A chegada do Everton Ribeiro é iminente. Pra mim parece questão de tempo, seria mais "quando" do que "se". Desde quando a especulação começou a ganhar mais força, o que mais se lê e ouve são questionamentos do tipo "mais um meia?!", "outro dez?!", "já temos Diego, Conca e Ederson, pra que mais?!", entre vários outros. Pipocaram nas redes sociais inúmeros diagramas com esquemas táticos diversos, elocubrando como encaixar tantos jogadores ofensivos no time do Flamengo. Além dos quatro, sem contar o Guerrero, claro, ainda temos Everton, Berrío, Gabriel, Mancuello e os garotos Matheus Sávio e Paquetá.
Será que, realmente, os quatro dez tem as mesmas características? Definitivamente, não e é isso que vou tentar mostrar.
Diego:
Foto: Gilvan de Souza |
Foto: Gilvan de Souza |
No Fluminense, em ambas passagens, Conca tinha características semelhantes às do Diego. Disposição, combate, habilidade. Em 2015, na volta à China, passou a jogar mais próximo ao gol e, ok, numa liga mais fraca, fez muitos gols e assistências. Hoje, com 34 anos de idade, é uma incógnita depois de vários meses no estaleiro. Em teoria, seria opção ao Diego mas pode atuar como armador aberto, talvez sem a mesma aplicação tática de um Everton, por exemplo.
Foto: Gilvan de Souza |
Esse é um meia atacante e ficou muito claro na última quarta-feira. Ederson atuou mais próximo do Guerrero, quase como um segundo atacante, o que acabou sendo, em parte, responsável pela falta de criatividade na armação do time. Com ele, o esquema até mudaria para um 4-4-1-1, o que dificultaria a presença de outros dois meias com pouca participação defensiva.
Foto: Twitter / @AlAhliClub |
Nos dois anos em que brilhou no Cruzeiro, o provável futuro reforço rubro-negro atuou aberto pela direita. Muita habilidade no pé esquerdo, dribles, arrancadas, assistências e gols, uma definição que parece exagerada mas foi exatamente o que ele entregou em 2013 e 2014. Nos mesmos dois anos de Emirados Árabes, os números foram bem semelhantes, levando em consideração, mais uma vez, assim como com o Conca, uma liga de nível mais baixo. A diferença é que Everton ainda tem apenas 28 anos e não tem histórico de lesões graves.
Como faz, então? Os quatro não jogarão juntos, é óbvio. Três deles até seria possível, mas dependeríamos de um grande compromisso tático dos outros seis jogadores de linha. Everton e Diego também podem ajudar e isso os deve confirmar como favoritos a titularidade. E aí você olha para o banco de reservas e vê inúmeras opções para mudar uma partida. Muito diferente do que ocorreu na fatídica noite do dia 17 de maio quando Zé Ricardo teve que escolher entre o ainda verde Matheus Sávio e o recém-recuperado Ederson.
O horizonte é claro no setor ofensivo. Já lá atrás...