SRN, buteco
A algum tempo atrás, até 2012, pra ser mais preciso, era
sonho, desejo de todo torcedor que o Flamengo fosse administrado de forma
profissional, empresarial.
Gastos racionais, despesas em ordem, renegociação e pagamento
de dívidas, salários em dia.
Choque de gestão, me lembro.
Esse era o termo que se adotou para o tão sonhado processo
de reestruturação
E ele veio, o tal choque de gestão.
Dividas foram pagas, salários nunca mais se atrasaram.
O terreno de vargem grande, adquirido na gestão Geroge
Helal, foi transformado de matagal em um CT plenamente funcional, com equipamentos modernos.
O clube se modernizou, se reestruturou, se capitalizou.
Só que essas benesses, essas melhorias, não conseguem se
converter em desempenho esportivo.
Porque o Flamengo, combativo, guerreiro, inconformado com a
derrota, que se revolta com o medíocre, hoje perdeu sua alma.
Se transformou num clube frio, blasé.
Que é desprezado pela imprensa que depende dele para viver e
nada faz.
Que é prejudicado dentro de campo e assiste impassível a
torpe inversão da narrativa, se transformando em beneficiado
Que assiste impassível a escalação de jogadores de medíocres
em detrimento de outros melhores.
Que possui uma miríade de diretores a cuidar do futebol do
clube, mas a sensação de barco à deriva é gritante.
Que possui um presidente
onipresente na mídia, com intenções possivelmente divergente do interesse
do Flamengo.
O Flamengo se modernizou,
mas não gosto do que o clube se tornou
Se tornou um clube pobre.
Tão pobre, mas tão pobre, que só
sobrou dinheiro