Sim, o Botafogo já é
passado.
Mas foi daquelas
vitórias de lavar a alma. De nos sentir estreitos, grudados ao
Flamengo que amamos e que aprendemos a admirar, a se espelhar, a reverenciar.
Porque o Flamengo, é
verdade, vive e se alimenta de conquistas. De taças. Dos momentos que eternizam
os heróis que, exalando sangue de suas entranhas, nos trazem, junto aos
despojos do oponente vencido, o justo troféu, a faixa no peito, a volta
olímpica que anaboliza nossas mentes sedentas pelo mais alto posto colocado em
disputa.
No entanto, há também
aqueles triunfos que, se não nos trazem galardões maiores, têm um poderoso
efeito estimulante no sentido de provocar a vontade de cantar ao mundo inteiro
a alegria de ser rubro-negro. Seja na forma de um tapa que rebenta em resposta
ao inimigo marrento, seja na demonstração de comunhão entre os onze jogadores e
sua gente, seja naquela exibição de gala que faz paralisar o país. São grandes
batalhas que, independente de fazerem ou não parte de trajetórias vitoriosas,
expõem a cru e a nu toda a nossa força, o nosso gigantismo, aquilo de que somos
capazes.
Assim, traz-se hoje 26
desses momentos. Partidas históricas, após as quais o mais renitente torcedor
flamengo, de qualquer rincão desse país ou mesmo da gringa, surpreendeu-se
tomado pela lírica vontade de arrancar os sapatos, meter-se no Manto e sair
gritando, qual criança, pelas ruas e becos gritando “Mengo”. Nenhuma delas
findou-se em taças. Não há finais de campeonato ou mesmo de turno. Apenas jogos
a esmo. Cujo desfecho talvez tenha valido mais que um título.
Vinte e seis páginas.
Para contemplar, relembrar, puxar pela memória. E se orgulhar.
Sempre.
Boa semana a todos.
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