Salve, Buteco! Sábado tivemos a abertura da temporada oficial do Mais Querido em 2017 com uma satisfatória goleada sobre o Boavista em Natal/RN, para alegria da Nação e em especial nossos "compatriotas" potiguares. O primeiro jogo oficial e o adversário, evidentemente, não permitem conclusões definitivas, mas desde logo foi bom ver o time não deixar cair o ritmo de jogo durante os 90 (noventa) minutos. Como bem esmiuçou o nosso amigo Ricardo Mattana no pós-jogo de ontem (ao qual lhes remeto para leitura), a defesa deu alguns sustos e muitos jogadores pareceram ainda não estar em ritmo de jogo. O mais importante foi o time demonstrar evolução em relação às "trágicas" apresentações nos amistosos e o Zé Ricardo estar testando novas escalações e formações táticas.
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Ontem o bom site Mundo Rubro-Negro publicou um interessante texto explicando regras para utilizar os estrangeiros nas quatro competições que o Flamengo disputará no primeiro semestre. Em suma, enquanto na Libertadores, competição promovida pela CONMEBOL, não há limites para relação ou escalação de estrangeiros por partida, nas demais competições oficiais (Brasileiro, Copa do Brasil e Estadual) há limite de 5 (cinco) estrangeiros a serem relacionados por partida, embora não exista limite para inscrição, o que acaba tornando o limite de estrangeiros por partida uma limitação indireta para a inscrição de estrangeiros ou do contrário não haveria atletas suficientes no elenco para colocar uma equipe em campo. A grande restrição da Libertadores reside no número de atletas permitido no banco de reservas - apenas 7 (sete). No Estadual também há a restrição de apenas 7 (sete) jogadores no banco de reservas, o que não ocorre no Brasileiro e Copa do Brasil, nos quais é possível ter 12 (doze) jogadores no banco, conforme normativo da FIFA em vigor desde 2012 e artigo 26, § 2º do Regulamento Geral de Competições da CBF/2016.
Em paralelo há a Primeira Liga, que, por ainda não ser um torneio incluído no calendário oficial de competições da CBF, tem o status de torneio amistoso. No regulamento da Primeira Liga não há menção a limite de inscrição de estrangeiros.
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Outro ponto que gera expectativa na torcida rubro-negra é o aproveitamento da base. O Estadual estabelece o limite para inscrição no torneio de 5 (cinco) atletas abaixo de 20 (vinte) anos de idade, que inexiste nas competições promovidas pela CBF e na Libertadores, que apenas restringe a 30 (trinta) inscritos por fase. Já a Primeira Liga não estabelece restrições do gênero.
A diferença entre as regras cria uma situação paradoxal, passando a impressão que a FFERJ criou a limitação de 5 (cinco) inscritos para "proteger" a competição da "concorrência" das demais, o que acaba por abrir espaço para a utilização da base apenas em competições mais difíceis. Além disso, analisando o Calendário de Competições Oficiais em 2017, em termos práticos é inevitável concluir que, até a estreia do Mais Querido na Libertadores, a base só poderá ser utilizada com maior frequência na Primeira Liga, pelos seguintes motivos: a) entre os 5 (cinco) inscritos para o Estadual, três (Felipe Vizeu, Lucas Paquetá e Matheus Sávio), por estarem a disposição da CBF para disputa de torneio da base, só se reintegrarão ao elenco de profissionais em março; b) o Campeonato Brasileiro só se iniciará em maio e c) a participação do Flamengo na Copa do Brasil só começará em agosto (oitavas-de-final).
Entre os atletas da base que forem utilizados até março certamente não estarão os três que, hoje, têm em princípio mais condições de se firmar no profissional, justamente os que se encontram servindo a seleção sub-20, e que, quando retornarem, encontrarão a Taça Guanabara em sua fase final e a fase de grupos da Primeira Liga já encerrada, valendo lembrar que as quartas-de-final do novo torneio só se iniciam em agosto. Acredito que, aos olhos da Comissão Técnica, vencer a Taça Guanabara facilite a utilização desses jogadores durante a Taça Rio (a exceção é Felipe Vizeu, que na temporada de 2016 já se firmou no elenco profissional).
Por outro lado, diante desse panorama, encararia o confronto contra o Grêmio como jogo preparatório para a Libertadores, considerando tratar-se do atual campeão da Copa do Brasil, classificado para a Fase de Grupos da Libertadores e adversário histórico, e nos jogos contra América/MG (16/2) e Ceará (23/2) daria oportunidades para a base, que disputaria as quartas-de-final em diante do torneio em eventual caso de classificação, evitando o desgaste do time principal em fases avançadas da Libertadores, Copa do Brasil e no próprio Brasileiro.
Por outro lado, diante desse panorama, encararia o confronto contra o Grêmio como jogo preparatório para a Libertadores, considerando tratar-se do atual campeão da Copa do Brasil, classificado para a Fase de Grupos da Libertadores e adversário histórico, e nos jogos contra América/MG (16/2) e Ceará (23/2) daria oportunidades para a base, que disputaria as quartas-de-final em diante do torneio em eventual caso de classificação, evitando o desgaste do time principal em fases avançadas da Libertadores, Copa do Brasil e no próprio Brasileiro.
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Acho que a solução do Mancuello pela direita deveria ser temporária, já que, com a chegada de Berrío e a volta de Matheus Sávio, havendo ainda Gabriel no elenco, e como o argentino pareceu mais a vontade pela esquerda, em princípio faria mais sentido que disputasse posição com Everton e Adryan. Acho que o time para a estreia na Libertadores/2017 está se formando naturalmente e em princípio seria Muralha; Pará, Réver, Vaz e Trauco; Rômulo, Arão e Diego; Berrío, Guerrero e Everton (Mancuello).
Como sempre, a palavra está com vocês.
Bom dia e SRN a tod@s.