sexta-feira, 6 de abril de 2018

Apesar de você








Irmãos rubro-negros,



E a moralzona do Lomba não durou dois dias. Após levantar da cadeira, estufar o peito e meter a bronca, ele refugou, recuou, retrocedeu e pediu desculpas ao elenco.

Mais um episódio lamentável de uma diretoria que, no futebol, coleciona  vexames dentro e fora de campo.

A demissão do Caetano deveria ter sido efetivada no final de 2015. 

Vá lá, que fizessem em dezembro. 

Preferiram fazer em abril. Gênios de uma genialidade tal que ninguém os compreende. Quem sabe daqui a cinquenta anos mudar o departamento de futebol no meio da temporada se torne o modelo de sucesso a ser seguido. Quem sabe.

A entrevista do Rodrigo Caetano após a demissão descortina um sujeito completamente alienado do que é o Clube de Regatas do Flamengo. Ficou três anos aqui e não entendeu o clube.

Pior ainda foi a entrevista do presidente Eduardo Bandeira de Mello ao comentar a demissão do seu querido e afetuoso amigo. 

O Flamengo se tornou uma grande confraria de amigos, onde os resultados e a competitividade cedem lugar à blindagem e à autoproteção excessivas.

E agora o Flamengo se vê na situação de não ter técnico e estar reformulando seu departamento de futebol no meio da disputa da Libertadores e do início do Campeonato Brasileiro.

E o Carpegiani? Veio para ser coordenador, virou técnico temporário, foi  desautorizado pelo presidente e pelo diretor-executivo em sua apresentação, e agora, três meses depois, está demitido.

É um feito e tanto desta diretoria, que equivale às piores gestões de futebol da nossa história.

Mas eles lá, EBM, seu grupo político de apoio e Fred Luz devem estar muito satisfeitos com tudo isso.

Eu acho curioso os ferrenhos defensores da gestão, que alegam que os críticos "não têm propostas".

E qual é a proposta de futebol que vocês entregaram nestes quase quatro anos? Acumulação de fracassos? 

Nem o básico, o mínimo, o fundamental, que é tirar o EBM do comando do futebol conseguiram fazer. Mas acusam os outros de "não terem propostas".

Para esse pessoal, acima do Clube de Regatas do Flamengo, está o poder e a política.

Amigos, o Flamengo revive as práticas mais amadoras e toscas da nossa história recente. 

Eu gostaria de sugerir a vocês, de todo o coração, que releiam as colunas escritas aqui no Buteco do Flamengo esta semana.

Uma sequência antológica de posts.

Todos abordando do ponto de vista exclusivamente vermelho e preto as recentes fanfarronices da gestão, mas cada um fazendo-o a seu modo.

Começa pelo Gustavo na segunda-feira, segue em ótimo nível com o Andre Cardoso, que passa a bola ao Mestre Melo, que, por sua vez, a entrega açucarada ao Flavio, que escreveu sua coluna como o bom e velho Pedrada (alias, como faz falta o Pedrada!).

Este é o Buteco do Flamengo.

Portanto, amigos, eu realmente sugiro a vocês que leiam novamente essa coleção de retratos do momento atual do Flamengo. 

A indignação e a revolta do torcedor flamengo reverberam em cada linha.

Se o Mengo for campeão este ano será não por causa da diretoria, mas apesar dela.

Termino este tópico citando meu amigo, Adriano Melo, o Mestre Melo, um dos maiores rubro-negros que já pisaram neste planeta:



No entanto, não há nenhum traço de elemento objetivo que nos convide a nutrir a mais remota suposição de que as escolhas, as opções e as definições de rumo do Futebol do Flamengo deixarão de se revestir intoxicadas pelo paternalismo, pelo corporativismo, pela leniência, pela promiscuidade com subordinados, pela complacência bovina diante das derrotas, pelo voluntarismo e pela pubescente necessidade de embolsar o monopólio da razão. E, agrilhoado, o Flamengo seguirá asfixiado pela corrosiva atmosfera da derrota, do subterfúgio, da teoria do acontecido, a alma estilhaçada pela mais cruel e melancólica demonstração de rejeição de sua gente: a indiferença.

Só que, no momento certo, o Flamengo e toda sua massa, seu povo, sua Nação, saberão responder. E, diante daqueles que lhe emperraram a glória, irá se debruçar faminto, olhos injetados de sangue, a boca seca, as veias latejantes, as vestes empapadas de um esfomeado suor. E então histórias, reputações e biografias se reduzirão a meros pedaços de carne, prontos para serem dilacerados pela enfurecida horda de feras famintas pela alma que lhes foi sequestrada. Que lhes foi negada.

E desse banquete emergirá um Flamengo que nunca mais será o mesmo.







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Quero desejar tudo de bom ao nosso grande e fraterno amigo, Rocco Fermo, que se submeteu à uma cirurgia no joelho esta semana.

Rocco, meu amigo, desejo-lhe que se recupere plenamente o quanto antes.

Forte abraço no seu coração.







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Abraços e Saudações Rubro-Negras.

Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.