Nada como uma classificação para
uma final de competição nacional em cima de um rival com direito a um drible
épico para mudar o astral do clube e da torcida. Quarta-feira foi um daqueles
dias em que tudo dá certo. Diego resumiu a noite declarando que é por momentos
como esse que ele trabalha e é por isso que escolheu o Flamengo.
E eu diria que é por noites como
essa que escolhi ser Flamengo e amar tanto esse clube, esse time, essa Nação.
Quando há esse tipo de simbiose entre time e torcida somos invencíveis e quase sempre o Maracanã se apresenta como palco desses
espetáculos.
É evidente que a chegada do Rueda
mexeu com o grupo. Aquele time com cara de derrotado, que se entregava no
primeiro momento de dificuldade durante o jogo foi substituído por um time
aguerrido, mais disciplinado taticamente e com lampejos de bom futebol.
Por incrível que pareça, nesse
primeiro momento o Rueda não fez nada de brilhante. Apenas concertou
deficiências que muitos torcedores e pessoas da imprensa especializada já
identificavam.
Juan e Cuellar assumiram as
posições de Vaz e Marcio Araújo. Os volantes e laterais foram melhor posicionados
dentro de campo, Diego deixou de voltar tanto para jogar mais a frente, próximo
ao Guerrero e a base passou a ser mais utilizada.
Soma-se isso a empolgação da
torcida e aquele esforço a mais que todo grupo demonstra após a chegada de um
novo comandante e temos novamente um time competitivo brigando por títulos. Ainda é cedo para traçar
diagnósticos e falar em resultados, mas podemos sair de uma temporada que tinha
tudo para ser um vexame para uma temporada digna com pelo menos dois títulos no
ano.
Não tenho dúvidas que o Rueda e
sua comissão técnica são competentes, mas gostaria de destacar o trabalho do
CEP FLA, que muniu o nosso novo treinador com um dossiê mais do que completo de
cada jogador do elenco, facilitando o entendimento correto da capacidade deste
grupo e agilizando etapas importantes na preparação do time para esta
semifinal.
E teve comentarista esportivo
falando “Será que o Rueda vai chegar sabendo da importância do Everton para o
time”, entre outras baboseiras que tivemos que ouvir por causa do preconceito
de muitos com o técnico estrangeiro. No final das contas, não importa a
nacionalidade do treinador e sim a sua competência. Mais um mito foi derrubado
pelo mais querido.
Amanhã teremos mais uma rodada do
Brasileirão, mas confesso que após a derrota para o Vitória em casa, perdi
completamente o tesão pela competição este ano. Brigar por G4 ou G6 não me
empolga e hoje tenho muito mais interesse em saber o que vai acontecer na
Sulamericana e Primeira Liga, competições, que além da Copa do Brasil, ainda
temos chances de título.
Dito isso, a vitória amanhã será
fundamental, pois afastamos um concorrente direto e nos consolidamos no pelotão
de frente. É jogo para conquistarmos os três pontos, independente de quem
esteja jogando.
Encerro a coluna com um dos
últimos cânticos criados pela Nação mais legais dos últimos tempos:
Em dezembro de 81
Botou os ingleses na roda
3 A 0 no Liverpool
Ficou marcado na história
E no Rio não tem outro igual
Só o Flamengo é campeão mundial
E agora seu povo...
Pede o Mundo de novo!
Da-lhe da-lhe da-lhe Mengoo
Pra cima deles Flamengoo
Da-lhe da-lhe da-lhe Mengoo
Pra cima deles Flamengoo