terça-feira, 1 de agosto de 2017

Identidade


Olá Buteco, bom dia!

Há tempos reclamamos de uma falta de identidade do time atual do Flamengo com as tradições do clube. 

Não se trata de criticar a escalação de um ou outro perebaço por partida, até porque cada um de nós carregamos, em nossas memórias, pelo menos um Flamengo campeão com jogadores que não eram um primor de técnica.

Imaginem uma final de campeonato, em dois jogos, entre os times abaixo:

Flamengo: Clemer; Maurinho, Juan, Célio Silva e Athirson; Leandro Ávila, Marcelo, Leonardo Inácio e Iranildo; Reinaldo e Leandro Piu-Piu.

Palmeiras: Marcos; Arce, Junior Baiano, Galeano e Júnior; Rogério, César Sampaio, Alex e Zinho; Paulo Nunes e Asprilla.

Pois bem, esse Flamengo aí entrou em campo para a primeira final da Mercosul 1999, fez SETE gols nos dois jogos contra o Palmeiras (com os devidos créditos ao Caio e Rodrigo Mendes, reservas no primeiro jogo e ao Lê, reserva que entrou para brilhar no segundo) e levou o título da Mercosul 1999 na marra, contribuindo para a mística da camisa rubro-negra.

Hoje, com a estabilidade financeira que permitiu a criação de um elenco muito mais talentoso, o que nós esperamos é a mesma vontade, entrega e vocação ofensiva que os Flamengos Históricos sempre ostentaram. 

Essa identidade Flamenga apareceu no segundo tempo do jogo de domingo, reanimando a todos nós para a sequência da temporada. O empate, naturalmente frustrante devido às condições da partida, veio para ilustrar que o Flamengo deve jogar como Flamengo por mais que 45 minutos. 

Encontramos o nosso benchmark. 

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Me preocupam as críticas mais exaltadas ao Diego. 

Outra das nossas características históricas é, infelizmente, a vocação para queimar bons jogadores. 

Jogador bom, que chega no Flamengo e incorpora o clube como se tivesse sido criado aqui tem que ter um tratamento diferenciado. Comparar o Diego ao Alan Patrick só é aceitável no momento do erro. No segundo seguinte, tem que dar força. 

Comparem o Diego aos meias que estão por aí times da ponta da tabela. A temporada dele é infinitamente melhor que a do Lucas Lima e que a do Guerra. 

Ainda, alguém trocaria o Diego pelo Rodriguinho? 

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Encontramos uma referência para as próximas atuações, entretanto, é preciso entender que dificilmente conseguiremos atingí-la em todas as partidas. 

A sequência de jogos até o fim do ano é muito dura, com jogos importantes pelas competições eliminatórias intercalando-se às partidas do brasileirão. Para se ter uma ideia, disputaremos 9 partidas apenas no mês de Agosto, a saber:
  • Quarta-feira, 02/08, Santos x Flamengo, Brasileiro;
  • Domingo, 06/08, Flamengo x Vitória, Brasileiro;
  • Quarta-feira, 09/08, Flamengo x Palestino, Sulamericana;
  • Domingo, 13/08, Atlético MG x Flamengo, Brasileiro;
  • Quarta-feira, 16/08, Botafogo x Flamengo, Copa do Brasil;
  • Sábado, 19/08, Flamengo x Atlético GO, Brasileiro;
  • Quarta-feira, 23/08, Flamengo x Botafogo, Copa do Brasil;
  • Domingo, 27/08, Flamengo x Atlético PR, Brasileiro;
  • Quarta-feira, 30/08, Chapecoense x Flamengo, Sulamericana (a confirmar).

Como manter um alto nível de atuação jogando a cada três dias, sem tempo para descanso e treinamentos? Será muito difícil. O alento é que Berrio e Vinicius Jr têm entrado bem e poderão ser utilizados recorrentemente, revezando com o Diego, Éverton Ribeiro e Éverton. No meio, Arão entrou bem e também será opção em várias partidas. 

Precisaremos do banco mais do que nunca.