Irmãos rubro-negros,
no momento, vivemos a expectativa do anúncio oficial da contratação de Reinaldo Rueda para o comando técnico do nosso futebol.
Não tenho como avaliar o trabalho do Rueda, assim como não tenho como avaliar o trabalho de nenhum técnico do mundo, pois acompanho pouco e não tenho tempo para assistir a jogos de outra agremiações.
Dito isso, sugiro a leitura da resenha escrita pelo Joza Novalis especialmente para o blog do nosso amigo, André Amaral, o Ninho da Nação: https://ninhodanacao.blogspot.com.br/2017/08/o-que-esperar-de-reinaldo-rueda-por.html?m=1
A esperança de que o Reinaldo Rueda faça um grande trabalho no Flamengo é muito grande.
Será novidade tanto para ele como para nós.
No caso do Flamengo, embora o clube tenha uma história rica com jogadores e técnicos estrangeiros, desde 1981 só nacionais dirigiram nosso time à beira do campo.
Já o Rueda vai deparar com um contexto de pressão que jamais enfrentou em sua vida.
A torcida do Flamengo vive o clube 24h por dia, sete dias da semana, a 200.000km/h.
Não há nada que se compare. Nada.
Torcida gigante e intensamente fanática, que se espalha pelo Brasil inteiro, e até pelo mundo.
Com o incremento das redes sociais, a torcida do Flamengo encontrou, além dos estádios, um canal para expressar todo seu amor pelo clube.
Com certeza, o Rueda jamais experimentou fenômeno parecido.
A necessidade de compreensão mútua é fundamental. Se não houver esse compromisso, essa vontade e desejo de conhecimento, em nome de um objetivo comum, o trabalho será muito mais árduo.
O melhor neste momento, porém, é aguardar o anúncio oficial do Clube de Regatas do Flamengo.
Na minha modesta opinião, o clube dá um passo definitivo para retomar a competitividade do seu futebol. Age na vanguarda do futebol brasileiro, como sempre foi de sua natureza: ousar e avançar, com convicção, onde os demais recuam.
Assim é o Flamengo.
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Faço somente uma ressalva: não adianta trazer Rueda, Guardiola, Mourinho ou Ancelotti se o regime adotado no futebol do clube ainda é pautado pelo paternalismo, em detrimento da meritocracia, cobrança e dedicação integral.
Infelizmente, a direção atual ainda não conseguiu romper com práticas nocivas do passado, como a insistência com certos profissionais que não possuem condições de ocupar os cargos nos quais trabalham.
Isso serve tanto para o profissional como para a base.
O que a diretoria pensa para o futebol do Flamengo no futuro?
Será que na visão dos dirigentes, basta inundar o departamento de dinheiro que as coisas se resolverão sozinhas? Basta estrutura e dinheiro que os resultados virão a galope?
Não creio que as coisas se dêem assim.
Quando se olha hoje para o futebol do clube, existe algum investimento em jovens rubro-negros, com perfil de liderança, estudiosos, ambiciosos, que possam em alguns anos assumir funções importantes dentro do departamento?
Um jovem com grande potencial para dirigir o time já poderia ser auxiliar-técnico, visando ao futuro do clube.
Poderia aproveitar as lições de um técnico experiente como o Reinaldo Rueda.
Mas não há nenhum jovem na função. Há, sim, o Jayme de Almeida.
Mas o que se pode esperar do Jayme de Almeida em termos de aprendizado? Ele é um estudioso? Vai a Congressos na Alemanha, Itália, Espanha ou Inglaterra? Está atualizado quanto ao que de mais moderno se pratica mundo afora?
Só para esclarecer: eu não tenho fixação com verborragia pretensamente moderna, não. Tem muita coisa aí sendo dita como o último biscoito do pacote, mas que já era aplicada há anos. Mudam apenas os conceitos, as definições.
Agora, há, de fato, uma realidade a qual não se pode perder de vista. O futebol mudou e o elemento tático ganha contornos de preponderância. O papel do treinador tem recebido maior relevo nos últimos anos.
O Flamengo pensa em desenvolver técnicos na sua escola? Ou vai viver de buscar medalhões? Mesmo que viva, daqui para a frente, apenas contando com técnicos renomados, não seria sensato investir em alguém para, numa eventualidade, exercer o cargo à altura da tarefa?
O mesmo vale para os cargos de preparador físico, de goleiros, estatística, gerente e diretor.
Este, o de diretor, tem importância particular: eu acho que no dia em que o clube e o Rodrigo Caetano acharem que é melhor cada um seguir seu rumo, é capaz do vice-presidente e do CEO não saberem sequer onde fica a chave para abrir o portão do Ninho do Urubu.
Não seria sensato ter alguém para acompanhar os trabalhos que envolvem o cargo de diretor de futebol?
Quantos bons diretores há disponíveis?
É mão-de-obra escassa.
Enfim, são apenas ideias.
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Por fim, um recado: presidente Eduardo Bandeira de Mello, tenho o maior respeito pelo senhor. Falo com toda a sinceridade. Cobro, xingo, reclamo e apoio, porque, assim como os mais de quarenta milhões, sou torcedor do Clube de Regatas do Flamengo, o maior clube do mundo.
O senhor me permita, por favor, dar-lhe uma sugestão: saia da vice-presidência de futebol.
Vá cuidar das tarefas institucionais, e que já são muitas, que envolvem a função de presidente.
Deixe a vice-presidência para alguém que possua outro perfil, que não se aproxime tanto dos profissionais, que saiba manter a distância necessária que envolve uma relação de comando.
Porque o vice-presidente, e em última escala o presidente, tem o dever precípuo, não de se meter em filigranas afeitas ao dia dia e à tecnicidade dos profissionais, mas sim de cobrar as metas que são estabelecidas. Definir, avaliar, cobrar, exigir explicações, diagnósticos e soluções. Determinar mudanças de rumo. Contratar, demitir, advertir, tudo isso é função de quem comanda.
Quem comanda não pode ter "protegidos", sobretudo quando a tal proteção tem por finalidade confrontar o torcedor.
O senhor é um grande rubro-negro, apaixonado pelo Flamengo, e merece elogios pelo ótimo trabalho administrativo.
Por que se desgastar, se expor, numa função para a qual talvez seja mais recomendado outro tipo de perfil?
Mas a decisão é sua.
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Que os dias de glória estejam a caminho do nosso tão amado Flamengo.
Temos dois títulos a disputar este ano. A nossa camisa, o Manto Sagrado, há de pairar altaneira nas decisões que se avizinham.
Preparem os corações, amigos, pois fortes e felizes emoções nos aguardam.
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Abraços e Saudações Rubro-Negras.
Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.