Independiente e Flamengo fizeram um bom jogo. Como se devia esperar. Decisão, adrenalina, tensão. Flamengo e Independiente entraram em campo como seria esperado. Independiente na pressão e Flamengo tentando tocar a bola e arrumar cruzamentos para área.
Independiente, favorecido por ficar uma semana "descansado" imprimiu um ritmo fulminante no jogo. Sua marcação era implacável e incansável, e sem ser maldosa, diga-se. Tem alguns bons jogadores como Barco (de apenas 18 anos) e Meza. Barco infernizou a defesa do Flamengo com seus dribles, passes e deslocamentos insanos. Certamente estará na Europa em pouco tempo, abduzido por um daqueles clubes grandes que recebem grana espetacular em euros. Flamengo, acuado e com Arão em modo aéreo na maior parte do tempo, errando muitos passes, via a bola circular a sua frente, seguida de cruzamentos e ficava rebatendo tal como um jogo de frescobol, mas sem direção. O que proporcionava poucos contra-ataques.
Mas foi o Flamengo que achou seu primeiro gol. Em um lindo cruzamento em curva do Trauco, este achou a cabeça do Rever, que guardou. Flamengo 1 x 0. O que fez o time deles correr ainda mais.
Flamengo tinha um problema de articulação. Diego muito bem marcado, e Everton Ribeiro meio perdido e mesmo isolado no ataque. Tentava jogadas mas sempre distante, errava muitos passes. Paquetá não fazia bom jogo, embora corresse muito. Deixava Trauco bem exposto na marcação. Cuellar, um leão pelo meio, fazia bem a saída de bola. Vizeu também sem estar inspirado, participava de lances inócuos como centroavante. Pará também estava sobrecarregado na marcação, e Juan e Rever recebiam toda a carga ofensiva. César passando segurança.
Mas foi através do meio que Independiente chegou ao seu primeiro gol. Em jogada muito rápida, estilo "hoquei na grama", que era a especialidade do técnico do time até pouco tempo, chegou com uma troca de passes rápida na frente, a bola sobrou pro centroavante deles chutar livre, sem chances de defesa para o César. 1 a 1. Empate, sendo sincero, mais que merecido.
Torcida em festa. Independiente aumenta a pressão. Na verdade oferecendo pouco perigo de gol devido a boa marcação da primeira linha do Flamengo. Aliás, vendo pela TV, a defesa do Flamengo parece bem organizada. Duas linhas de 4 e dois sempre na frente, para tentar dificultar a jogada de saída de bola deles.
Veio o segundo tempo. Independiente antes dos 10 minutos faz seu segundo gol, que foi uma pintura. Pelo lado do Pará, Barco faz uma linda jogada e cruza com perfeição da linha de fundo, em curva para Meza, que de primeira emenda para o gol, rente a trave. César foi na bola mas não tinha como. Independiente 2 x 1.
Rueda colocou Everton no lugar do Paquetá quase em seguida. O que melhorou demais a marcação do Flamengo pelo nosso lado esquerdo. Além de ser mais agudo pela ponta que Paquetá. Everton fez algumas boas jogadas e o jogo se equilibrou. Independiente também se cansou também. O ritmo alucinante não pode se manter tanto tempo. Com Independiente já cansado, Rueda lança Vinicius Jr. O próprio jogo do Arão melhora. Desperta no jogo.
Flamengo passa a atacar mas sem nenhum lance de grande perigo.
Enfim, derrota de 2 a 1. Triste, mas é apenas o primeiro tempo de um jogo de 180 minutos. Agora levamos a decisão para o Maracanã, tendo que ganhar deles de dois gols de diferença para não ir a penaltis, que, ultimamente, não é nossa praia. Acho até bom. Flamengo cresce quando entra com desvantagem.