Irmãos rubro-negros,
antes de iniciar o post, ou melhor, antes de desenvolver o tema central, acho necessário esclarecer alguns pontos.
Vamos lá: hoje, na torcida do Flamengo, há uma certa radicalização do discurso.
Se alguém critica a base, logo é tachado de ser excessivamente tolerante com as más atuações dos gringos ou dos mais experientes; se a crítica, por outro lado, é direcionada aos gringos ou aos experientes, trata-se de complacência com a base.
Entre esses dois extremos, será que existe espaço para a crítica construtiva?
Pois bem, após o preâmbulo, e sem delongas, quero fazer uma sugestão aos talentosos jovens da nossa base: tenham ambição, entendam o que é o Flamengo e o que ele representa.
Moleque da base precisa ter fome de gol, de grama, de ouvir o grito da torcida, nem que seja num carrinho lateral.
Infelizmente, entretanto, muitas vezes prevalecem as jogadas de efeito, embora improdutivas.
Mais que uma crítica precipitada, faço aqui uma modesta sugestão.
Olhem como se portavam Zico, Pirillo, Doval, Nunes, Gaúcho, Adriano, Petkovic, defronte ao gol; ou Rondinelli, Mozer, Andrade, Júnior, Charles Guerreiro, Ronaldo Angelim defronte ao adversário em nossa intermediária.
São esses os atletas que devem espelhar o ideal rubro-negro.
Que os erros sirvam de lição.
E retomando o início do post, meu compromisso é com o Clube de Regatas do Flamengo.
Cuéllar, Mancuello, Rômulo, Damião e outros ainda não mostraram a que vieram. Até agora são apenas decepção.
Mas eles não são da nossa base, que deveria por princípio formar atletas identificados com o Flamengo.
Se um jogador de fora, seja brasileiro ou estrangeiro, veste a camisa do Flamengo e porta-se de modo hesitante, não divide bola, não sua a camisa, é apenas um infeliz; mas se é da nossa casa, da nossa escola, é um infeliz ao quadrado.
Ambição e identificação, talvez sejam as duas palavras que melhor resumam o que esta coluna quer dizer.
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Abraços e Saudações Rubro-Negras.
Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.