Srn, buteco!
Uma das mais famosas e bem sucedidas séries de todos os
tempos, Seinfeld, se baseia na genial premissa de contar histórias sobre fatos
corriqueiros do dia a dia.
Ficou conhecida como a série sobre o nada.
Pois bem, em um passado não muito distante o Flamengo era
terreno fértil para os jornais.
Tinha matéria policial, pro caderno de fofocas, economia e
até algum espaço pro jornalismo esportivo...
Eis que, com a recuperação econômica, mudou também o teor
das notícias vindas da Gávea.
O clube, caloteiro costumaz, não atrasa mais salários e
cumpre seus compromissos. Não existem mais oficiais de justiça batendo à porta.
Contratação mirabolante acompanhada de “engenharia
financeira ” deu lugar a contas em ordem.
Tampouco existe no elenco jogador envolvido em escândalo
policial, nem informações de “bastidores”sobre o grupo.
Não há barro nem mato no CT, nem mesmo um mísero carrinho de
obras.
A vida do repórter que cobre o Flamengo ficou difícil. Se
antes um plantão noturno rendia uma matéria escandalosa, hoje a pauta é jogador
comemorando aniversário em família.
O ponto de vista da cobertura jornalística sobre o clube tem
sido na linha irônica, pejorativa.
Era uma espécie de pauta pronta:falta assunto? Vai lá na
Gávea que sempre saí alguma coisa.
Nesse cenário atual, onde o dia-a-dia ficou mais comum, as
matérias escandalosas envolvendo o Flamengo inexistem.
O que fazer, então?
Bem, vamos trabalhar com o que tem..
O dirigente do clube tem problemas particulares na justiça por conta de sua vida profissional
anterior ao cargo que ocupa no clube, temos “Vice presidente do Flamengo é
preso”
Obras de desvio no estádio da Portuguesa? “Cratera na arena”
Um profissional deixa o DM do clube por estar insatisfeito.
“Operação de Diego gera crise no Flamengo”.
E assim segue a rotina e a relação daqueles que dependem do
Flamengo para sobreviver.
Vejamos qual vai ser a crise do dia de hoje...