Irmãos rubro-negros,
o ano de 2016 chega ao fim. Um ano de contrastes: eliminações vexatórias em competições mata-mata, mas uma boa campanha no Campeonato Brasileiro, a melhor desde 2009.
É pouco? Sim, muito pouco para a grandeza do Flamengo e os anseios da torcida.
A sensação, porém, é de que começaremos 2017 muito melhor que 2016.
Gol, zaga e meio de campo estão mais qualificados. Não se trata somente de opinião; basta comparar os nomes.
Não há dúvida, porém, de que faltam ainda ao menos três a quatro bons jogadores para tornar nosso elenco realmente competitivo.
A interrogação, além da formação do plantel, fica por conta da capacidade do Zé Ricardo e de sua comissão técnica em conduzir o Flamengo ao patamar que a sua estrutura, a paixão de sua torcida, a mística de sua camisa e os recursos disponíveis requerem.
Por falar em estrutura, eu diria que 2016 foi, talvez, o ano mais importante da história do Flamengo em décadas.
Finalmente, o Flamengo contará com as melhores condições possíveis para desenvolver todo o potencial do seu futebol profissional.
Não é pouca coisa, amigos.
Não é pouca coisa, amigos.
Tudo começa pela estrutura. Se almejamos o Flamengo crescendo com constância e solidez, a construção de uma estrutura moderna e eficiente é o ponto de partida, a premissa fundamental.
Além do término do CT dos profissionais, da parceria com a Exos, do investimento em fisiologia, preparação física, medicina e fisioterapia, a diretoria, embora com doze meses de atraso, costurou um providencial acordo com a Portuguesa, para que o Flamengo utilize o Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador, como seu estádio, uma verdadeira panela de pressão rubro-negra.
Pode-se mencionar também a parceria com a maior consultora em divisão de base da Europa, o que certamente trará muitos frutos em futuro próximo ao clube.
A Gávea tem recebido melhorias, como a piscina Myrtha e a tão aguardada aprovação para a construção do nosso ginásio, cujas obras devem começar no primeiro semestre do ano que vem.
Dentro da esfera política, após se envolver, sobretudo em 2015, numa série de brigas e desgastes alheios aos interesses mais prementes do Clube de Regatas do Flamengo, a diretoria parece ter encontrado o necessário equilíbrio entre as suas aspirações de moralizar o futebol brasileiro e a indispensável atenção a ser dada ao nosso próprio quintal.
Exemplo cabal disso é a postura firme de não assinar o contrato de renovação da transmissão televisiva do Campeonato Carioca. O orçamento elaborado para 2017 sequer contempla essa verba, o que demonstra a firmeza da decisão tomada.
Outro exemplo é o próprio acerto com a Portuguesa, sinalizando para todos que o Flamengo não pretende mais ser a vaca leiteira. Os parasitas que vivem da exploração imoral do Maracanã terão de buscar outras tetas.
Outra medida louvável: o fim da excrescência chamada "zona mista", um eufemismo para escamotear a preocupação excessiva com o aspecto financeiro em detrimento do esportivo, e que representava, a par disso, um enorme desrespeito ao torcedor rubro-negro, que não goza, nem de longe, do mesmo tratamento quando o Flamengo joga como visitante.
Então, na minha modesta opinião, há muita coisa boa sendo feita no Flamengo.
Então, na minha modesta opinião, há muita coisa boa sendo feita no Flamengo.
A questão, porém, é a seguinte: chegou a hora de colher os frutos dentro de campo. A própria diretoria criou condições para que o Flamengo pratique o futebol com excelência.
Em nível nacional, e até mesmo continental, o Flamengo posiciona-se como o gigante que despertou, passando a atrair todas as atenções e trazendo, para si, as melhores expectativas de sua fanática torcida, a maior e melhor do mundo.
O torcedor do Flamengo não aceitará mediocridade, comodismo, indiferença, falta de brio.
Como ainda restam quinze dias, vou aguardar o reinício dos trabalhos para opinar sobre o planejamento para 2017, notadamente a tão necessária qualificação do elenco.
Uma coisa, contudo, é certa: seja o planejamento certo ou errado, bom ou ruim, o que servirá de critério principal para avaliação do trabalho da diretoria em 2017 serão os títulos.
Como ainda restam quinze dias, vou aguardar o reinício dos trabalhos para opinar sobre o planejamento para 2017, notadamente a tão necessária qualificação do elenco.
Uma coisa, contudo, é certa: seja o planejamento certo ou errado, bom ou ruim, o que servirá de critério principal para avaliação do trabalho da diretoria em 2017 serão os títulos.
O momento é de fazer e acontecer. Disputar e conquistar títulos.
Alcançar novas vitórias, escrever novas páginas de glórias, contribuir para a continuidade vencedora da história do Clube de Regatas do Flamengo.
Este é o maior desafio que se apresenta ao clube a partir do ano que vem: vencer no campo.
Eu disse maior desafio, mas não o único, porque o Flamengo sempre tem liças a disputar, seja no campo, na voz das arquibancadas, nos bastidores e escritórios da política.
Eu disse maior desafio, mas não o único, porque o Flamengo sempre tem liças a disputar, seja no campo, na voz das arquibancadas, nos bastidores e escritórios da política.
E é muito bom que seja assim.
O gigantismo do Mais Querido, se por um lado atrai o respeito e o temor dos adversários (alguém duvida disso? Todos os clubes procuram ombrear com o Flamengo; nossos adversários, bem como parcela arco-irista da imprensa, sempre deixam evidente, com o seu incontrolável recalque, a grandeza do Flamengo), por outro nos impõe obstáculos e brigas em situações nas quais para outros as portas são abertas.
Ser Flamengo é isso, é ser forte na adversidade.
Amigos, finalizando este humilde post, o meu derradeiro em 2016, quero desejar a todos vocês, leitores, comentaristas, colunistas e à querida administração do Buteco do Flamengo, os melhores votos para 2017.
E que o nosso tão querido e amado Flamengo conquiste ano que vem muitas e inesquecíveis glórias.
Nosso sofrido coração merece. E o clube também.
...
Abraços e Saudações Rubro-Negras.
Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.