E o Flamengo, desta vez, se classificou. Ufa. Em um jogo que chegou a ser dominado de forma constrangedora pelo Atlético GO, que perdeu inúmeras chances de gol. Ganhou mas não convenceu. Deixou o aviso preocupante que o técnico atual nada aprendeu do jogo-vexame contra o San Lorenzo. Até substituições parecidas foram realizadas. O que faz soar o alarme que o técnico apresenta a personalidade de uma mula.
Flamengo entrou em campo de forma bizarra. O treinador optou por 4 laterais de saída, mostrando sua tara pelo corredor pelas laterais. Uma vez, em determinada situação de jogo, deu certo. E isto foi o suficiente para o iniciante treinador escalá-los de saída. "Porque não, ora?" pensou. Enquanto os atacantes e meio-campistas do elenco entreolharam entre sim.
O time até que começou relativamente bem. Pressionando. Atletico GO sem saber o que fazer do alto de sua inutilidade. Parecia um jogo fácil. Aí Guerrero fez o gol. Pronto. Foi dado o sinal. Parreirinha, o treinador, imediatamente dá o sinal, ou o time entende pela sua linguagem corporal, que tem que parar de atacar e esperar o outro time em seu campo. E parou mesmo. A ponto de bocejar. Em partida horrorosa de Marcio Araujo, Rafael Vaz e Arão, o Flamengo dava todos os espaços, entregava bolas fáceis, e andava em campo. A ponto do Atletico GO perceber que tinha um time pior que o deles em campo e passou a atacar. Atacou, perdeu várias oportunidades, por ruindade na finalização e outras até por belas defesas do socador de bola, o Muralha.
Até que conseguiram fazer seu gol. Em bola aérea, claro. O carma do Flamengo voltou. E passaram a pressionar ainda mais enquanto o Flamengo assistia impávido em campo, sem articular jogadas pelo meio, pelas pontas em lugar algum. Parecia um grupo de pessoas contratados como figurantes de um filme em que só precisavam tocar a bola e parecer que formavam um time.
Primeiro tempo acabou. Para alívio de todos. O placar injusto nos dava a classificação para outra fase. E isto era bom. Embora temesse que o Atlético GO fizesse mais um gol e virasse o jogo. O técnico estagiário treme-treme não aguentaria a pressão.
E veio o segundo tempo. A mesma história se repetindo. Domínio de ação total do Atlético GO. Marcio Araujo sendo mais marcio araujo que nunca, com sua ruindade absurda aparecendo. Arão, um fantasma em campo. Enfim, a dupla do coração do treinador tramontina em mais um dia de "destaque". Atlético GO atacava mas barrava em sua próprias limitações que não eram poucas. O esquema dos laterais continuou não funcionando, o que deveria ser óbvio. A bola não parava no meio. Até que, aos 20 minutos do segundo tempo, enfim um momento de lucidez no treinador teimoso. Tira Trauco e coloca Mancuello. A bola começa a percorrer mais pelo meio de campo do Flamengo. Enfim, algum jogador com mais percepção de jogo por ali. Mesmo assim poucas chances criadas. Torcida impaciente. Chama por Vinicius. O técnico então, se revolta e coloca Matheus Sávio, que é vaiado. Coitado do garoto. Só que ele mostrou estrela. Mais uma vez tentou cruzar a bola para a área, desviou no zagueiro e a bola entrou. Ufa. Flamengo 2x1. Alívio.
Atlético GO partiu pro ataque. Zé Ricardo substitui Ederson, que não fez uma boa partida, por Rômulo, para segurar mais o meio. Fez o certo, além de dar mais ritmo ao jogador. Atlético GO também não é nenhum San Lorenzo. Ouviu os primeiros gritos de "burro" de torcedor. No estádio. Porque aqui em casa já foram muitos e, diria, bem constantes ultimamente.
Mas, o que importa em Copa do Brasil, não é jogar bonito e sair bem na foto. É se classificar. E isto o Flamengo fez, embora jogando bem mal pelo que se espera deste time.