, o Flamengo querendo empatar e o Santa Fé, limitado, querendo ganhar, com uma dificuldade extrema de articulação de jogadas pelo meio, embora com um ataque de boa mobilidade, aproveitando bem os passes longos, e uma defesa bem consistente, o que explica os quatro empates em quatro jogos até aqui.
Flamengo fazendo cera desde o primeiro tempo. Fazendo cera e escorregando. Nem para usar as travas corretas este time serve. A ideia era empatar mesmo. Se só pudesse tocar a bola e jogar truco ao mesmo tempo iria fazer. Sem nenhum tipo de ambição. Aquela coisa "apequenada" que não condiz com que os torcedores, de forma geral, pensam do Flamengo. Um vexame.
Orientação do técnico, que ao final do jogo disse que estava bem satisfeito com isto e também bagunça tática. Porque mesmo sem ambição Flamengo tem jogadores de qualidade técnica para fazer uns gols. Mas as jogadas pelo ataque não fluíam. Barbieri escolheu Arão, não sei por quais critérios, em detrimento ao Everton Ribeiro, uma espécie de versão do Cuellar para o Zé Ricardo, não é escalado como titular e nem entra no decorrer das partidas. Diego, indo e vindo, como um ônibus, só que sozinho, jogadores distantes. Time parecia eu jogando FIFA, um desastre completo.
E Arão flutua em campo como um balão de gás hélio pela metade. Não traz consistência defensiva nem nenhum tipo de vantagem no ataque. É um nada. E no primeiro tempo muito sofrível do Flamengo, Dourado comete um penalti daqueles e o juiz não marca. Milagre em termos de Flamengo. Saímos no lucro com o zero a zero.
Veio o segundo tempo, Arão se adianta mais e melhora o jogo de ataque do Flamengo ainda que insipiente. Paquetá e Vinicius Jr errando tudo, também muito isolados na ponta. É bem ruim ver Paquetá isolado por lá. Dourado, sofrendo faltas a rodo, que eram cobradas de forma inócua. Flamengo errava todos os cruzamentos e cobranças de falta. Aliás errou passes demais durante o jogo inteiro.
Santa Fé ataca mais, e aí sobressai o, vamos dizer assim, lado "positivo" do jogo. A defesa foi muito bem. Conseguiu suportar a pressão no segundo tempo, com boa trabalho de marcação, inclusive, de nossos laterais. Juan esteve muito bem também. Cuellar, um gigante na marcação pelo meio, porque tem que marcar por ele e pelo abobado.
Geuvânio entrou no jogo e também mostrou saber voltar bem e marcar a lateral do campo. E no final teve a bola do jogo, limpou o lance, ia marcar e...juiz apita o fim de jogo. Parece piada mas é a Commebol atuando. Talvez o juiz tenha compensado o tal penalti não marcado também. É uma interpretação.
Ficamos com 6 pontos, aguardando o jogo do River. Vamos sobrevivendo na Liberta, ainda com chances, mas sabemos que se deixar a classificação para o ultimo jogo, já era. Sempre nos ferramos. É lei. E este time não traz nenhuma confiança, apesar do elenco bem qualificado embora com falhas aqui e ali, como qualquer outro. Poderia estar bem melhor com uma comissão técnica adequada no momento.