Foto: Gilvan de Souza |
Poupando jogadores para a decisão da semifinal da Copa do Brasil, as novidades foram as adaptações de Rafael Vaz na lateral esquerda e Lucas Paquetá no comando do ataque. Não foram bons quarenta e cinco minutos. Já vi esse mesmo time do Flamengo jogar muito pior, é verdade. Mesmo com muito pouco tempo de trabalho, já se vê algumas diferenças na forma de jogar depois da chegada do Reinaldo Rueda. Pressão para recuperar a bola, linhas de passes mais esticadas, luta para evitar cruzamentos sem sentido, tudo isso já começa a ser visto no jogo rubro-negro, mesmo que ainda falte um acerto na recomposição defensiva.
Por mais bizarro que possa parecer, no entanto, a primeira grande chance de gol foi com o Marcinho. Houve mais uma oportunidade, numa cabeçada do Vinícius Jr. mas o grande lance do primeiro tempo foi um belo chute do Walter que Diego Alves espalmou. Voltamos do intervalo com Renê no lugar do Vaz que, se não comprometeu improvisado, fez com que forçássemos o jogo pelo lado direito com Pará e Geuvânio, bem mal também na partida. Logo aos dois minutos, a bola na trave do Arão deu o tom da melhora. O primeiro gol saiu aos dez, um passe improvável em profundidade e Vinícius saiu muito atrás do zagueiro, chegou na frente e bateu de esquerda, entre o goleiro Felipe e a trave. Depois, um gol de Romário, extremamente semelhante ao feito pelo Baixinho contra o Uruguai, nas Eliminatórias para a Copa de 94.
O ponto negativo ficou por conta da lesão do Renê. O lateral será avaliado amanhã mas a imagem foi feia, uma forte torção no tornozelo pode forçar a reabertura da avenida Trauco na quarta-feira. Além disso, ainda não sabemos se poderemos contar com Guerrero e Vizeu, além dos já conhecidos quatro desfalques gerados pela imbecil regra de inscrição de jogadores na Copa do Brasil. Nada, entretanto, pode servir de desculpas. Teremos Maracanã lotado para eliminar os alvinegros e chegar à sétima final da competição.