Salve, Buteco! Enquanto a Libertadores não começa, o Mais Querido segue em sua preparação e aguarda a final da Taça Guanabara contra o Boavista. O time de 2018 traz novidades em relação às duas temporadas anteriores. O 4-2-3-1 cedeu espaço para o 4-1-4-1 e nosso treinador Paulo César Carpegiani tenta encaixar nossos "três tenores": Everton Ribeiro, Diego e Lucas Paquetá. Carpa aposta na intensa movimentação com trocas de posições entre os meias da segunda linha de quatro e na aplicação tática na recomposição defensiva. Contra Nova Iguaçu e Botafogo a torcida viu muitos momentos de bom futebol, porém preocupante queda de rendimento nas segundas etapas. Em Brasília, apesar da partida anterior contra o Vasco da Gama, a equipe ainda parecia estar se desenferrujando por conta da volta das férias, inclusive porque o jogo não faria qualquer diferença no campeonato. Em Volta Redonda, tudo estava tão fácil que notou-se até certo grau de displicência e preguiça para construir um placar mais elástico.
Ressalvas à parte, enquanto o time não se sair bem em confrontos mais pesados haverá a dúvida especialmente a respeito da capacidade de Diego e Everton Ribeiro executarem as funções defensivas. Confesso que, após um "susto" pela fraca exibição de Everton Ribeiro contra o Vasco da Gama, nossa milionária contratação começa a me passar confiança. Estou gostando sobretudo a disposição para executar todas as funções táticas. Vontade não está faltando. Quanto a Diego, até pela idade e pela contusão do ano passado, convém esperar, mas gostei de sua participação em vários lances decisivos (alguns desperdiçados) na tarde de sábado.
O time foi muito bem no jogo aéreo, mas falta um pouco mais de objetividade no já insinuante jogo ofensivo. Nesse 4-1-4-1 com os três tenores em campo, Carpegiani provavelmente contará com Willian Arão ou Everton Cardoso para fortalecer a marcação pelo meio quando o time estiver se defendendo. Minha impressão é que tudo ainda está se desenhando. Contra o Nova Iguaçu, já sem um centroavante em campo, quando o time se defendia em um 4-4-2 Everton Ribeiro e Everton Cardoso chegaram a ser a dupla mais avançada, o que está longe de ser o ideal. Há motivos para ter confiança, como também para ter cautela. Não é apenas a defesa que preocupa, mas há dúvida se haverá intensidade suficiente no campo ofensivo.
O time foi muito bem no jogo aéreo, mas falta um pouco mais de objetividade no já insinuante jogo ofensivo. Nesse 4-1-4-1 com os três tenores em campo, Carpegiani provavelmente contará com Willian Arão ou Everton Cardoso para fortalecer a marcação pelo meio quando o time estiver se defendendo. Minha impressão é que tudo ainda está se desenhando. Contra o Nova Iguaçu, já sem um centroavante em campo, quando o time se defendia em um 4-4-2 Everton Ribeiro e Everton Cardoso chegaram a ser a dupla mais avançada, o que está longe de ser o ideal. Há motivos para ter confiança, como também para ter cautela. Não é apenas a defesa que preocupa, mas há dúvida se haverá intensidade suficiente no campo ofensivo.
Há ainda o "fator Vinicius Jr." Uma ou outra jogada precipitada pode fazer alguns incautos lançarem a sombra da dúvida sobre o futebol do rapaz, que, porém, a cada jogo me convence de seu gigantesco talento. Espero apenas que seja possível ao Flamengo desfrutar de seu melhor antes de sua partida para Madrid. Não me surpreenderei se um dos tenores de mais idade acomodar-se no banco de reservas até lá, até porque hoje é incogitável que o "jovem tenor" Lucas Paquetá saia do time titular.
***
Falando em Lucas Paquetá e nos "sustos" que Everton Ribeiro nos deu, considerando o milionário investimento, acho que está mais do que na hora de iniciar tratativas e valorizar o nosso jovem e talentoso prata-da-casa. Lembro-me de dos tempos de Zico com a camisa do Flamengo e quantas investidas de clubes como Milan, Benfica e Real Madrid foram rechaçadas. O resultado, para clube e atleta, foi a era de ouro, com a conquista de múltiplos e gigantescos títulos. Os maiores possíveis.
Não estou comparando Lucas Paquetá com Zico e nem desistindo de Everton Ribeiro (muito pelo contrário). Pondero apenas que, em relação ao nosso "jovem tenor", parece-me claro que seria esportivamente mais vantajoso para o clube mantê-lo o máximo possível em vez de investir muito dinheiro em outro atleta de alto nível para repor sua saída. Hoje o Flamengo tem meios para fazer essa escolha, que certamente contaria com o apoio da torcida. O futebol deve ser prioridade.
***
Gosto da energia desse Flamengo com uma saudável mesclagem de jogadores de qualidade e mais experiência com jovens pratas-da-casa e seus talentos em fase de ebulição. Carpegiani parece saber o caminho das pedras, pois viveu esse processo dentro do clube. Minha sugestão, com mais de quarenta e dois anos torcendo para esse clube, é que curtam o momento.
Bom dia e SRN a tod@s.