terça-feira, 10 de outubro de 2017

Flargentina


Hoje todas as atenções estarão voltadas para Equador x Argentina. Acompanhando a excelente coluna do Gustavo ontem, vejo um grande Fla x Flu entre aqueles que torcerão a favor e os que secarão nossos hermanos. De minha parte, pouco importa: essa selação da Argentina me parece tão longe da raiz do futebol argentino, que me inspirou a compará-la com o atual momento do Flamengo.

De acordo com a super rivalidade entre Argentina e Brasil, uma final de Copa do Mundo, no Brasil, era oportunidade única para nossos vizinhos entrarem em “modo eterno de zoação”. Era jogo para arrancar a vitória no grito, na mão grande, na porradaria... Enfim, um jogo dessa magnitude não era para ser simplemente jogado, valia muito mais para os Argentinos que para os Alemães. No entanto, vimos uma apresentação apenas burocrática, com uma excelente chance desperdiçada e a derrota ao final da prorrogação. Melancólico, para eles.

Depois disso, os caras conseguiram perder duas finais de Copa América seguidas para o Chile que, até então, não havia vencido nenhuma e acumulam um jejum de títulos da seleção principal que vem desde 1993. O que aconteceu com a Seleção Argentina? Por que, mesmo com jogadores do quilate de Messi, Higuain, Mascherano, Pastore, Di Maria, Aguero, etc, os caras não rendem? Seria um “time frouxo”?

A apresentação do Flamengo na final da Copa do Brasil me remeteu a isso... Time frouxo. Jogo para ir lá, fazer os gols que tivesse que fazer e voltar para a casa com a taça. Fizemos uma apresentação “bacaninha”, arrumamos um “bom empate fora de casa” e perdemos nos pênaltis. Completamente melancólico, para nós.

É falta de jogador? Duvido. Vai resolver simplemente contratando outros jogadores? Duvido também. 

É preciso resgatar o espírito rubro-negro.