Salve, Buteco! Quarta-feira, dia 12 de abril, o Mais Querido do Brasil prosseguirá em sua campanha no Grupo 4 da Copa Libertadores da América. O clima, que é de desconfiança por parte da torcida, bem que poderia ser melhor, porém não apenas alguns resultados, mas a performance do time dentro de campo não têm ajudado. Depois da vitória na 1ª Rodada contra o San Lorenzo no Maracanã, no dia 8 de março, além de haver perdido para o Universidad Católica em Santiago, no Chile, por 0x1, pela 2ª Rodada, o Flamengo não voltou a vencer um jogo de maior porte. Foram apenas empates: 2x2 Vasco da Gama (Brasília), 1x1 Fluminense (Cariacica) e 0x0 Vasco da Gama (Maracanã), valendo lembrar que o tricolor carioca jogou com um time misto, composto em sua maior parte por reservas.
Nas últimas semanas muito se discutiu a saída de bola, como o time se posta "espaçado" em campo (distância entre as linhas e entre os jogadores) e a falta de movimentação e troca de passes entre os jogadores, que esperam lançamentos marcados pelos adversários, não dando opção para quem tem a bola. Tendo jogado a última partida no sábado contra o Vasco da Gama, no Maracanã, é pouco provável que os problemas táticos do time sejam resolvidos até quarta-feira. O que me parece possível a Zé Ricardo é colocar em campo a formação que conseguiu os melhores resultados até aqui no ano. É fácil lembrar: Muralha; Pará, Réver, Rafael Vaz e Miguel Trauco; Rômulo e Willian Arão; Mancuello, Diego e Everton; Guerrero.
Algumas modificações talvez sejam recomendáveis. A maior parte da torcida parece preferir Alejandro Donatti no lugar de Rafael Vaz e Mancuello como opção para o segundo tempo, e contra o San Lorenzo o placar foi construído depois que o argentino saiu, mas os fatos estão postos. Acaso Rômulo não possa jogar, a melhor ideia parece ser escalar Cuéllar ou Ronaldo, volantes com características mais parecidas com as do titular (?) do que Márcio Araújo, com o qual, desde que voltou ao time, o Flamengo só venceu o Bangu.
Por sinal, Márcio Araújo, volante sem recursos técnicos que, por conta da precariedade do seu passe, não participa quer da saída de bola, quer da construção das jogadas ofensivas, quando está em campo representa um entrave para transição e evolução de jogo do time, inclusive obrigando que outros jogadores executem uma função que normalmente é executada por quem ocupa sua posição, sobrecarregando-os (Diego, por exemplo). Contudo, por justiça, é preciso ressalvar que sua responsabilidade termina neste ponto (não que seja pouco). No campo ofensivo, a facilidade com que o ataque vem sendo marcado decorre da proposta tática que o time vem adotando, claramente optando por lançamentos longos e cruzamentos para a área, abdicando da compactação, movimentação dos jogadores e troca de passes.
A formação que perdeu para o Universidad Católica encantou boa parte da torcida, na qual confesso que não me incluo. Prefiro jogadores com características mais ofensivas e a escalação que conseguiu os melhores resultados no ano. O mais importante, porém, não é a preferência de tal ou qual torcedor, mas que o Flamengo conquiste três pontos quarta-feira e vá a Curitiba em posição de vantagem em relação ao adversário.
A propósito, o Atlético/PR é um adversário de respeito e já se pode falar que conquistou seu espaço entre os clubes mais importantes do Brasil, mas seu time, além de não estar na melhor fase, no papel está longe de assustar. A missão, portanto, não é impossível. É hora da torcida apoiar o time por noventa minutos em busca da vitória, transformando o Maracanã em um caldeirão e no 12º jogador.
Bom dia e SRN a tod@s.