SRN,Buteco.
Certa vez um sujeito, cansado da rotina diária, resolveu chutar o balde. Abandonou mulher e filhos,deixou de lado o emprego maçante e sumiu sem dar notícias.
Alguns anos depois alguém que o conhecia o encontrou num canto do país.
Estava casado e tinha filhos,e trabalhava numa função semelhante à que exercia antes de desaparecer.
Velhos hábitos são difíceis de abandonar .
Estamos já a algum tempo vivendo uma época de fartura no Flamengo. Contas em dias e dinheiro para investir.
Bons jogadores novamente procuram,projetam,desejam jogar no clube. Dentro de campo, porém,o time não reflete o nível se excelência atingido em outras áreas.
Tenho uma teoria simplista a respeito desse assunto: cada setor do clube se comporta e evolui de acordo com quem o comanda.
Todos os setores do clube ,ou a grande maioria ,é gerida por gente da iniciativa privada. Foram formados e educados profissionalmente em ambiente de cobrança, de competição, de resultados. De dar resultado pra ontem e da maior magnitude possível.
O ponto fora da curva é o carro chefe.O futebol do clube tem em seu comando um dirigente oriundo da administração pública. Onde pontificam a estabilidade, onde as relações pessoais as vezes influenciam na tomada de decisões, onde impera a lei da procrastinação.
Diferente dos outros setores, onde se vê evolução, o futebol como departamento é gerido na base só companheirismo, só protecionismo.
O mau rendimento é relativizado, a falta de esforço é ignorada,a incompetência é protegida. Isso em prol de uma suposta união entre seus membros, que são blindados de críticas e cada ação que os desagrade é combatida e repelida com uma disposição que não se vê em campo.
O novo treinador chegou, viu o que acontece,e já disse com todas as letras que falta disposição ao grupo.
A partir daí, já começa a ser minado nos bastidores, como vimos nos dois últimos jogos.
E assim se repetem velhos hábitos.
E vamos colecionando eliminações em torneios importantes e títulos estaduais ...