Salve, Buteco! O Mais Querido parece ter voltado aos trilhos com Reinaldo Rueda. O time está tem novo posicionamento da linha de zaga, na qual os laterais guardam posição e ficam mais próximos da zaga central. Não é à toa que em quatro jogos sob o comando de Reinaldo Rueda o Flamengo não tomou sequer um gol. Mas apesar das exibições mais seguras, o time também passou a ser mais ofensivo. Agora os volantes participam da saída de bola, o time propõe o jogo com trocas de passes verticais buscando a construção de jogadas ofensivas, diminuindo a quantidade de lançamentos longos e cruzamentos, que passaram a ser recursos convenientemente explorados e não a essência da filosofia de jogo.
Esse novo Flamengo pôde ser visto ontem no primeiro tempo, quando teve nada menos do que 57% (cinquenta e sete por cento) de posse de bola contra um time muito bem preparado fisicamente, que gosta de propor o jogo e utilizou a marcação alta para pressionar a saída de bola do Flamengo incessantemente. Apesar disso, vimos o sistema defensivo jogar coletivamente e fugir da marcação sob pressão do Atlético/PR por via de trocas de passe verticais, que de forma sincronizada davam início à transição ofensiva resultando na construção de jogadas no ataque. Todos os jogadores participaram, inclusive o goleiro e os volantes.
A título ilustrativo, vale a pena comparar como foi o primeiro tempo jogo contra o mesmo adversário na Fase de Grupos da Libertadores, inclusive porque os placares foram rigorosamente idênticos.
Acredito que o número de passes certos e o percentual de posse de bola falam por si mesmos, inclusive porque o Atlético/PR de Fabiano Soares me parece bem melhor postado dentro de campo do que o que disputou a Libertadores sob o comando de Paulo Autuori.
Provando que o time agora utiliza de forma mais equilibrada e estratégica os recursos ofensivos, os gols saíram o primeiro de uma bola parada (escanteio) e o segundo de um cruzamento. Não é preciso cruzar o jogo inteiro e sim nos momentos certos.
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O cansaço pela extenuante semifinal da Copa do Brasil contra o Botafogo na última quarta-feira cobrou a fatura no segundo tempo, quando o Atlético/PR teve mais posse de bola e empatou em percentual nesse quesito ao final da partida. Aliás, ainda no primeiro tempo, quando se defendia, foi comum ver apenas a primeira linha e à frente dela apenas Gustavo Cuéllar e Willian Arão, enquanto Diego, Berrío, Everton e Guerrero ficavam mais adiantados, o que pode ter sido reflexo do desgaste.
Basicamente, no segundo tempo o Flamengo administrou o resultado e, mesmo com uma estratégia diferente, continuou a ser efetivo e poderia ter chegado a uma goleada, impedida pela exuberante atuação do goleiro Weverton, que defendeu três bolas dificílimas, fora as conclusões que passaram bem perto da meta paranaense. No final, a vitória foi segura e o time parece haver renascido no Brasileiro, onde, no momento, disputa o G4 com Grêmio, Palmeiras e Santos.
O time todo foi bem, mas destacarei o nosso querido Juan, que, como boa parte da torcida vem falando, "tá jogando de terno", absoluto na zaga bem postada.
O time todo foi bem, mas destacarei o nosso querido Juan, que, como boa parte da torcida vem falando, "tá jogando de terno", absoluto na zaga bem postada.
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Diego tem ótima média de gols pelo Flamengo. Jogando avançado, ao invés de recuado para fazer a saída de bola que o volante que vinha sendo escalado não tem condições técnicas para executar, voltou a encontrar os gols. Nada mais natural. O ótimo início de Reinaldo Rueda no Flamengo se caracteriza não por revolucionar taticamente e sim por imprimir qualidade organizando o time de forma lógica e simples, aliando a tradição à modernidade.
Outro fator importantíssimo é que o time, além de ser bem mais ofensivo e utilizar a qualidade do elenco para esse propósito, voltou a ter vontade de vencer. Respeito todas as opiniões e é claro que existem muitas formas de se chegar às vitórias, porém o estilo de jogo que, na minha opinião, mais combina com a identidade e a história do Flamengo é o ofensivo, que se caracteriza por buscar de forma incessante o gol, mesmo quando está em vantagem no placar. Esclareço que não me refiro a escalação nem a esquema tático, mas à mentalidade vencedora, à postura que coloca o futebol ofensivo e a vitória como prioridades. Esse é o DNA Flamengo.
Outro fator importantíssimo é que o time, além de ser bem mais ofensivo e utilizar a qualidade do elenco para esse propósito, voltou a ter vontade de vencer. Respeito todas as opiniões e é claro que existem muitas formas de se chegar às vitórias, porém o estilo de jogo que, na minha opinião, mais combina com a identidade e a história do Flamengo é o ofensivo, que se caracteriza por buscar de forma incessante o gol, mesmo quando está em vantagem no placar. Esclareço que não me refiro a escalação nem a esquema tático, mas à mentalidade vencedora, à postura que coloca o futebol ofensivo e a vitória como prioridades. Esse é o DNA Flamengo.
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Quarta-feira o Mais Querido estará na acolhedora Cariacica, no Estádio Estadual Kleber Andrade, para enfrentar o Paraná Clube pela Primeira Liga. A expectativa da maioria da torcida é que o elenco seja rodado e a base tenha oportunidades, sem que se deixe de levar a sério o confronto. Por sinal, o adversário, embora na Série B, encontra-se em ascensão, tendo nas últimas rodadas se aproximado do G4 e provavelmente brigará por uma vaga na Série A/2018 com América/MG, Vila Nova/GO e Ceará, já que o título deve ficar com o Internacional. O Mais Querido enfrentará uma equipe aguerrida, que marcará forte.
Palavra com vocês para que mandem as expectativas e escalações para os próximos confrontos: Paraná Clube (Primeira Liga) e Botafogo (Brasileiro) no Engenhão, lembrando que a equipe canina jogará na quarta seguinte pela Libertadores e o Mais Querido pela Sul-Americana.
Bom dia e SRN a tod@s.