Salve, Buteco! Nos três primeiros jogos oficiais da temporada, três vitórias por goleada e um início que até desperta algum medo por ter sido tão bom, já que sabemos o quanto é difícil manter o padrão mais alto de qualidade no futebol profissional. Além disso, não se pode esquecer que, dos três adversários, apenas um deles ocupa uma posição minimamente relevante no futebol nacional atualmente - o Macaé disputa a Série C, enquanto Boavista e Nova Iguaçu se limitam ao cenário estadual. Como se estivesse "passando de fase" em um videogame, o Flamengo, a partir dessa semana, começa a enfrentar desafios mais difíceis, a começar por dois clássicos, enfrentando o Grêmio em Brasília pela Primeira Liga e, no domingo, o Botafogo pela Taça Guanabara. Mesmo o Madureira, último adversário a ser enfrentado pelo Grupo B da Taça Guanabara, e que disputa a Série D do Brasileiro, parece estar em um momento melhor do que os já enfrentados, vindo de vitória sobre o Botafogo e liderando a chave ao lado do Flamengo com nove pontos e três vitórias em três jogos. Da mesma forma, os demais adversários do Grupo B da Primeira Liga também parecem ter nível mais alto do que os pequenos até aqui enfrentados na Taça Guanabara, pois tanto o Ceará quanto o América/MG disputam a Série B do Campeonato Brasileiro.
O nível dos adversários não tira o mérito das vitórias, que ocorreram com placares elásticos e com o time apresentando um futebol que agradou a crônica esportiva e a torcida. Contudo, além do Flamengo ter cumprido o que dele se espera, dado o patamar que atingiu em infraestrutura e a qualidade de seu elenco, os desafios naturais do Mais Querido do Brasil são os grandes confrontos e as decisões. Pela Primeira Liga, o Grêmio sinalizou que pode escalar um time reserva, mas embora o cenário não seja dramático e decisivo como em 2009, bem sabemos que o time reserva de um adversário tão tradicional não deve ser subestimado. Já o confronto do sábado é, no momento, de difícil prognóstico, pois o Botafogo pode ir do céu ao inferno no meio da semana: certeza temos apenas de que o tradicional adversário estará bem mais desgastado do que o Flamengo por conta da viagem a Santiago do Chile para o jogo de volta contra o Colo Colo pela segunda partida da fase classificatória da Libertadores. Quanto à motivação, enquanto a classificação em Santiago certamente os inflamará para o clássico, a eliminação dará contornos dramáticos à partida que pode até lhes retirar as chances de classificação na Taça Guanabara.
Os clássicos, assim como os confrontos pela Primeira Liga e a fase decisiva da Taça Guanabara, serão importantes tanto para Zé Ricardo, quanto para determinados jogadores do elenco. Nosso treinador já deu mostras de que deseja encontrar novas alternativas táticas e somente bons resultados contra adversários mais fortes darão a segurança de que essas variações podem ser utilizadas em competições mais importantes e disputadas, bem como que realmente evoluímos em relação a 2016. Da mesma forma, cada qual em sua devida proporção, vários atletas do elenco buscam a afirmação em 2017, como são os casos de Rômulo e Trauco (recém-chegados), Donatti, Cuéllar, Mancuello, Cirino (se não for negociado) e Adryan, e certamente será o caso de Berrío depois de estrear. Mesmo jogadores como Gabriel e Everton provavelmente já sentiram que a concorrência está aberta e que precisam elevar o nível de atuações em relação a 2016. Também é momento de submeter o sistema defensivo a testes mais fortes e saber se os volantes Rômulo e Arão estão mesmo se entrosando bem, se a dupla "ParaNei" é mesmo um alternativa válida e se o Trauco consegue se posicionar corretamente na defesa. Somente os grandes jogos podem definir quem pode ser titular e a ordem de preferência para o treinador.
Os clássicos, portanto, chegam em momento mais do que oportuno.
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A sequência de jogos, a partir dessa semana, será inegavelmente mais forte e o Zé Ricardo já declarou à imprensa, antes mesmo do jogo contra o Nova Iguaçu, que precisará poupar alguns jogadores. Por outras palavras, começou a famosa "rodagem do elenco". Um fator que certamente pesará nas decisões do nosso treinador será a avaliação física, fisiológica e médica dos atletas. De qualquer modo, saber como e quando lançar cada peça será importante para que se tire as conclusões certas sobre cada atleta e o esquema tático.
A palavra, como sempre, está com vocês, inclusive para que digam que times escalariam na quarta-feira e no domingo.
Bom dia e SRN a tod@s.
