Salve, Buteco! Falta pouco agora: menos do que 72 (setenta e duas) horas nos separam até a bola rolar no Maracanã para a finalíssima da Copa Sul-Americana/2017. O retrospecto favorece: No Rio de Janeiro, contra o Flamengo, o Independiente conseguiu vencer o primeiro confronto, em São Januário, em 1939, e empatar o primeiro confronto no Maracanã, em 1951. Até então, haviam sido disputados três jogos no Rio, com uma vitória para cada lado (ambas em São Januário), com cada time marcando 10 (dez) gols. Repito: até 1951. Depois disso, a partir de 1955, o Independiente veio ao Brasil por seis vezes enfrentar o Flamengo. Perdeu todas, marcando 1 (um) gol e sofrendo... 19 (dezenove). Isso mesmo, dezenove! Querem reduzir o corte? Fiquem a vontade. Por exemplo, de 1970 pra cá foram cinco jogos, todos com vitórias do Flamengo, que marcou 16 (dezesseis) gols e sofreu apenas um. Portanto, em qualquer formato, os números não apenas favorecem, como impressionam.
Ocorre que, como sabemos, retrospecto não ganha jogo. Claro que não. É até comum ver estatísticas de confrontos diretos se inverterem em partidas decisivas, especialmente em finais de campeonato. Inclusive, como todo mundo sabe, em uma dessas derrotas, na partida mais importante disputada até aqui entre as duas equipes, o Independiente comemorou o título da Supercopa/1995 em pleno gramado do Maracanã. Aliás, em sua trajetória até a final da Copa Sul-Americana/2017, venceu 3 (três) jogos e perdeu 2 (dois) dos disputados fora de casa.
Porém, eu estou muito confiante. Ainda falando em números, no Rio de Janeiro, o Flamengo, sob o comando de Reinaldo Rueda, como mandante ou não, disputou 18 (dezoito) partidas, vencendo 10 (dez), empatando 6 (seis) e perdendo 2 (duas). Dentre os empates e derrotas estão inclusos a estreia no Engenhão, o time misto contra o Botafogo pelo Brasileiro, a final da Copa do Brasil (falha do Thiago), o time misto contra o Avaí e a derrota para o Santos (falha do Muralha). Portanto, em duas dessas partidas (Cruzeiro e Santos), podemos dizer que a derrota adveio de falhas individuais clamorosas dos goleiros, pois a vitória estava encaminhada em ambos as partidas.
Deixando os números um pouco de lado e entrando nas quatro linhas, os confrontos contra o Fluminense e Cruzeiro, assim como as vitórias sobre Corinthians e Junior de Barranquilla, e mesmo a atuação na derrota contra o Santos deram o tom de como o Mais Querido tem se comportado como mandante. Apesar de não ter sido brilhante nem praticado um futebol vistoso, no Rio de Janeiro o Flamengo vem sendo intenso e efetivo. Confio na preparação por uma semana inteira, depois de um longo período com dois jogos a cada sete dias; nas boas-fases de César, Cuéllar e Vizeu, e também na experiência e liderança de Juan e Diego.
Não digo que será inevitável, mas não surpreenderá se o Independiente tentar ou até conseguir propor o jogo durante parte dos noventa minutos, tal como fez contra o Libertad e tal como o Flamengo sofreu no confronto contra o Junior de Barranquilla. Será preciso tomar cuidado com o bom sistema ofensivo argentino, que ataca em bloco, com os jogadores próximos um dos outros e trocando passes precisos em velocidade, como foi possível constatar em Avellaneda.
Contudo, na maior parte do jogo o Flamengo terá a iniciativa, pressionará e superará o sistema defensivo do rival, que está longe de ser o seu ponto forte. E digo mais: no Maracanã, empurrado pela torcida, o Flamengo vencerá por mais de um gol de diferença e conquistará o título dentro do tempo regulamentar, sem necessitar da prorrogação, quando ainda será 13 de dezembro.
Bom dia, ótima semana e SRN a tod@s.