Irmãos rubro-negros,
É inevitável comentar sobre o jogo de quarta-feira, embora tanto vocês como o Flavio, em sua coluna de ontem, já o tenham feito com muita propriedade.
O Flamengo teve domínio territorial, criou algumas oportunidades, mas em virtude de falhas individuais, acabou sofrendo um revés.
A despeito do relativo domínio, o Guerrero ficou muito isolado. Aliás, jogou muito o peruano. Se ele tivesse um companheiro de melhor qualidade ao seu lado, provavelmente venceríamos a partida.
O Zé Ricardo, seguindo o padrão que o caracteriza, demorou muito para fazer a primeira substituição, quase aos trinta minutos do segundo tempo.
Fizesse as alterações antes e talvez o resultado fosse outro.
Uma curiosidade: ano passado o time se notabilizou por fazer bons jogos fora de casa, mas este ano fomos derrotados nas duas partidas que disputamos como visitantes pela Libertadores.
O resultado foi muito ruim e é importante frisar que, em competições como a Libertadores, erros individuais podem significar uma eliminação precoce.
O Flamengo ainda depende apenas de si para conquistar a classificação.
Para tanto, o jogo da próxima quarta-feira, diante da Universidad Católica, é uma verdadeira decisão.
Nenhum outro resultado além da vitória nos interessa.
É um jogo que pode nos valer não só o semestre, mas o ano também.
O Maracanã estará lotado e todo apoio da Nação Rubro-Negra será fundamental.
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Sobre o primeiro jogo da decisão do Campeonato Carioca, eu escalaria um time inteiramente reserva.
Não acho que valha à pena sujeitar algum atleta importante ao risco de se lesionar e nos prejudicar na Libertadores.
Até porque nosso elenco não é homogêneo e muitos reservas não são do nível dos titulares.
Acho estranho que alguns jogadores se lesionem em simples treinamentos, sem sequer entrar em campo. É algo difícil de compreender.
Mas se acontece isso nos treinos, maior possibilidade existe nos jogos, e mais ainda numa decisão diante de um rival local.
Reconheço a importância do título Carioca, mas escalar os titulares, além do risco de lesão, não é garantia de êxito, como demonstra o caso do Grêmio, que poupou titulares na Libertadores e foi eliminado pelo Novo Hamburgo no Campeonato Gaúcho.
Se a prioridade é a Libertadores, deve-se tratá-la como tal.
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Abraços e Saudações Rubro-Negras.
Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.