SRN, Buteco.
Vivemos em uma época de
inacreditável avanço tecnológico, num curto espaço de tempo.
Coisas que a 10,20
anos atrás seriam encaradas como bravatas ou loucura, hoje fazem parte do nosso
cotidiano.
Enfim, temos em mãos
hoje acesso inimaginável a diversas fontes de informação, em tempo real, do que
acontece em toda area de interesse humano.
E o que isso tem a
ver com o Flamengo?
De qualquer lugar do
mundo, com um pequeno aparelho nas mãos (outro dia li em algum lugar que um
smartphone tem mais capacidade de processamento do que o módulo lunar Apollo
11, que pousou na lua em 1969...), temos acesso a uma série de relatos,
verdadeiros ou não, do que acontece diariamente no clube.
Setoristas do clube,
dirigentes, torcedor comum, tudo é fonte de noticia , a ser confirmada ou não.
Pelo gigantismo do
clube, pela sede de informação do seu torcedor, o Flamengo é vigiado 24 horas
por dia.Nada, ou quase nada, passa desapercebido no cotidiano do clube.
Desde o porteiro do
CT ao presidente do clube, todos são potenciais alvos de exposição
As informações e
desinformações nos chegam diariamente, minuto a minuto, relevantes ou não.
Filtramos, usamos
nosso bom senso, discernimento e opinião pessoal e fazemos a nossa leitura do
que acontece no clube.
Aí a coisa começa a
ficar difícil. Porque num passado não muito distante, coisa de 10,20 anos atrás
tudo que tínhamos para basear nossa opinião era o jornal e revista da banca e
analise de jornalistas esportivos da TV aberta, já que canais por assinatura
ainda eram embrionários no país.
Hoje, qualquer possoa
pode dar sua opinião e expor ao mundo, através do mesmo tal pequeno aparelho.
E muita coisa caiu
por terra. Conhecemos a face dos pseudo jornalistas
que vivem de cobrir o Flamengo e tratam o clube com desdém e ironia. Conhecemos
os famigerados Influenciadores Digitais, que trocam sua opinião por uma camisa
ou uma pizza. Os supostos portadores de informações internas, principalmente na
época de contratações.
E o mais importante e
assustador.
Através das redes
sociais, temos uma noção do que acontece no clube como um todo.
Nesse passado
recente, de duas dezenas anos atrás, tínhamos a convicção de que o problema do clube
poderia ser resolvido com a troca de
treinador, da barração de algum jogador, ou a troca do treinador.
Nesse tempo de Vamos
Levando, traz certa nostalgia do torcedor gritar “Queremos raça” com a certeza de que a coisa ia mudar.
Porque na era do Vamos Levando, bate uma saudade de comprar o Jornal dos Sports e sonhar com Batistuta no Flamengo.