terça-feira, 11 de julho de 2017

Inimigos?



SRN, Buteco. 

No sábado , o Flamengo jogou contra o Vasco da Gama pelo Campeonato Brasileiro. 

Dentro de campo, o jogo transcorreu naturalmente, e a vitória de time mais qualificado foi natural, sem maiores questionamentos. 

Terminada a peleja,  o estádio se transformou em um campo de batalha. 

Infelizmente, esse tipo de situação é comum no futebol nacional, não é novidade. Geralmente, essa situação acontece a partir de um estopim, algo fora do padrão que acaba descambando para esse tipo de acontecimento: uma partida muito ruim do time da casa, atuação vexaminosa, risco de rebaixamento, arbitragem controversa, enfim, sempre tem algo que, apesar de não justificar, explica o inicio de uma confusão.

O que chamou atenção nesse caso foi a absoluta falta de fatores que indicassem tamanha desordem. 

Não foi um jogo confuso, não houve nenhum lance polemico que causasse duvida, enfim, nada de anormal dentro do que se espera de uma partida de futebol. O que aconteceu  foi que o torcedor local resolveu transformar o local em um inferno simplesmente porque não esperava, não gostou nem aceitou a derrota de seu time.

Sim, os clubes são rivais centenários, e ao longo da história a disputa esportiva descambou para a violência, agravada pelos problemas sociais do país nos últimos anos.  Além disso, o mandatário do clube coirmão quer demonstrar equilíbrio hoje inexistentes entre os clubes.  

O Flamengo é superior no campo esportivo, financeira, estrutural, enfim, qualquer termo de comparação nos é favorável.  

Acho que, mesmo não sendo o fator principal, essa obsessão irracional e sem medidas do presidente vascaíno pelo Flamengo contribuiu bastante para aumentar a gravidade dos acontecimentos.  

E esse comportamento encontra defensores entre torcedores e até imprensa especializada. Até mesmo em dirigentes, visto que a direção do Botafogo escondeu um problema gravíssimo no estádio Luso Brasileiro, colocando vidas em risco.  

Tudo para causar problemas ao rival, que nesse momento passa a ser inimigo.  É a esse ponto que chegou o futebol nacional.  Sob as cores de um clube de uma camisa, grupos criminosos conseguem cobertura para praticar suas atividades ilícitas. 

E tem dirigente achando que é apenas rivalidade....